Análise Arkade: Phoenix Force, o shoot ‘em up que traz de volta a dificuldade dos anos 80
Sucesso nos celulares com Windows Phone, Phoenix Force chega aos computadores com sua ação de “navinha” apenas com os grandes e famosos chefões. Confira nossa análise!
Existem jogos que simplesmente te fazem chorar. Seja pelo motivo da história ser comovente, como To The Moon, ou por ser difícil ao extremo como é Mr. Bree+. Phoenix Force faz parte do “segundo grupo” que com certeza te fará derramar lágrimas de raiva, de alívio e de emoção, já que sua dificuldade é absurda!
Phoenix Force é um shoot ‘em up desenvolvido pelo estúdio brasileiro e independente Awoker Games, composto por Sérgio Alonso e colaboradores, lançado primeiramente em plataformas mobile (Windows Phone e Android) e posteriormente portado para PC. Contando com muitas influências de games do gênero Bullet Hell e de figuras mitológias, como Fênix e Tupã, o game traz uma diversão rápida e desafiadora, mesmo que de forma simples, agradando os fãs de jogos “impossíveis”.
A história que envolve o jogo é bem simplista: Fury, a fênix de fogo, desperta em um tempo muito distante, quando a Terra estava em caos, destruida por chamas e meteoros, com a missão de derrotar as centenas de monstros, os bosses (que te fazem dar rage quit), e restaurar a paz. Para isso também é preciso libertar as outras fênix, como Cryo, a fênix de gelo, Tupã, a fênix elétrica, Gaia, da terra e Gast, a fênix fantasma. Nessa premissa, você precisa viajar por todos os continentes do globo, enfrentando 100 fases e cada uma contando com inimigos diferentes.
O maior atrativo de Phoenix Force é exatamente ser difícil e rápido. Cada fase é constituida apenas por uma luta direta com um boss e conforme vai se avançando, o número de bosses enfrentados na mesma fase vai aumentando gradativamente, entre fases com apenas um boss mais forte e outras com dois ou mais bosses e assim, terminando as últimas fases com três ou quatro inimigos ao mesmo tempo e muitos projéteis sendo disparados, fazendo com que a tela seja tomada por eles. A variedade de inimigos é bem interessante também, que variam entre magos lançadores de minas explosivas, grifos que usam seus filhotes (!?), princesas que atiram borboletas perseguidoras e olhos gigantes que soltam raios instantâneos mortais. Com certeza são inimigos bem bizarros, mas que combinam bem com o espírito shoot ‘em up.
Na jogabilidade, temos um esquema de controles que não deixa ninguém com dúvidas, contando apenas com um controle de movimentação, já que os disparos da Phoenix é automatico. Isso faz com que o jogador dependa muito mais das próprias habilidades do que do aprendizado dos controles em si. Cada Phoenix também tem sua variedade de tiros, variando entre projéteis que tiram mais dano, outros que perseguem o inimigo e outro com maior área de alcance. Além disso, também existe um esquema simples de upgrades em levels, em que cada fase terminada garante pontos para dar upgrade nas Phoenix, aumentando seus atributos.
Apesar de Phoenix Force ser um jogo bem divertido, o seu maior contra é a parte técnica. O visual e o som são simples demais, e também o seu jeito direto de ser, sem praticamente nenhum tipo de texto e colocando o jogador para enfrentar os seus diversos inimigos sem nenhuma explicação. Claro que isso não tira a diversão do título e também é justificável por ser um port direto da sua versão mobile, com alguns complementos (widescreen, jogabilidade com botões físicos, etc). Talvez com futuros updates o jogo se torne cada vez mais bonito e polido, e é isso que esperamos.
A Awoker Games tem demonstrado muita animação com o título e atualmente contando com uma campanha de crowfunding para Phoenix Force 2: Multiplayer apresentando novas idéias que virão, como multiplayer (!!), novas animações, novas fases, sistema de conquistas, sistema de criação de sua própria Phoenix, muitos mais bosses e muito mais lágrimas de dor para serem derramadas.
Phoenix Force foi lançado exclusivamente para Windows Phone em março de 2014 e depois de ser muito bem recebido, ganhou suas versões para PC e Android. A versão que testamos foi a de PC, cedida gentilmente pela Splitplay, a loja virtual de jogos indies brasileiros.
Esperamos muito que Phoenix Force continue representando o shoot ‘em up brasileiro, com seu Bullet Hell insano e sua dificuldade absurda, porém divertida!