Análise Arkade – Brincando com o positivo e o negativo do magnético Relicta

25 de setembro de 2020
Análise Arkade - Brincando com o positivo e o negativo do magnético Relicta

O que você gostaria de fazer, se um dia pudesse andar na Lua? Ou melhor: o que você gostaria de fazer, se vivesse em uma Lua habitada, com bases que facilitariam a vida de quem vivesse por lá? Será que brincar de magnetismo estaria entre elas? É o que Relicta propõe: um gameplay com foco no magnetismo.

Desenvolvido pela espanhola Mighty Polygon, o game traz o que seus desenvolvedores queriam, desde o início: “jogos com narrativas fortes e grandes mecânicas”. Relicta, assim, é mais do que um game que busca trazer uma novidade em gamplay: é um pouco do que seus criadores queriam, para dentro de um jogo.

Análise Arkade - Brincando com o positivo e o negativo do magnético Relicta

Lembrando muito Portal, em conceitos básicos e visual, ou ainda lembrando também Alien Isolation (sem o terror, claro), o game é um título em primeira pessoa, com foco em desafios que serão resolvidos via magnetismo. Usando este fenômeno, você tem itens positivos, e negativos, e terá que, a cada parte, passar por diversos puzzles, que desbloquearão acessos e levará o jogador para os próximos níveis.

Você não fará nada mais do que manipular o magnetismo e usá-lo para avançar no game. Não há momentos de ação, e nem tiroteios. Só a protagonista com sua luva magnética, que também pode alterar a gravidade de cubos espalhados nos cenários. Assim como você aprendeu (ou deveria ter aprendido) na escola, o princípio é simples: um elemento negativo e outro positivo se atraem, e cubos com polaridades iguais se afastam.

Análise Arkade - Brincando com o positivo e o negativo do magnético Relicta

Os desafios vão se tornando mais complexos com o passar das missões, que vão exigindo que você estude muito bem o cenário para saber como lidar com cada situação. Que se encaixam com uma narrativa que busca ser grande, para que o jogo não seja apenas um “game avulso de magnetismo”.

Na história, estamos em 2120, com os humanos em outros planetas do Sistema Solar. E, claro, na Lua. Você, como a Dra. Angelica Patel, participa de um projeto de “terraformação” da Lua. Assim como visto em Futurama, ou em outros filmes e seriados que imaginam o homem vivendo no satélite, por aqui o objetivo do programa é adequar o ambiente para a sobrevivência humana. Alterando, por vias artificiais, topografia, temperatura, atmosfera e até a ecologia, para que o ser humano viva de maneira adequada.

Análise Arkade - Brincando com o positivo e o negativo do magnético Relicta

Sua filha, que estava chegando da Terra, para visitá-la, desaparece, assim como sua equipe, enquanto encontram o Relicta, uma fonte misteriosa de energia. A partir daí, entre quebra-cabeça magnético e uma história que te guiará em meio ao gameplay.

O jogo, por fim, vai agradar muito quem gosta de desafios e quebra-cabeças. Não espere muito do jogo, por ele ser simples até. Vejo, inclusive, um potencial desperdiçado, por usar uma ideia de gameplay tão interessante, para reduzí-la a blocos e passagens. Mas, como estamos falando de um jogo de estreia de um estúdio, o know-how deste jogo pode ser fundamental para a criação de jogos neste estilo ainda mais completos.

Relicta é interessante. Apesar de ter uma apresentação estranha, afinal, é um game com forte carga narrativa, mas com um gameplay que, apesar de desafiante, é bem simples, o jogo consegue cativar quem curte o gênero, e divertir quem gosta de gastar tempo, avaliando possibilidades para avançar nas missões.

Relicta já está disponível, para Playstation 4, Xbox One, PC e Google Stadia.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

Mais Matérias de Junior

Comente nas redes sociais