Análise Arkade – The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited agora oferece exploração sem fim no PS4/XOne
Pudemos conferir a experiência de passear por Tamriel em um Playstation 4. O game que é a estreia de The Elder Scrolls no universo online saiu dos computadores e agora também está disponível para a atual geração.
No princípio, o computador
Para começar a falar de The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited, temos que voltar um pouco no tempo e lembrar que o jogo já existe há um bom tempo para Windows e Mac. Após seu primeiro anúncio, em 2012, o game chegou em 2014 para trazer uma nova experiência para quem perdeu horas e horas jogando Skyrim e outros jogos da série.
O jogo, embora online e lembrando outros MMORPG dos mais antigos como o Ragnarok ou os mais populares, como o World of Warcraft, tem vários elementos da franquia, como a mistura entre missões de jogo, eventos aleatórios e a simples exploração do continente. E mesmo aqueles que não gostam de jogar online, conta com bastante conteúdo a ser explorado sozinho, porém conectado, já que estar online é requisito obrigatório do título.
Tamriel é o continente da vez, que tem seus eventos situados mil anos antes de Skyrim e 800 anos antes de Morrowind e Oblivion. As facções a se escolher aqui são: Aldmeri Dominion (Altos Elfos/Altmer, Elfos da Floresta/Bosmer e Khajit), Daggerfall Covenant (Bretons, Redguards e Orcs) e Ebonheart Pact (Elfos Negros/Dunmer, Nords e Argonians). Todas elas lutam pelo trono de Tamriel e estão em guerra por causa disso.
Mas agora a exploração é no PS4/XOne
Pra começo de conversa, já vamos falando do visual: não é lá aquelas coisas e nem deveria ser, já que não é o foco original e também estamos falando de um jogo com um ano de vida, sem a menor intenção de ser “remasterizado” ou coisa do tipo. A versão para PC é bem melhor em seus gráficos, mas o jogador da série não se importa muito com isso, já que prefere prestar atenção nas inúmeras atividades do jogo.
Só que mesmo com o fato de contar com um visual aquém da média de hoje, Tamriel Unlimited oferece sim bons detalhes em seu vasto mundo, mesmo sendo um universo medieval com “tanta coisa igual”, culpa óbvia da cultura a qual o jogo é baseado.
Mas o jogador quer mesmo é saber de montar seu personagem e adentrar no jogo. Que é possível após a boa customização de personagem, podendo escolher vários detalhes, adequando-o ao seu gosto, colocando-o após a criação na arena de jogo. A partir daí, tudo o que a versão de computador tem para oferecer, é colocado à disposição do jogador. Com a loja de compra de itens e tudo.
Só que a loja não será muito utilizada, pelo visto, já que um mínimo de dedicação do jogador permite que a loja fique inútil, pelo menos em um primeiro momento. O que é bom, pois não existe aquela exploração sem vergonha de oferecer experiência melhor apenas para quem quiser pagar mais por ela.
Mas como é explorar Tamriel?
A exploração é um tanto confusa no começo, mas logo se pega o jeito. Com um mapa atrapalhado e uma bússola não muito eficaz, é comum se perder em meio a tantas missões e tarefas no começo, mas logo que se pega o jeito, dá para chegar melhor aos destinos desejados. Mas isso não deixa de nos fazer chamar a atenção para o mapa que precisa de atualizações.
Outra coisa incômoda nos “passeios” foi ouvir as vozes dos outros personagens pelos microfones de seus donos. É comum passar por outros jogadores e ouvir berros e gritos que destoam totalmente da experiência, ás vezes até atrapalhando um entendimento mais correto de uma missão. Dragon Ball Xenoverse tem um sistema interessante de interação por sinais com outros jogadores e aqui também se encaixaria muito bem, além das vozes poderem ser utilizadas de maneira menos “à vontade”.
Sobre os lags e os problemas de servidores relatados por muitos jogadores, o problema já melhorou mas ainda há muito trabalho para ser feito, mas ao invés de apenas criticar, devemos ver que o jogo tem ficado melhor e com um pouco de paciência tudo se estabilizará. Alguns vacilos como o cachorro que tinha que seguir em uma missão e sumia (aparecendo do outro lado) também acontecem com uma fraca frequência, porém não perdi vidas por causa destes problemas.
Problemas também nos combates. Tudo se consegue resolver pegando o jeito, mas lutar contra outros personagens se torna uma dificuldade quando seu guerreiro só acerta o outro quando o cursor está exatamente no meio e com uma física de combate bem fraca: não se percebe o personagem “sofrendo o dano” em alguns momentos, tirando um pouco do realismo, pelo menos nas lutas.
Agora, uma coisa divertida em The Elder Scrolls Online é a exploração. Me peguei várias vezes apenas perambulando pelas colinas, montes e cidades do jogo sem nenhum compromisso, apenas para ver mais e mais de Tamriel. As missões ficam em segundo plano quando o jogador sai explorando por explorar os locais, conhecendo os vários ambientes do continente.
Para quem gosta de conhecer mais da história, vários elementos estão ali para ajudar. Livros, personagens e escritos largados pelo tempo estão à disposição (mas em inglês, sem opção para PT-BR) de quem quer algo mais que “entrar no mundo e matar todo mundo”. E falando em PT-BR, a ausência do nosso idioma pode assustar novos jogadores, já que o domínio de inglês acaba sendo essencial para quem quiser aproveitar o máximo do jogo. Como a Bethesda não se manifesta nesse assunto por enquanto (tem até petição pra colocar o idioma em The Evil Within, por exemplo), o que resta para quem não manja muito do inglês é jogar com o dicionário do lado. Quem sabe não é TESO o seu curso?
Feito para fãs
The Elder Scrolls Online é um jogo feito pra fãs. O conforto do videogame faz as aventuras se tornarem um pouco mais descompromissadas, mas não menos divertidas. O simples fato de se jogar num console já muda um pouco o gameplay se comparar com o PC, mesmo assim o jogo tem muito a oferecer, seja para os dedicados, ou para os mais relaxados.
Um problema aqui e ali acompanham o jogo, mas ao andar por Tamriel, reparei que os jogadores que ali estão nem se importam com isso. Problemas podem ser consertados por atualizações, e os que encontrei nesta análise são comuns em jogos do gênero para PC, que contam com diversas atualizações que além de trazer novidades, corrigem estes detalhes.
Tamriel está viva e cheia de gente passeando, combatendo e upando por lá. Seja pela visita ou para estabelecer morada definitiva, o continente será um local bem ativo nos próximos anos, pelos vários habitantes que estão ali para se matarem várias vezes. E também se trata de um continente bem amistoso, pelo menos durante minha estada por lá. Os típicos “chatos da Internet” não foram vistos com muita frequência e a experiência com o jogo neste quesito foi bem agradável.
The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited é a adaptação do jogo de PC lançado em 2014 para Playstation 4 e Xbox One e já está disponível. É um jogo 100% online, mas que não tem taxas adicionais para se aproveitar a jogatina, apesar da loja com venda de itens para o gameplay.