Análise Arkade: Moving Out é mudança e diversão para curtir em família
Embora estejamos em tempo de quarentena e distanciamento social, jogos multiplayer “de sofá” para reunir os amigos em casa, ainda são uma ótima pedida, e podem ser um ótimo entretenimento para famílias que estão juntas em casa. Moving Out, que está chegando esta semana, é uma ótima pedida para quem busca diversão e trabalho cooperativo para até 4 jogadores!
Bem-vindo à TransFart
Moving Out nos apresenta a uma empresa de mudanças de nome duvidoso (que foi traduzido como TransPum nas legendas), que almeja ser referência na cidade de Packmore, ainda que não seja especialmente caprichosa no serviço, nem se preocupe muito com a integridade dos bens transportados.
Como os novatos no serviço, devemos mostrar que somos capazes de mover móveis e eletrodomésticos da casa dos clientes para o caminhão de mudança de maneira rápida e organizada… tentando não quebrar muita coisa no processo.
É impossível não lembrar de Overcooked, outro excelente jogo para reunir amigos e familiares. Só que aqui saem as receitas, entram casas, cada vez maiores, e móveis cada vez mais malucos que precisam sem transportados.
Mudança maluca
A dinâmica do jogo é bem simples: nosso chefe (um sujeito pra lá de maluco e sem muita ética) irá nos passar os endereços de novos clientes, e nosso trabalho é levar o caminhão até lá. Feito isso, o próximo passo é arregaçar as mangas e realizar a mudança.
O gameplay é simples e intuitivo: controlamos o personagem pelo analógico, e temos um botão que deve ser pressionado para pegar algo e mantido para carregar. Outro botão nos permite arremessar as coisas, e quando apertamos ele, podemos mirar para onde queremos jogar o objeto.
Antes da fase começar, a câmera dá uma passeada, apontando tudo o que deve ser levado: sofás, mesas, geladeiras, camas, televisões, torradeiras, fliperamas, pianos… cada casa tem sua mobília e suas particularidades, e o próprio layout dos ambientes torna-se o maior desafio contra a agilidade do serviço.
Há itens leves, que podem ser carregados tranquilamente por um jogador sozinho, outros maiores e mais pesados que demandam um trabalho em equipe coordenado. Quebrar janelas e arremessar coisas agiliza o trabalho, mas claro que não se deve abusar: há caixas vermelhas de produtos frágeis que não podem ser tratadas de qualquer jeito.
Somado a isso, temos piscinas, escadas, pisos congelados, portas mal localizadas, corredores estreitos, bancadas fixas, plantas e uma infinidade de obstáculos que estarão em nosso caminho. O lance é ter jogo de cintura e uma comunicação eficiente com a equipe para realizar as mudanças o mais rápido possível.
Confira um vídeo de gameplay abaixo, no qual eu e minha namorada estouramos o tempo para levar tudo para o caminhão em um casa com uma piscina bem mal localizada:
Até a organização dos objetos no caminhão deve ser levada em conta: tudo o que está “dentro” da área segura da caçamba fica de uma cor específica, mas pode acontecer de algo escorregar para fora quando o desespero bate e as coisas são atiradas lá para dentro, sem muito cuidado. Tente manter as coisas ajeitadas, na medida do possível.
Por mais caótico que seja o trabalho em Moving Out, ele também é muito divertido! Esse é aquele tipo de jogo que acaba arrancando risadas pelas situações inusitadas que proporciona — e também pelos bem humorados diálogos entre os personagens. Por conta da quarentena, eu só pude jogá-lo em 2 players (eu e minha namorada), mas não vejo a hora de reunir os amigos para uma jogatina em 4 players!
Audiovisual
Moving Out é um jogo de visual fofinho e cartunesco, que combina muito bem com essa vibe “familiar” do jogo. Os personagens são bonitinhos, e além de um sistema de customização básico, novos funcionários vão sendo desbloqueados conforme jogamos, e serem humanos definitivamente não é um pré-requisito para o trabalho, pois temos carregadores com cabeça de donut, vaso, camaleões, cachorros, e por aí vai!
O departamento sonoro segue a mesma linha, fortalecendo a imagem de jogo family friendly. Rolam até barulhos de peido quando os personagens se esforçam para carregar algo muito pesado sozinhos (afinal, estamos falando da TransFart).
Moving Out possui menus e legendas em português brasileiro, e ainda que o trabalho de localização não seja dos melhores (há expressões traduzidas ao pé da letra que simplesmente não fazem sentido), no geral o trabalho acessibiliza o jogo para quem não manja de inglês.
E por falar em acessibilidade, o jogo é tão “de boas” que flexibiliza ao máximo as coisas para não deixar ninguém frustrado: é possível aumentar o limite de tempo, pular fases, remover obstáculos… fica claro que o que importa aqui é a diversão!
Conclusão
Moving Out é um jogo perfeito para integrar grupos de amigos ou famílias na frente da TV e proporcionar boas horas de diversão. É um jogo lúdico, bonitinho e sem violência que simplesmente não funciona sozinho: o trabalho em equipe é fundamental desde a primeira mudança.
Apesar dessa importância do companheirismo, o jogo não tenta passar lições de moral sobre o assunto: tudo aqui funciona em prol da diversão. E, convenhamos, em tempos de quarentena, se tem algo que a gente precisa é diversão e entretenimento.
Nestas áreas, Moving Out dá um show, e eu mal posso esperar para reunir os amigos e jogá-lo em 4 players, como ele “deve” ser jogado e sem dúvida deve ficar ainda mais divertido!
Moving Out está sendo lançado hoje, com versões para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.