Análise Arkade: Pinstripe é uma jornada de resgate simples, mas emocionante
Se você curte jogos 2D com gameplay simples que contam boas histórias, prepare-se para se emocionar com Pinstripe, um jogo simples mas envolvente e cheio de significado.
Uma missão de resgate
Pinstripe nos apresenta a um pastor e sua filha pequena. Logo no começo do game, um sujeito pra lá de sinistro chamado Mr. Pinstripe rapta a garotinha, e nosso objetivo, obviamente, é fazer o possível e o impossível para resgatá-la.
Esta aventura irá nos conduzir por cenários bem variados e obscuros e nos apresentar a alguns NPCs tão esquisitos quanto carismáticos. Participamos ativamente de certos diálogos, podendo ser amáveis ou escrotos com as pessoas.
Plataforma, puzzle e 7 erros
Ainda que se pareça muito com Limbo, o gameplay de Pinstripe não é tão parecido assim com o clássico da Playdead. Aqui temos alguns inimigos, e os puzzles em geral envolvem muito mais gravidade do que lógica.
Nosso protagonista está munido de um estilingue, que é mais útil para ajudar na resolução de puzzles do que nos combates, que são bem escassos. Derrubar coisas para acionar mecanismos e ativar elevadores estão entre algumas das atividades triviais do game.
Um detalhe interessante é que alguns puzzles são — literalmente — jogos de 7 erros, como aqueles que tínhamos nas revistinhas da Turma da Mônica. São mini-games simples, mas interessantes, e chegam carregados de uma saudável dose de nostalgia para quem cresceu brincando com este passatempo nos gibis.
Tipo assim.
No geral, o gameplay de Pinstripe é bem simples, e sua jornada linear não deixa muita margem para erros. A jornada é simples, e vale mesmo pela sua história, que é bem emotiva e cheia de significado.
Audiovisual
Pinstripe parece uma versão de Limbo dirigida pelo Tim Burton. Tudo é retorcido e sombrio, os personagens são “compridos” e tem um ar cartunesco que consegue ser bonitinho e bizarro ao mesmo tempo. A atmosfera do game é bem carregada, mas combina com o estado de espírito desolado de um pai em busca de sua filha.
A trilha sonora do game também é muito boa, melancólica e reflexiva na medida certa. O game possui dublagens (em inglês) excelentes, que realmente contribuem com a construção dos personagens e o tom da história. Até gravei meu primeiro encontro com Pinstripe para você ver a qualidade da dublagem:
Em uma primeira olhada, é fácil confundir Pinstripe com outros “Limbo-likes”, mas a verdade é que o jogo possui bastante personalidade, com uma direção de arte caprichosa e muita atenção aos detalhes.
Conclusão
Pinstripe é uma jornada curta e relativamente fácil, mas que ganha pontos por seu clima e pela qualidade de sua narrativa. Sua história é densa, interessante e emocionante, daquelas capazes de fazer muito marmanjo “suar pelos olhos”.
Se você curte esse tipo de experiência, vai fundo. A jornada por Pinstripe é curta — mal dura 3 horas — mas cheia de emoção e significado.
Pinstripe já estava disponível para PC desde o ano passado. Este mês, ele chegou ao Playstation 4 e ao Xbox One, com menus e legendas em PT-BR.
