Análise Arkade: Horizon Chase 2, agora em mais plataformas

30 de maio de 2024
Análise Arkade: Horizon Chase 2, agora em mais plataformas

Horizon Chase ainda é celebrado como um dos melhores jogos brasileiros já produzidos. Sua sequência, Horizon Chase 2, foi lançado em etapas: o jogo debutou em agosto de 2022 no Apple Arcade e, posteriormente chegou ao PC e ao Nintendo Switch. Hoje, 30 de maio, ele enfim desembarca nos consoles da Sony e da Microsoft, com direito a jogatina cross-platform e muito mais.

Lá em 2022, nosso camarada Junior Candido testou e analisou a versão Apple Arcade do jogo — relembre a análise aqui. E ele gostou tanto do jogo que colocou-o em nossa lista de Melhores daquele ano.

Análise Arkade: Horizon Chase 2, agora em mais plataformas

Muito do que ele apontou na época continua valendo. Horizon Chase 2 é “mais do mesmo”, seguindo a fórmula que fez do jogo original um sucesso de nível mundial. É aquela “corrida arcade” com a vibe dos anos 90 e de clássicos como Top Gear e Out Run que a gente já jogou, gostou e quer jogar mais!

Horizon Chase 2: corrida sem frescura

Não sei você, mas eu tenho preguiça de jogos de corrida em mundo aberto. Saudades da simplicidade de jogos onde escolhemos um carro, uma pista, e pronto, sem frescura. É um formato que ficou no passado — mas, felizmente, Horizon Chase 2 busca emular justamente esse tipo de experiência.

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Com dezenas de veículos customizáveis e mais de 60 pistas que passeiam por diversos lugares do mundo, Horizon Chase 2 traz de volta tudo o que já era bom: as corridas são rápidas e disputadas, em pistas repletas de curvas desafiadoras.

Coletar moedas azuis é tão importante quanto saber quando frear. Entre nitros e drifts insanos, cada vitória é definida em milissegundos e, embora uma batida possa colocar tudo a perder, fazer uma corrida de recuperação pode ser extremamente recompensador.

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O modo Volta ao Mundo é o destaque e, como o nome sugere, nos leva a um passeio por diversos países, em uma série alucinante de corridas, mas existem outros modos de jogo, e praticamente tudo pode ser jogado com os amigos — tanto online quanto em tela dividida.

Para quem quer uma experiência “sem fim”, Horizon Chase 2 traz desafios diários rotativos, com recompensas exclusivas para incentivar o jogador a voltar todos os dias. Para a alegria dos mais competitivos, o game está o tempo todo esfregando leaderboards (de amigos e globais) na cara da gente, a fim de estimular a comunidade a permanecer ativa.

A brasilidade de Horizon Chase 2

Por ser uma produção nacional, Horizon Chase 2 representa o Brasil com muito mais carinho e cuidado do que qualquer outro jogo de corrida. E o melhor, ele faz isso fugindo dos clichês, como o Cristo Redentor que vemos em outros jogos.

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O Brasil de Horizon Chase 2 divide-se em 4 macrorregiões, e passeia por cidades bem menos conhecidas. Há São Paulo, claro — com direito a Vão do MASP e tudo –, mas também há Porto Alegre, Foz do Iguaçu, Fernando de Noronha, Olinda, Ouro Preto, e mais.

Confira uma corrida completa em clima de Natal em Gramado e Canela, cidades emblemáticas da serra gaúcha que marcam presença no game:

Muitos desses lugares são destinos bem menos populares para gringos e, justamente por isso, é legal que estejam retratados no game. Os cartões postais de cada cidade marcam presença, e outros países — como Marrocos, Tailândia ou Japão — são igualmente bem representados em pistas que não se limitam às cidades mais conhecidas.

Audiovisual

Horizon Chase 2 segue a estética estilizada e vibrante de seu antecessor, mas consegue ser ainda mais bonito. É uma evolução sutil, mas perceptível que é um deleite para os olhos, remetendo diretamente aos racing games dos anos 90. As mudanças de clima, a passagem do tempo e os efeitos (como tempestades de areia) são detalhes que deixam o jogo ainda mais charmoso.

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O lendário Barry Leitch (compositor de Top Gear) retorna trazendo as melodias eletrônicas contagiantes e animadas que são sua marca registrada. O ronco dos motores e os sons típicos de um jogo de corrida também estão ótimos, potencializando a imersão e a sensação de velocidade.

No PS5, plataforma em que joguei, Horizon Chase 2 roda liso, com loadings praticamente inexistentes e uma excelente performance. É um jogo moderno com a aura de antigamente, que nos faz lembrar dos viciantes racing games de arcade.

Conclusão

Horizon Chase 2 não faz nenhuma mudança drástica, mas melhora o que já era (muito) bom, e segue trazendo uma mistura de nostalgia e velocidade com aquele tempero brasileiro que dá um gostinho ainda mais especial.

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Repetindo o que meu camarada Junior disse lá em 2022: quem gostou do primeiro jogo, vai se sentir em casa aqui. A essência que fez de Horizon Chase um sucesso está intacta, em uma experiência ainda mais polida, veloz e refinada.

A única coisa que fica incerta é: o que o futuro reserva para uma série tão querida? Caso você não se lembre, desde abril de 2023 a Aquiris passou a ser Epic Games Brasil. Por um lado, é legal vermos um estúdio brasileiro sendo reconhecido por uma empresa bilionária gigantesca. Por outro, será que eles terão autonomia criativa, ou vão virar mais um estúdio de suporte de Fortnite — como aconteceu com a Harmonix?

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Ainda não dá para sabermos. Mas uma coisa é certa: com Horizon Chase 2, o então Aquiris Game Studio acertou de novo. Misturando nostalgia, velocidade (e Barry Leitch), o jogo é um pacote completo, que não só presta homenagem aos clássicos, como se coloca em um patamar de qualidade ainda mais elevado.

Horizon Chase 2 agora está disponível para iOS, PC, Nintendo Switch, Playstation 4, Playstation 5 (versão analisada), Xbox One e Xbox Series. O jogo está 100% localizado em português brasileiro.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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