Análise Arkade – As batalhas com robôs gigantes de Override: Mech City Brawl
Fã de Gundam? Evangelion? Adorava quando os robôs gigantes dos Power Rangers apareciam? Pois então dê uma olhada com carinho em Override: Mech City Brawl. O game traz para combate diversos robôs, além de criaturas, em uma temática digna dos melhores momentos de Ultraman, ou qualquer outros personagens do gênero que você goste.
O game oferece 14 robôs diferentes um dos outros, com suas propriedades únicas. Mais robôs podem ser desbloqueados com o passar da aventura, conforme você completa o modo história. Robô escolhido, é hora de ir pra ação! Seguindo o modo história, curto e fácil de assimilar, basta ir destruindo os alvos e acompanhando os diálogos durante as fases.
Mas não espere um modo história complexo e cheio de reviravoltas. A sensação que tive ao jogar este modo era como se estivesse jogando os games do primeiro Playstation. Isso não quer dizer que é algo ruim, e sim algo simples. Aquelas mesmas telas que a gente pulava sem interesse de acompanhar a história é novamente vistas aqui, com diálogos em texto e pouco a se acompanhar.
Até a narrativa é bem simples. Em Override você acompanha pilotos que, através de suas experiências com robôs de combate, foram convocados para uma força de ataque para proteger os humanos de monstros invasores. É exatamente tudo aquilo que você já viu um milhão de vezes. Por isso, não espere que o game te traga algo épico em seu enredo.
E, assim, começam as missões. Geralmente designadas em destruir focos de monstros, ou derrotar uma certa quantidade deles, para ir avançando, até a luta com um robô chefe. Depois, começa tudo de novo. O gameplay até é interessante, e controlar aqueles montes pesados de aço é legal, porém a sensação aqui é de desperdício. Sabe quando você joga algo que até parece legal, mas que você sabe que poderia ser melhor? As missões são repetitivas, os monstros quase todos iguais e a mecânica de jogo enjoa rapidamente.
E o controle até que foi bem pensado. Os botões L controlam braços e pernas esquerdos, enquanto os botões R fazem o mesmo com o lado direito. O peso do robô também conta com boa reprodução nos comandos, enquanto a movimentação pelo cenário lembra muito Ultraman, com a impressão de lutar em maquetes. Isso é legal.
O problema é que tal controle não foi totalmente calibrado. Assim, a movimentação sofre um pouco, enquanto a câmera também não é sua melhor amiga aqui. Enfim, não há como dizer que o trabalho em Override é de todo ruim, porém com um pouco mais de capricho, teríamos um resultado bem mais interessante.
Override: Mech City Brawl é um game interessante. A ideia de batalhas em mechas é muito legal, visualmente falando o jogo agrada. E todo aquele clima de lutas legais com robôs estão ali. Entretanto, o game sofre por oferecer pouco conteúdo, e pouco a se fazer além de bater, bater, e bater. Talvez, com mais atenção nos controles, e com boas ideias pra adicionar conteúdo ao game, poderíamos ter algo mais divertido e que prendesse mais o jogador. Fica a torcida, então, para que os responsáveis consigam fazer estas melhorias em um potencial segundo jogo. Pois sim, apesar dos problemas, a iniciativa é bem interessante.