Saints Row IV Re-Elected no Switch tem sido um bom parceiro nesta quarentena

1 de abril de 2020
Saints Row IV Re-Elected no Switch tem sido um bom parceiro nesta quarentena

Vou começar este texto confessando uma coisa: até esses dias, eu nunca havia jogado absolutamente nada da franquia Saints Row.

Não foi necessariamente falta de interesse, mas de oportunidade, mesmo: os jogos dessa série nunca “caíram no meu colo” para jogar. Some isso à minha dificuldade em zerar jogos muito grandes e eu acabei, inconscientemente, meio que ignorando a franquia.

Salvando o mundo com o poder da zoeira

Eis que, recentemente, Saints Row IV Re-Elected chegou ao Nintendo Switch, e os camaradas da Deep Silver nos ofereceram uma cópia. Pois bem, com o jogo quase literalmente caindo no meu colo desta vez, não tinha como dizer não, né?

E vou te falar, que Saints Row IV está sendo um grande companheiro nesta época de quarentena e distanciamento social. Vivemos uma época em que Battle Royales e Souls-likes dominam o mercado. Jogos competitivos e/ou punitivos, que demandam muito do jogador. Games totalmente focados na diversão são raros hoje em dia.

Saints Row IV Re-Elected no Switch tem sido um bom parceiro nesta quarentena
Já aqui, temos uma arma que infla a cabeça das pessoas

Talvez por não ser realmente um jogo de “hoje em dia” — Saints Row IV foi lançado inicialmente em 2013, ainda para a geração PS3, X360 –, Saints Row IV tem 0% compromisso com realismo e 100% com diversão nonsense. Como você já deve saber, ele bebe muito na fonte de GTA, mas consegue ser ainda mais absurdo e sem noção, o tempo todo.

A começar pela trama: controlamos o presidente dos Estados Unidos, e nossa missão é impedir uma invasão alienígena na base do “tiro, porrada e bomba” — com uma boa dose de superpoderes, conforme a história evolui. Afinal, isso é Saints Row.

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Para-quedas é para os fracos

A missão inicial traz uma infiltração super cinematográfica, e é coroada por um momento em que desarmamos um míssil em pleno ar, ao som de “I Don’t Wanna Miss a Thing”, do Aerosmith. Esse tipo de humor referencial do game me cativou já de cara.

Logo depois disso, na tela de criação de personagens (que é bem rica, diga-se de passagem), uma das opções de vozes é “Nolan North“, sujeito que marca presença como dublador em tudo o que é jogo. É um humor meta, que tira sarro da própria indústria de games, e eu adoro isso. Sempre gostei de jogos que não se levam a sério.

Tiro, porrada e superpoderes

O mapa do jogo é bem grande, e cheio de objetivos para cumprir. Como em todo game do gênero, há missões legais, outras nem tanto. As estrelas aqui são mesmo as missões de história: exageradas e explosivas, elas envolvem perseguições, tiroteios e sequências de ação insanas.

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Com direito à artilharia pesada presidencial

Conforme vamos avançando na história e ganhando superpoderes — tipo correr super rápido, dar super pulos ou mover coisas com a mente –, as coisas vão ficando cada vez mais malucas. O jogo vai de um “mundo aberto tipo GTA” para um “mundo aberto tipo Infamous“, o que muda consideravelmente a dinâmica da jogatina — mas não se preocupe, as boas e velhas armas de fogo sempre estarão disponíveis.

É interessante como a campanha se esforça para sempre trazer variação: vamos pilotar naves pela garganta de monstros e assumir o controle de mechs de combate gigantes. Há clubes da luta para humanos superpoderosos e batalhas contra chefes colossais — inclusive um que é uma lata de energético gigante!

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Eu não tava zoando

Somado a tudo isso, temos o humor, que talvez seja a principal característica de Saints Row. Já dei alguns exemplos ali em cima, mas há muito mais, como a famosa Dubstep Gun — uma “bazuca musical” que toca dubstep — e uma sonda anal capaz de transformar qualquer NPC em um projétil humano!

Audiovisual

Como não é um jogo novo, Saints Row IV Re-Elected roda super de boa no Nintendo Switch, mesmo em modo portátil . Ele não vai ganhar nenhum prêmio de jogo mais bonito, mas esta não é a intenção: o que importa é a ação, e nisso o Switch não decepciona, permitindo uma jogatina fluida tanto na TV quanto na telinha (ainda que, em modo portátil, a visibilidade fique prejudicada em ambientes muito escuros).

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O jogo também traz diversas missões cooperativas

A trilha sonora é simplesmente maravilhosa, tanto as faixas licenciadas quanto as originais, compostas para o jogo. As dublagens também são ótimas, concedendo muita personalidade (ainda que de um jeito bastante estereotipado) aos personagens.

Acho que a única coisa que faltou foi uma localização para o nosso idioma. Esse é aquele tipo de jogo capaz de arrancar gargalhadas por seus diálogos, mas com legendas somente em inglês, nem todo mundo vai pegar as piadas. Não sei se as outras versões do jogo receberam legenda para o português brasileiro, mas acho pouco provável.

Conclusão

Ainda estou longe de zerar Saints Row IV Re-Elected, mas até agora tenho me divertido bastante com ele. Gosto do humor do jogo, e de quão absurdas são suas missões. Não é um jogo para fazer a gente pensar muito, pois seu foco é na ação e na diversão.

Saints Row IV Re-Elected no Switch tem sido um bom parceiro nesta quarentena

Mas, convenhamos, se tem uma época que ficar “sem pensar” muito é algo bem-vindo, é essa: estamos sendo bombardeados de informações a todo momento, na televisão, na internet, e nas redes sociais. Ficar pensando em coronavírus o tempo todo é capaz de deixar qualquer um paranoico.

Assim, está sendo bom ter Saints Row IV Re-Elected no Switch, para relaxar, desligar da realidade e focar em explosões e bom humor. Ele já estava disponível para tudo que é plataforma, então, se quiser algo sem noção para se distrair, fica aí uma boa pedida.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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