Análise Arkade: Não é nada fácil escapar dos aliens de Dead Bits
Você pode saber o que fazer e quais botões apertar mas isso não quer dizer que você vai se dar bem. Em Dead Bits controlar o nervosismo parece ser a única habilidade que importa.
Você é um sujeitinho bem apessoado chamado Quilly e está tirando uma soneca na varanda da sua casinha intergaláctica, quando de repente aparecem forças mais alienígenas ainda e te abduzem! E claro que voltar pra casa não vai ser fácil, pra conseguir voltar para a sua varanda e ter sua soneca você precisa finalizar todos os testes propostos pelos tais alienígenas-sequestradores.
Esse é o enredo de Dead Bits, produzido pela Microblast Games, que nos introduz sem nenhuma enrolação a esses tais testes que vai te mandar de volta pra casa. No início do primeiro teste ele já providencia coordenadas simples de controle e deixa o resto pra descobrirmos por nós mesmos. Os controles são bem tradicionais do gênero de FPS, mouse pra direcionar a visão, WASD pra movimentar o personagem e barra de espaço pra pular.
Infelizmente, Dead Bits deixa claro desde o início que não é exatamente um jogo para “covardes” — são raras as oportunidades de atirar de longe (camperar) na tentativa de manter seus pontos de vida razoavelmente cheios. Então quando a fase parecer difícil, pode ter certeza que 1) ela realmente é difícil mesmo e 2) saber disso não muda o fato de que você vai ter que se jogar nela de cabeça.
Por falar em se jogar de cabeça: Dead Bits é estritamente proibido pra quem tiver Cinetose (o famoso enjoo ao ver movimento) ou qualquer coisa perto disso, pois ele não é apenas um First Person Shooter — o que já deve causar problema suficiente pra quem tiver esse problema ou similares. Dead Bits também nos coloca em situações flutuantes antes mesmo do game começar, e muitas vezes nos obriga a pular alturas enormes pra poder entrar ou dar continuidade à fase, isso sem mencionar os diversos saltos para a morte, já que as fases são flutuantes e não têm aquelas “paredes invisíveis” que nos impedem de cair.
Os pontos mais BITS na minha opinião foram os seguintes (aka Pontos Positivos):
- A diversidade entre as fases deixa o jogo dinâmico e longe de ser cansativo (apesar de ser bem difícil e “repetitivo” em si)
- Os efeitos de sons são bem interessantes – desde a mudança do eco conforme você anda em diferentes tiles até o barulho das armas e dos inimigos espalhados pela fase.
- O soundtrack é extremamente gostoso de se ouvir! Isso é, se você gostar de música eletrônica na linha de Liquid Dubstep.
- A cena de morte foi bastante macabra, comparada ao resto do jogo. E pra mim isso foi bacana.
- A personalização da sensibilidade do mouse tem um papel bem legal na jogabilidade e te dá liberdade pra ‘exercer seu modo de jogo’, seja ele mais frenético ou mais tranquilo.
Os pontos mais DEAD, no entanto, foram os seguintes (aka Pontos Negativos):
- As fases talvez sejam um desafio muito além do que precisariam ser pra nos obrigar a pensar e agir rápido.
- As fases têm vários “momentos” e não ter nenhum save point desde o início até o fim pode ser desanimador se você acabar morrendo perto do final e tiver que refazer a fase toda pra conseguir finalmente desbloquear o próximo nível.
- Até pra mim, que não tenho Cinetose (ou será que tenho?), ele pode causar um pouco de vertigem e um certo frio na barriga. E esse aspecto pode ser bem legal pra muitos gamers, mas pra mim foi um incômodo. Bem leve, mas foi.
Vale lembrar que Dead Bits é um dos incríveis jogos desenvolvidos por brasileiros e disponível pela Splitplay. Se quiser conferir esse e outros games incríveis, é só clicar aqui!
Agora resta a vocês experimentarem e dizerem o que acharam da experiência toda!