Após controvérsia, Unity vai alterar seu plano de cobrança por instalações
Semana passada a Unity anunciou que a partir de 2024 iria mudar o seu sistema de cobrança para uso de sua engine, passando a cobrar de desenvolvedores por número de instalações de seus games. Esse anúncio gerou revolta geral e muitos protestos. E isso deu resultado, de certa forma, pois a Unity vai alterar seus planos iniciais.
Em seu perfil no X/Twitter, a Unity anunciou que ouviu alto e claro toda a revolta de desenvolvedores e estúdios, e irá repensar seu novo modelo de negócios. Segundo eles, o feedback de toda a comunidade, bem como opiniões de seus próprios funcionários, parceiros e clientes, vão ajudá-los a buscar uma nova forma de atualizar suas próprias políticas, que serão divulgadas em alguns dias.
We have heard you. We apologize for the confusion and angst the runtime fee policy we announced on Tuesday caused. We are listening, talking to our team members, community, customers, and partners, and will be making changes to the policy. We will share an update in a couple of…
— Unity (@unity) September 17, 2023
A Unity obviamente não menciona como serão as mudanças, se abandonarão as cobranças por instalações, ou se a manterão, mas com novas regras. Porém, o site Bloomberg reportou que as novas mudanças colocarão um limite de 4% de cobrança para games cujo faturamento superar 1 milhão de dólares, e que a cobrança baseada em instalações continuaria, mas usaria como base dados fornecidos pelos próprios desenvolvedores ao invés de um sistema que seria imposto pela própria Unity para rastrear instalações.
Segundo informações, o sistema da Unity não seria capaz de rastrear de forma correta os números de instalações, pois não seria capaz de identificar se um game foi comprado legitimamente ou pirateado. E, importante mencionar que essa cobrança por número de instalações não substituiria o pagamento pela licença de uso da engine, essa cobrança seria um extra, adicionado por cima do custo da própria licença.
Segundo fontes internas que conversaram com o Bloomberg, a diretoria da Unity realizou uma reunião para todos os seus funcionários anunciando as mudanças de planos, mencionadas acima e, quando perguntados como reconquistariam a confiança do público após essa catástrofe, mencionar que eles “mostrariam, não falariam” como essa confiança poderia ser reconstruída.
Por enquanto não há uma previsão concreta para quando as mudanças serão anunciadas, nem se as informações do Bloomberg estão corretas, então só nos resta esperar.
Ah, e Cult of the Lamb não será deletado das lojas, como nós noticiamos semana passada. Trata-se de uma “trollagem” dos devs do game, que garantiram que o game continuará a venda, mas deixaram muito claro sua total insatisfação e revolta com a Unity.
(Via: Siliconera, Eurogamer)