Análise Arkade – Ninjin: Clash of Carrots é pancadaria ninja com tempero brasileiro

5 de setembro de 2018

Análise Arkade - Ninjin: Clash of Carrots é pancadaria ninja com tempero brasileiro

Tem jogo brasileiro novo na área! Confira agora nossa análise do frenético Ninjin: Clash of Carrots, game de pancadaria ninja que os camaradas da Pocket Trap acabam de lançar para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch!

Ao resgate das cenouras

Ninjin nos apresenta a um pacato vilarejo que é atacado pelo maligno Shogun Moe e seus capangas, que roubam todas as cenouras do lugar e fogem achando que vão ficar impunes.

Análise Arkade - Ninjin: Clash of Carrots é pancadaria ninja com tempero brasileiro

Claro que isso não vai ficar assim, pois temos dois heróis dispostos a cair na porrada com infindáveis hordas de inimigos para recuperar as cenouras roubadas: o coelho Ninjin e a raposa Akai vão utilizar sua velocidade e seus equipamentos ninjas para frustrar os planos dos bandidos!

Porradaria ninja

Ninjin: Clash of Carrots é mais ou menos um beat ‘em up, mas não da forma tradicional: nossos heróis estão o tempo todo correndo (ação que é executada automaticamente), assim como os inimigos, que chegam em ondas. Cada fase é composta por um número X de ondas, com grande possibilidade de um chefão ao final.

Acho que a melor comparação que tenho era com algumas fases de Alien Storm, jogo nem tão clássico de Mega Drive. De qualquer modo, confira um trechinho de gameplay para entender mais ou menos como o jogo funciona:

Ninjin segue sempre esse mesmo esquema, mas vai apresentando diversos novos tipos de inimigos no decorrer da jornada — um mais esquisito que o outro — e cada espécie possui um comportamento específico, e quando as ondas vão misturando todos, você vai querer saber como eles se comportam para driblar seus ataques e dar cabo deles.

Para se defender das hordas de adversários, devemos confiar em nossa agilidade ninja — que nos permite realizar dashes e esquivas — e em um arsenal variadíssimo, que conta com dezenas de tipos de espadas, projéteis, amuletos e pedras mágicas.

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Isso é só um pequeno exemplo do arsenal

As armas possuem níveis de força, pesos e tamanhos diferentes, e há inclusive armas com propriedades elementais, que ajudam muito a dar cabo de grupos muito grandes de inimigos. Também é possível atirar projéteis nos inimigos, e ao conseguir pedras mágicas, você pode conjurar um bando de galinhas congelantes (?!) ou mesmo se tornar um enorme dragão por alguns segundos!

O lance das galinhas soa absurdo, mas é bem real, viu? Se liga:

Para não deixar tudo fácil demais, temos que ficar de olho no medidor de stamina: tudo o que a gente faz consome stamina, e, embora ela se recupere sozinha, é importante administrá-la para não ficar vulnerável nos momentos mais tensos.

Além das armas e pedras elementais, podemos equipar também itens e amuletos que aumentam as barras de vida e stamina e/ou concedem outros buffs. E por falar nisso, #ficadica: mandar bem — realizando grandes combos e tentando não tomar dano — rende uma bem-vinda recuperação de energia entre uma onda e outra.

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A campanha de Ninjin espalha-se por um mapa com diversas fases, que podem ser encaradas tanto sozinho quanto em coop — local ou online. A jogatina cooperativa é um ótimo adendo, e para quem quer ainda mais desafio, há um modo infinito que gera ondas procedurais de inimigos e oferece excelentes recompensas conforme você avança.

Audiovisual & Lojinha

Nosso trabalho é recuperar as cenouras da vila, mas na verdade a gente acaba é gastando elas: há um simpático cãozinho administrando uma loja de armas e equipamentos, e cenoura é a moeda aceita ali. Cenouras “coloridas” são aceitas por outro lojista, um tanto suspeito, que vende basicamente máscaras para você mudar o visual do personagem.

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Eu disse que ele era suspeito…

Falando em simpatia e visual, é válido ressaltar que Ninjin: Clash of Carrots é um jogo muito simpático. Seu visual cartunesco é colorido e cheio de estilo, anguloso de um jeito que lembra algumas animações modernas do Cartoon Network. É um traço relativamente simples, mas com muita identidade, e o fato dele trazer muitos elementos visuais típicos de animes e mangás combina perfeitamente com a temática “ninja”.

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Tipo esses traços de ação

A trilha sonora é bacana — ainda que um pouco repetitiva — e, como estamos falando de um jogo BR, não poderia faltar uma boa dose de zoeira: os diálogos que rolam no decorrer da campanha são muito engraçados, cheios de boas tiradas e referências. Ainda que não haja muito espaço para o desenvolvimento dos personagens, o bom humor deles acaba gerando empatia.

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Referências a memes BR não poderiam faltar XD

A cópia que recebemos para review foi a de Nintendo Switch, e o jogo se comporta muito bem tanto na TV quanto em modo portátil. Considerando que as fases são relativamente curtas, esse é aquele tipo de jogo bom para uma partidinha rápida sempre que sobra um tempinho, então tê-lo sempre por perto no Switch foi uma mão na roda.

Conclusão

Ninjin: Clash of Carrots é mais um bom jogo brasileiro de uma excelente safra de produções nacionais que anda despontando nos últimos meses — ao lado de Dandara, No Heroes Here, Celeste, Kaze and the Wild Masks, entre outros.

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Fácil de aprender, difícil de dominar, o que temos aqui é um joguinho viciante e frenético, que esbanja personalidade. Não tenho certeza se posso chamá-lo de beat ‘em up, mas de qualquer modo, é altamente recomendado para quem curte uma boa dose e pancadaria!

Ninjin: Clash of Carrots foi lançado ontem (4 de setembro), e está disponível totalmente em português para PC (via Steam), Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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