Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

16 de setembro de 2020
Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Entre os diversos gêneros de jogos populares na realidade virtual, os ritmicos sem dúvidas estão no pódio. Pistol Whip consegue seu lugar entre os melhores, inovando ao unir mecânicas de FPS e Arcade com a temática rítmica. Cheio de referências a ícones de filmes de ação, o game da Cloudhead Games diverte bastante, mesmo com um número reduzido de fases.

Inicialmente lançado apenas para PC, Pistol Whip finalmente chegou ao PlayStation VR no final de julho. O jogo acerta na simplicidade, trazendo uma jogatina precisa e muita adrenalina. A imersão, cores e trilha sonora deixa tudo no jogo com cara dos melhores filmes de ação do cinema. Mas vamos falar mais sobre isso nessa matéria completa.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Entre tiros e ritmo

Os dois pilares da jogatina de Pistol Whip são a ação dos jogos de tiro e o ritmo de “bate estaca” das músicas eletrônicas. A combinação inusitada funciona muito bem através de todas as fases do jogo. Inicialmente jogamos com uma pistola somente, utilizando assim somente um controle de movimento.

O layout inicial do jogo lembra bastante o de Beat Saber. Com fases podendo ser escolhidas livremente no menu da frente, modificadores à esquerda do jogador e pontuações à direita. Não temos muitas fases, mas a quantidade combinada com os níveis de dificuldade já agrada bastante os amantes de jogos rítmicos.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Entretanto, o jogo brilha mais em suas modificações customizáveis. Com elas, podemos aumentar ou diminuir a dificuldade e customizar nossa experiência. A possibilidade de usar duas pistolas simultaneamente está presente aqui, o que torna o jogo um pouco mais fácil. Porém, assim como ocorre em Beat Saber, essas modificações acrescentam ou retiram porcentagens de ganho de pontos.

Se sentindo na pele de John Wick

Uma das melhores sensações que o jogo proporciona é a de se sentir o protagonista imortal de um filme de ação. Isso não só por possuir fases que fazem referência a filmes clássicos de ação como Blade Runner e Cães de Aluguel, mas por toda a mecânica acelerada de tiros que ele possui.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Em Pistol Whip o cenário corre automaticamente ao nosso redor. Enquanto isso, precisamos atirar em diversos inimigos que surgem de várias direções. Ao mesmo tempo, precisamos desviar de seus tiros no melhor estilo Matrix de ser. Tudo isso enquanto a batida da música eletrônica explode ao nosso redor.

A sensação que o conjunto da obra dá e de estarmos na pele do próprio John Wick, enquanto avançamos numa empreitada contra inúmeros capangas. O próprio jogo não se preocupa em esconder a inspiração na franquia de filmes estrelada por Keanu Reeves. Por exemplo, ao conquistar todos os seus troféus, você receberá a platina sagazmente intitulada “You’re breathtaking!“. Hitman e Baby Driver (Em Ritmo de Fuga) são outras obras referenciadas ao longo da jogatina.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Ação ritmada um pouco opcional

Enquanto a parte da ação envolvida em Pistol Whip não deixa nada a desejar, sua parte musical não segue da mesma forma. Não me leve a mal, as músicas do game são muito boas e combinam perfeitamente com os cenários. Entretanto, não temos aqui um apelo tão grande em “respeitar a batida” como acontece em outros jogos.

Isso porque acertar os inimigos em um determinado ritmo dá sim pontos extras no final da fase. Entretanto, podemos jogar o game inteiro ignorando a trilha sonora, apenas acertando os inimigos o mais rápido possível. Como o jogo nos deixa livres para jogar da primeira ou da segunda forma, optar por simplesmente sair atirando em tudo e todos sem preocupação com a música acaba sendo uma forma mais simples — e talvez mais divertida — de se jogar.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Isso somado ao fato de não termos músicas muito conhecidas ou emblemáticas na playlist do jogo faz a parte musical do game deixar um pouco a desejar. Ela não está equilibrada de forma igualitária com a jogabilidade, mas é, na verdade, um complemento desta.

Controles precisos e fáceis

Se a parte sonora não acompanha o brilhantismo da ação do game, felizmente seus controles acompanham. Podendo ser jogado com um ou dois controles de movimento, o game acerta pela simplicidade. Assim como Beat Saber fez com sabers de luz, aqui temos um equivalente com pistolas.

Arkade VR: Pistol Whip traz ritmo e tiros em jogatina frenética

Atirar é bem instintivo e fácil, apontando os controles como se segurássemos uma pistola. Recarregar segue a mesma pegada instintiva, basta apontar a arma para o chão. Por fim, ainda podemos bater em inimigos dando coronhadas, o que rende alguns pontinhos extras.

Assim como elogiamos na análise de Beat Saber, a precisão da captação de movimentos aqui é muito boa. Desviar de balas, girar a cabeça rápido e atirar em vários alvos ao mesmo tempo, tudo se encaixa perfeitamente num balé de ação incrível sem travamentos ou problemas de captação dos movimentos. Talvez essa jogabilidade afiada seja, inclusive, o que mais vicia em Pistol Whip.

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Ótima experiência em Realidade Virtual

Pistol Whip é um daqueles jogos que não teria o mesmo brilhantismo se não fosse feito na realidade virtual. Sua imersão é incrível e seus controles precisos. Pode não ser tão obrigatório quanto Beat Saber na biblioteca de jogos dos amantes da realidade virtual, mas ainda assim pode ser colocado na lista dos melhores do seu nicho.

Felizmente, a equipe da Cloudhead Games pretende manter o jogo sempre fresco, lançando atualizações com certa frequência. Isso é ótimo para aumentar sua longevidade e até sua relevância. Afinal, ele é um daqueles games facílimos de aprender a jogar, mas quase impossíveis de se dominar com plenitude.

Pistol Whip chegou ao VR de PC em novembro de 2019, e recebeu uma versão para PlayStation VR em Julho de 2020. Além do óculos da Sony, no PC o game funciona no Valve Index, Oculus Quest, HTC Vive e Oculus Rift.

Gilson Peres

Gilson Peres é Psicólogo, Mestre em Comunicação e aqui no Arkade fala principalmente sobre Realidade Virtual, jogos de PC e novas tecnologias desde 2019.

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