Análise Arkade – Mount & Blade II: Bannerlord

30 de outubro de 2022
Análise Arkade - Mount & Blade II: Bannerlord

Mount & Blade II: Bannerlord é uma nova opção em RPG de estratégia da TaleWorlds Enetertainment. A série, que agrada e tem uma base de jogadores fiéis desde 2008, estava em Early Access, mas chegou em 25 de outubro para PS5 e Xbox Series X|S, além dos PCs em 25 de outubro.

O game segue o sucesso de Mount & Blade: Warband, considerado um dos melhores RPGs dos últimos anos. Os elogios para a série são, principalmente, pela sua jogabilidade que mistura ação, RPG e estratégia em um mundo aberto, com a possibilidade do jogador construir sua própria história na fictícia Calradia.

Análise Arkade - Mount & Blade II: Bannerlord

A história se passa 200 anos antes de Warband, com o Império Calradian perto de colapsar e, por causa disso, a luta entre várias facções para disputar os espólios do antigo império, que outrora era a força dominante no continente. Pelo poder, facções lutam pelo domínio, ou pela vantagem.

Bannerlord, para quem jogou no Early Access, foi um game que foi crescendo, pouco a pouco, pelos olhos dos próprios jogadores. Para os fãs, com certeza foi uma experiência única, pois é raro ver um game grande e ambicioso como este ser construído aos olhos dos jogadores, com suas posições, opiniões, críticas e elogios.

Análise Arkade - Mount & Blade II: Bannerlord

Como todo jogo do gênero, você inicia a aventura como um “Zé Ninguém”, sendo apresentado a Calradia atual, com a proposta de ir, aventura após aventura, ir estabelecendo e mantendo seu reino, enquanto conduz batalhas em larga escala. Há o tradicional formato de missões, que podem ser seguidas a fim de “zerar” o jogo, mas como um bom sandbox, oferece a liberdade de construir seu próprio legado, fazendo o seu próprio caminho.

Você pode ser o novo rei, de um novo grande reino, que unificará Calradia em uma grande nação, como também poderá fazer isso unindo-se a uma das oito facções que lutam pelo poder. Ou ainda, poderá apenas ser um agente do caos, invadindo locais e saqueando o que achar que deve levar embora. Seu direito de escolha é realmente respeitado por aqui.

Análise Arkade - Mount & Blade II: Bannerlord

E se o game oferece um bom sandbox, também é competente como RPG, daqueles que fará o jogador “trabalhar duro” para upar e “construir seu sonho”. Inclusive, vale o aviso: apesar da “cara” de sandbox, se você é do tipo de jogador que curte uma aura mais, digamos, “dinâmica”, saiba que ele ainda é um RPG, ou seja, seu início será lento e repleto de pequenas tarefas.

Mas, ainda assim, vale a pena passar por esse (ao menos para alguns) “martírio”, para curtir missões e conteúdos mais emocionantes com o passar da jogatina. O jogo oferece, por exemplo, sistemas de relacionamento, onde a influência faz a diferença para você e seu personagem: todos constroem uma opinião sobre você e o que você faz.

Análise Arkade - Mount & Blade II: Bannerlord

Ou seja: seja agressivo com um vilarejo e jamais seus habitantes resolverá te ajudar no futuro, enquanto melhorar o relacionamento com uma figura importante do mundo do game fará com que ele “vire a casaca”, preferindo ficar ao seu lado, com tudo o que ele possuir. Sim, é algo simples, mas que deixa o game muito mais profundo, pois tira a ideia de “trilhos”, comuns a jogos atuais, incluindo RPGs.

Imagine um GTA San Andreas, no qual o CJ poderia se tornar um ícone da Grove Street, mudar de lado e ir para os Ballas, levando gente junto, ou ainda começar sua própria gangue do zero, se impondo no submundo de Los Santos. Além disso, o protagonista ainda poderia não conseguir mais namoradas, se conquistasse a fama de “garanhão” por sair com todas as meninas da cidade, ou ainda ter a polícia como aliada ou feroz inimiga, de acordo com a forma a qual ele trata os agentes. É exatamente isso que Bannerlord propõe.

E, com o relacionamento, também há a profundidade de um bom RPG, com muitas habilidades e escolhas disponíveis. A variedade permite que você construa um personagem do jeito que você preferir, focando em elementos como velocidade ou combate, entre muitos outros. Para quem gosta, é um prato cheio. Tudo no jogo é grande e variado, o que propõe uma jornada longa, mas muito longa, com várias escolhas e opções.

Bannerlord faz, sem muito alarde, muito mais do que grandes nomes que, prometem tudo através do marketing e influência, mas entregam muito menos do que “gritavam” anteriormente. É um game competente, honesto e que traz tudo o que um jogador que quer um RPG amplo, com sistemas competentes e ideias criativas, além de muita liberdade, pode encontrar.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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