Análise Arkade: World of Final Fantasy Maxima expande o que já era um grande jogo
Dois anos após o lançamento do simpático World of Final Fantasy, a SquareEnix revisita o game, injetando mais conteúdo nele! Confira agora nossa análise de World of Final Fantasy Maxima!
De volta ao mundo de Grymoire
Quando fiz minha resenha de World of Final Fantasy lá em 2016, elogiei muito o game, especialmente por ele ser uma grande homenagem aos 30 anos de uma das minhas séries favoritas do mundo dos games. Este não é apenas “mais um” Final Fantasy, ele também é um jogo sobre a história e o legado de Final Fantasy.
Grymoire, o mundo do game é meio que um amálgama de lugares, monstros e personagens que marcaram a franquia. Ao lado dos gêmeos Lann e Reynn, somos convidados a visitar e explorar este mundo, caçando monstrinhos no melhor estilo Pokémon e encontrando versões pequeninas de personagens emblemáticos do universo Final Fantasy.
Eu já falei bastante sobre World of Final Fantasy em meu review original — o jogo até entrou em minha lista de melhores do ano em 2016 –, então não vou me aprofundar muito no game em si, mas nas novidades que esta versão Maxima trouxe ao game, e na nova plataforma que recebeu o jogo, o Nintendo Switch, onde joguei.
Mas, fica aqui o convite para você ler meu review do jogo original neste link!
As novidades da versão Maxima
Antes de mais nada, é bom esclarecer: quem já tinha o jogo original no PS4 ou no PC pode fazer o upgrade para a versão Maxima mediante a compra de um DLC com os novos conteúdos. Já o Nintendo Switch e o Xbox One — que estão recebendo o jogo pela primeira vez — recebem já de cara esta versão mais completa da aventura.
Quem jogou World of Final Fantasy sabe que o cerne do jogo envolve a captura de monstrinhos — no jogo chamados de Mirages — para compor sua party. O jogo original já tinha centenas de Mirages disponíveis, e esta versão ampliada do game traz ainda mais variedade, com novas espécies de Mirages disponíveis para você coletar.
Lembando que aqui não basta atirar uma Pokébola e pronto: cada criatura do game do game demanda algum comportamento específico para ficar vulnerável ao Prismarium (a Pokébola do game). Alguns abrem sua defesa na base da porrada, mesmo, mas outros devem ser postos em determinados status no decorrer da batalha, e alguns até devem ser curados antes de se deixarem capturar!
Junto com os novos Mirages, chega também uma nova Dungeon de dificuldade (muito) elevada, onde podemos encontrar Garland (vilão do primeiro jogo da série), que rende a boss battle opcional mais difícil do jogo. Outros chefes opcionais extremamente poderosos também foram adicionados, e embora nem todos possam ser capturados, todos rendem batalhas épicas, mas é bom que sua party esteja bem upada antes de querer enfrentá-los.
Completam o rol de novidades novas quests dos Champions — e novos Champions, claro –, um final secreto que pode deixar a gente na espera por uma sequência, uma nova dificuldade, “Nightmare”, um bem-vindo modo New Game+ e alguns novos mini-games, como a possibilidade de pescarmos com o Noctis (lembre que Final Fantasy XV ainda nem havia sido lançado quando o World of FInal Fantasy original saiu)!
E, falando em Champions, se você ficou chateado com o fato dos heróis lendários de Final Fantasy não serem controláveis em World of Final Fantasy, saiba que a versão Maxima corrige este problema: através de um novo item — a Champion Stone — Lann e Reynn podem assumir a forma (e os poderes) de Tidus, Cloud, Yuna, Squall, Lightning e tantos outros personagens icônicos, com direito a música-tema e tudo!
Jogando no Switch
O World of Final Fantasy original saiu até para PS Vita na época, e embora ela não fosse lá uma maravilha, isso prova que o jogo já havia sido pensado e otimizado para rodar em hardwares que não tivessem o poder de fogo do PS4. Justamente por isso, a transição do game para o Switch me parece não só natural, como bastante adequada.
Jogando no modo portátil, o visual está ótimo, e a telinha do Switch faz um bom trabalho em trazer todas as cores e a fofura do game para o jogador. Já com o console em seu dock ligado à TV, achei o jogo um pouco mais… “borrado” que a versão PS4. Não sei explicar a razão, mas é fato que na TV o jogo parece menos nítido. Não é algo realmente gritante, e talvez sem fator comparativo você nem repare, mas como tive a oportunidade de jogar nas duas plataformas, isso ficou bem evidente para mim.
Apesar disso, o game continua sendo um deleite aos olhos e ouvidos, com seus personagens fofinhos, sua trilha sonora tão épica quanto nostálgica e seu excelente trabalho de dublagem — você escolhe se quer o áudio em japonês ou inglês. O contraste dos personagens Jiants (com design de Tetsuya Nomura) com os pequenos e cabeçudinhos Lilikins (idealizados por Yasuhisa Izumisawa) é algo que não só funciona mecanicamente dentro do jogo, como também torna World of Final Fantasy único e especial.
Conclusão
Eu já havia adorado o World of Final Fantasy original lá em 2016, e poder revisitá-lo em uma versão expandida e melhorada sem dúvida foi um grande prazer. O game continua sendo uma experiência mágica, repleta de nostalgia, uma celebração aos 30 anos da saga que também é um baita presente para os fãs que cresceram com ela.
Em muitos aspectos, World of Final Fantasy é “mais” Final Fantasy do que diversos episódios canônicos enumerados lançados na última década: enquanto a série principal foi se tornando cada vez mais como os RPGs de ação ocidentais, este aqui permanece puramente fiel às origens da franquia, trazendo batalhas por turnos com barra de ATB e foco em dungeons.
World of Final Fantasy já era altamente recomendável, mas se você por algum motivo ainda não jogou-o, está aí uma nova oportunidade, maior, mais completa e disponível para mais plataformas. Se você é fã de Final Fantasy, dê um jeito de jogar World of Final Fantasy Maxima. Garanto que não irá se arrepender.
World of Final Fantasy Maxima foi lançado em 6 de novembro, agora com versões para PC, Playstation 4, Nintendo Switch e Xbox One. Infelizmente o game segue sem receber suporte ao nosso idioma, tendo apenas opção de áudio/legendas em inglês e japonês.