Análise Arkade – Voice of Cards: The Forsaken Maiden, uma nova aventura no mundo das cartas

24 de fevereiro de 2022
Análise Arkade - Voice of Cards: The Forsaken Maiden, uma nova aventura no mundo das cartas

Chegando meio que de repente, Voice of Cards: The Forsaken Maiden foi anunciado apenas 4 meses após o lançamento de Voice of Cards: The Isle Dragon Roars. Curiosamente, o jogo não é uma continuação direta, mas uma nova entrada na franquia criada por Yoko Taro. Confira o que achamos deste novo passeio pelo mundo das cartas!

Desenvolvido pela Alim e publicado pela Square Enix para PlayStation 4 e 5Nintendo Switch e PCVoice of Cards: The Forsaken Maiden é um JRPG que utiliza a mesma estética e linguagem visual que o primeiro game, mas desta vez coloca o jogador para acompanhar a história de uma donzela que precisa recuperar os poderes para salvar sua terra natal.

A equipe de produção se manteve essencialmente a mesma, e é composta pelos veteranos das séries Drakengard e Nier, que inclui o diretor criativo Yoko Taro, o produtor executivo Yosuke Saito, o compositor Keiichi Okabe e o artista Kimihiko Fujisaka.

História

Como em Voice of Cards: The Isle Dragon Roars aqui também somos apresentados ao Game Master que é o narrador dessa história — e não é o mesmo Game Master da história anterior, o que fortalece a ideia de que esta é uma nova história, e não uma sequência.

Voice of Cards: The Forsaken Maiden ainda se passa em um mundo de fantasia, mas tem uma temática diferente do jogo anterior: aqui vamos explorar um arquipélago de ilhas e um vasto oceano, ou seja, temos aqui um tema mais náutico, com boa parte da exploração sendo feita em uma embarcação.

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De tempos em tempos, uma donzela que vive em cada ilha deve realizar um ritual para agradar ao espírito local e garantir a prosperidade da ilha. Assumimos o controle de Barren, um navegante esperançoso que pertence à Omega Village. Por alguma razão, a donzela que deveria residir lá nunca chegou, e a ilha está, portanto, à beira da destruição.

É revelado desde o início que a amiga de Barren, Laty — uma garota misteriosa de cabelos verdes que não tem voz — é a donzela da ilha, mas ela não tem o poder de realizar o ritual para o qual foi predestinada. Então, os dois se lançam ao mar para buscar a ajuda das donzelas das outras ilhas e, com sorte, chegar ao fundo do passado oculto de Laty e salvar a Omega Village.

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Laty, uma personagem com um passado obscuro

Mundo novo, mesmas cartas.

Em Voice of Cards: The Forsaken Maiden você passará muito tempo explorando um vasto oceano. Nele, temos a mesma mecânica que foi apresentada no jogo anterior: o mundo do jogo é composto por cartas viradas para baixo — conforme avançamos, as cartas vão sendo viradas, revelando o mapa e a paisagem.

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Agora podemos ir além nessa nova aventura.

O curioso aqui é que cada área tem uma temática diferente e isso influencia até mesmo nos monstros que teremos de enfrentar. Por exemplo, em uma ilha mais tropical, encontraremos monstros mais aquáticos. Já em uma olha com terreno montanhoso e solo mais árido, teremos monstros mais condizentes àquele tipo de terreno.

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Exemplos de monstros de clima tropical
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E outros de terreno árido

As cidades se mantiveram mais ou menos como no primeiro jogo da série Voice of Cards: temos a estalagem, o apotecário, bem como as lojas de itens, armas e acessórios.

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E, as cidades também têm arquiteturas e características próprias, de acordo com a ilha em que se encontram.

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Como era de se esperar — dado o curto intervalo entre o lançamento dos dois jogos –, o que temos aqui é uma aventura que reaproveita muitos recursos de Voice of Cards: The Isle Dragon Roars, em termos de estética e até mesmo de mecânicas. Claro que aqui temos novos heróis e uma nova história, mas é fato que o cerne do jogo foi meio que “requentado”, embora haja espaço para novidades, como veremos a seguir.

Combate e Audiovisual

A primeira novidade nos combates é que agora o grupo pode ter até 4 integrantes. Outra novidade são habilidades que podem ser feitas em conjunto. Por exemplo: Barren e Laty podem atacar juntos um inimigo para desferir um golpe mais poderoso. A última e mais bem-vinda adição foi o aumento da quantidade de itens que podemos carregar (o primeiro game era bastante limitado nesse quesito).

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Agora podemos ter até 4 personagens em combate.

Gostaria de poder falar sobre mais novidades, mas no caso, não há muito mais o que ser dito. Como já dito, muita coisa foi reaproveitada, de modo que muito do jogo se mantém igual ao primeiro. A jogabilidade continua simples e intuitiva, e as mecânicas continuam as mesmas.

A trilha sonora, composta por Keiichi Okabe — que também produziu a trilha do primeiro jogo e de Nier, Nier Automata e Drakengard 3 –segue um estilo diferente do primeiro, aproveitando a vibe aquática do game para construir uma sensação de que estamos de fato “navegando” pelas composições.

O artista responsável pela arte do game é o Kimihiko Fujisaka, responsável por vários outros jogos como Terra BattleDrakengardThe Last History e Fire Emblem: Awakening. Seu traço delicado e caprichoso combina perfeitamente com a estética do game, sendo mais um acerto do time criativo.

Conclusão

Voice of cards: The Forsaken Maiden é um game que continua o legado do seu antecessor atualizando certas mecânicas, mas mantendo-se em uma zona de conforto que reutiliza muito do que foi apresentado anteriormente. É uma nova jornada, com novos heróis em um novo mundo, mas tudo parece bem familiar para quem jogou Voice of Cards: The Isle Dragon Roars — o que não é necessariamente um problema.

Talvez o maior pecado do jogo ainda seja sua curta duração. Assim como o seu antecessor, sua campanha dura pouco mais de 10 horas, o que é pouco, quando comparado a outros grandes JRPGs que temos hoje. O tempo que passamos com o jogo é satisfatório, mas, de novo, fica a impressão de que ele poderia render mais, ser mais robusto.

Voice of Cards: The Forsaken Maiden foi lançado em 17 de fevereiro para Playstation 4 e 5, Nintendo Switch (versão analisada) e PC. Infelizmente o jogo não foi localizado para o nosso idioma — menus e legendas estão em inglês.

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