Análise Arkade: paranóia, sangue e improviso esperam por você na ilha psicótica de The Culling

17 de março de 2016

Análise Arkade: paranóia, sangue e improviso esperam por você na ilha psicótica de The Culling

Prepare-se para uma uma experiência rápida e brutal de sobrevivência em uma arena/ilha onde 16 players entram, mas apenas 1 deve sair vivo. Parece Jogos Vorazes ou Battle Royale, mas é The Culling! Confira nossa análise!

Introdução

Ok. Eu finalmente consegui encontrar um arco com flechas.

As minhas acabaram há algum tempo, e essa faca é muito fraca para encarar um inimigo de frente. Saio de onde me escondo, atento a qualquer movimento. Corro por entre as árvores, mas faz tempo que não vejo ninguém, o que não quer dizer que ninguém me vê também. Alguém pode estar se esgueirando, só esperando eu… Alguém!

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Vejo alguém passando perto do rio que fica logo adiante. Corro atrás, descampado, cansei de me esconder. Ele me vê. Droga. Se vira, atirando flechas em minha direção. Tento desviar, mirando e disparando de volta, acabo acertando duas. Tomo uma flechada na testa, e consigo ver ela enquanto sigo mirando minha última tentativa. Erro, mas me lembro da faca guardada. É tudo ou nada. Corro na direção do inimigo com a faca em punho. Ele tem uma lança. Jogo a faca em sua cabeça. É minha vitória.

A não ser que alguém esteja me observando.

Esse é o clima que você vai encontrar em The Culling.

Sobrevivência

The Culling é um game multiplayer de sobrevivência em primeira pessoa criado pela empresa Xaviant Games (mesma empresa do divertido Lichdom: Battlemage) e lançado em 4 de março de 2016.

Tendo como inspiração franquias matadoras (trocadilho parte um) como Jogos Vorazes e Battle Royale, o game traz um futuro onde existem competições onde os participantes devem entrar em uma arena e fazer de tudo para sobreviver durante 20 minutos. Tudo mesmo!

Em The Culling, você irá lançar pedras, fazer armadilhas, liberar gases mortais, correr por florestas, tudo para conseguir sair vitorioso (e com vida) desta batalha frenética e sem regras.

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Juntando e criando

Uma vez que você tenha criado seu personagem (inicialmente o game não conta com muitas formas de customização, mas você vai liberando diversos tipos de roupas e itens para usar), o tutorial mostra como os itens são criados, e o que é necessário para construir armas melhores.

A base de criação é a soma de itens. Somando uma pedra com outra você consegue uma faca (a animação é um pouco estranha, pois o personagem pressiona uma pedra contra a outra, faz força, e voilá, uma faca é criada!), somando um pedaço de madeira com uma pedra você constrói uma lança e assim por diante.

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Armas mais complexas como revólveres e motosserras também podem ser criadas, mas com o sentido de urgência que a partida traz, eu sinceramente não consegui parar o suficiente para criá-las, a não ser no tutorial. Entretanto, itens mais complexos como estes podem ser encontrados em caixas espalhadas pelo mapa.

Todas essas operações necessitam de pontos chamados FUNC, ( e você inicia com 50 deles) que podem ser obtidos ao matar outros participantes, reciclando seus equipamentos em estações específicas ou em barris disponíveis pelo mapa.

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Caminhar, caminhar e atacar

O mapa é MUITO grande. Mesmo com 16 jogadores vivos no início de uma partida, a não ser que você corra para o meio do mapa (o que não é exatamente uma estratégia muito inteligente), poderá passar alguns minutos sem ver outro indivíduo correndo pela mata, e isso torna o clima de tensão ainda maior.

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Espalhadas pelo mapa estão diversas construções contendo caixas e armários com itens, assim como as cabines de reciclagem, onde você poderá trocar itens por FUNCs ou FUNCs por energia. As caixas maiores requerem 50 FUNCs para serem abertas, mas você encontrará itens raros e muito poderosos (como o incrível taco de baseball de metal — usei muito).

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Barris de gás mortal também estão espalhados pelo campo e para ativá-los nenhum FUNC é necessário, sendo uma boa estratégia para fazer seus adversários saírem de um quadrante no mapa, pois o gás se espalha e demora bastante até se dispersar. Caixas com equipamentos caem aleatoriamente em certos momentos, contendo itens gratuitos que poderão ajudá-lo a sobreviver, e a briga por essas caixas é algo bem violento… e engraçado.

Gameplay

O gameplay também é bem fácil de lidar (clássico WASD), com movimentos simples e que respondem bem aos perigos e correrias que você irá passar durante as frenéticas batalhas. Abaixar-se, empurrar o inimigo e arremessar itens são alguns comandos que você irá utilizar a todo instante, e para isso as teclas são configuradas de forma a terem fácil acesso.

Em tela, os status que aparecem são bem claros e simples de localizar: HP, Stamina e FUNC, além do tempo restante para a partida acabar e os itens que estão nos 3 slots disponíveis.

Audiovisual

Os gráficos do game são bem realistas, com efeitos de sombra e movimento das folhagens de forma bem natural, assim como a água. As animações dos personagens são simples, mas bem feitas, e o mesmo vale para as armas.

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Mesmo não sendo um jogo incrível visualmente, ele requer uma certa potência de sua máquina, o que pode acabar complicando a vida de jogadores com máquinas mais simples (e ver um inimigo em uma mata com poucos detalhes é algo bem chato).

Conclusão

The Culling é um game cuja tensão da sobrevivência é algo que chama bastante a atenção, e a amplitude do mapa é algo que abre caminho para diversas estratégias de acordo com o perfil do jogador. Com um sistema fácil de criação de itens, sobreviver torna-se uma tarefa divertida (e violenta) em um mundo no estilo Battle Royale  e Jogos Vorazes (mas sem a Jennifer Lawrence).

The Culling está disponível — ainda em Early Access — no Steam. Você pode encontrar o game  neste link.

Joao Bonorino

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