Análise Arkade: Cresça e diminua nos divertidos puzzles de Shift Happens
Você curte games de quebra-cabeça? Curte games com temática laboratorial/experimental, com dinâmicas inteligentes e desafiadoras a lá o clássico moderno Portal? Gosta de jogar games cooperativos com seus amigos? Então confira nossa análise do divertido e bem-humorado Shift Happens, game que tem isso e muito mais!
O Game
Shift Happens é um game de plataforma e quebra-cabeças desenvolvido pela Klonk Games e produzido pelo estúdio Deck13 Interactive, mesmo pessoal que produziu o difícil cyberpunk The Surge (veja nossa análise aqui).
No game, você assume o controle de um (ou dois, caso estiver jogando sozinho) ser gelatinoso e carismático (Bizmo o vermelho, Plom o azul) que possui a habilidade de mudar massa/tamanho e tentará a qualquer custo fugir do laboratório que o criou, adquirindo independência e buscando tornar-se algo maior que um experimento.
Confira o trailer de lançamento:
Andar por andar
A progressão do game é medida por meio das fases: Enquanto o jogador progride pelo jogo, vai subindo os andares do laboratório subterrâneo em busca da liberdade na superfície. Esse enredo por trás é apresentado de forma bem leve e bem-humorada, mostrando as reações e evoluções dos personagens em CGs curtas. Entretanto, o foco do game não é na história em si, mas na dificuldade que ele apresenta em sua dinâmica própria, algo que vamos detalhar a seguir.
Jogabilidade
O gameplay de Shift Happens é simples e eficaz: Chegue do ponto A ao ponto B da sala, passando por obstáculos, abrindo portas e barreiras e ativando plataformas com ações disparadas por botões e interruptores encontrados pelo cenário. Essa dinâmica, simples, acaba tornando-se complexa pelo mecanismo que vamos chamar de ‘Troca de Massa‘ entre os personagens.
Para progredir pela fase, os dois personagens (um grande e pesado, outro pequeno e leve) deverão alternar sua forma, trocando com o apertar de uma tecla, para atingir lugares menores, plataformas que caem com o peso, pulos mais altos, botões que só se ativam com corpos mais pesados e outros desafios.
Um personagem sempre deverá manter o tamanho pequeno enquanto o outro estiver grande, e essas trocas devem ser muito bem pensadas para os quebra-cabeças serem resolvidos. Uma questão interessante é que quase nunca se trata de uma habilidade motora ou velocidade em trocar (por exemplo, mudar enquanto está no ar), mas os puzzles são geralmente melhor resolvidos utilizando o raciocínio lógico.
E, quando jogado em multiplayer (especialmente local, com um no teclado e outro no controle), o game torna-se muito mais divertido, e zoeiras como arremessar o seu amigo em águas fatais acabam sendo frequentes, desviando do objetivo-final e garantindo ainda mais horas de jogo.
Audiovisual
O visual do game é minimalista e bem-feito, com um estilo poligonal que é bem simpático. Os personagens e ambientes são simples, apesar de serem bem variados, e servem muito como base para a estrutura da fase e dos puzzles propostos. As animações dos personagens ‘molengas’ são divertidas e os dão muita personalidade. Os ambientes também possuem bons efeitos de iluminação e os gráficos permitem o game rodar até mesmo em computadores menos potentes, sendo este um ótimo ponto a favor do jogo.
Já os sons do game não são muito perceptíveis, com músicas que não chamam tanto a atenção do jogador, de tal forma que este se concentre especialmente nos desafios propostos. Os outros efeitos sonoros são básicos e demonstram bem as ações que o jogador executa, sem muita complexidade.
Conclusão
Shift Happens é um game de plataforma divertido e desafiador, que é melhor experienciado com amigos, dividindo a o sofá e a zoeira enquanto tenta levar os personagens com estilo ‘Amoeba’ para a liberdade. O foco nos puzzles faz com que a história seja deixada um pouco de lado, e agradará mais os jogadores que buscam desafios de ‘rachar a cuca’.
Shift Happens já está disponível para PC, PS4 e Xbox One.