Análise Arkade: jogamos Mooncrash, a DLC surpresa de Prey
No início da semana, a Bethesda pegou todo mundo de surpresa ao anunciar um novo conteúdo para Prey. O conteúdo já está disponível, nós já jogamos, e te contamos o que você pode esperar desta nova aventura!
Uma experiência diferente
Prey é um jogo de ritmo lento e comedido, no qual passamos muito tempo lendo documentos e catando materiais para fabricar equipamentos. Ele definitivamente não é um FPS “tradicional”, e este é um dos seus pontos fortes, conforme evidenciei em minha análise dele.
Mooncrash, por sua vez, é um pouco mais como um jogo de videogame tradicional: partidas rápidas com objetivos bem definidos e uma ênfase maior à ação. Não há checkpoints: morreu, começa de novo. O mapa é sempre o mesmo, mas a disposição de itens e inimigos muda.
A história acompanha uma astronauta que está revivendo uma simulação para entender o que aconteceu em uma base lunar que foi pelos ares. Ela pode acompanhar os eventos do ponto de vista de 5 personagens diferentes, e são eles que a gente controla.
O objetivo de cada um deles é escapar da base lunar, e há várias maneiras de se fazer isso. O objetivo do jogador é escapar com todos os 5 em uma partida (aka sem morrer). Para conseguir isso, uma série de objetivos menores devem ser cumpridos, tipo reativar painéis de energia, religar equipamentos, e por aí vai.
Uma pitada de roguelike
Morrer e tentar de novo faz parte da experiência, pois você vai descobrindo novas coisas a cada jornada. Precisa descobrir como liberar os personagens, aí descobrir como acessar as diferentes rotas de fuga, aí descobrir como efetivamente usá-las para fugir.
Isso poderia ser bem tedioso, mas felizmente seu progresso anterior continua valendo, incluindo os upgrades que você ativou via Neuromods, as passagens que você abriu e os painéis que você ativou antes de morrer. Tudo isso continua valendo para a próxima tentativa, otimizando seu tempo e suas chances de sucesso.
Além disso, os pontos que você ganha podem ser usados para comprar armas e itens que já tiver encontrado antes. Então, se você já recolheu a escopeta e morreu, poderá comprá-la para já começar a próxima rodada com ela, o que é bem melhor do que só começar com a boa e velha chave inglesa.
De início, temos apenas um personagem disponível, mas outros vão sendo liberados conforme avançamos. Se morrer já tendo liberado outros, você pode escolher continuar do mesmo ponto com outro sobrevivente, ou simplesmente resetar toda a simulação e recomeçar do início.
Na prática, é quase como um endless runner, que você joga de novo e de novo para ver quão longe consegue ir. O que incrementa a coisa é que temos 5 personagens com habilidades bem diferentes, e o uso inteligente destas habilidades abre novas possibilidades de exploração e fuga.
Conclusão
Ainda que reaproveite mecânicas, itens e inimigos de Prey, a experiência que Mooncrash oferece é bastante diferente da que vivenciamos com o jogo original. É uma forma criativa de revisitarmos o jogo, e isso por si só já rende pontos para o pessoal do Arkane Studios e da Bethesda.
Já faz mais de um ano que publiquei meu review de Prey, e de lá para cá eu realmente não havia tido motivos para revisitá-lo. Porém, Mooncrash me deu um bom motivo para retornar, e o que é melhor, fez isso me dando uma nova forma de explorar seu envolvente universo sci fi.
https://youtu.be/WAizbMau87E
A DLC Mooncrash é paga, e foi lançada em 10 de junho para PC, Playstation 4 (versão analisada) e Xbox One. Obviamente, você deve ter o jogo Prey original instalado para poder acessar o novo conteúdo. O novo conteúdo está 100% localizado para o nosso idioma (áudio, menus e legendas).