Assisti (mais uma vez) o Tá Todo Mundo Louco, um dos melhores filmes de comédia dos anos 2000

30 de maio de 2023
Assisti (mais uma vez) o Tá Todo Mundo Louco, um dos melhores filmes de comédia dos anos 2000

Pelo menos pra mim, filme de comédia tem que ser daqueles bem toscos. E Tá Todo Mundo Louco (ou Rat Race, em seu nome original) é um exemplo perfeito de um filme o qual é possível passar algumas mensagens bacanas em meio a situações completamente insanas e maravilhosamente sem noção.

O filme de 2001, que conta com Jerry Zucker na direção, tem um elenco estrelado: Cuba Gooding Jr., Whoopi Goldberg, John Cleese (do lendário Monty Phyton), e Rowan Atkinson, o eterno Mr. Bean, são alguns dos bons personagens que garantem situações insanas a todo momento, já que o filme vai mudando de personagem para personagem várias vezes.

O motivo é simples: Tá Todo Mundo Louco segue um grupo de figuras das mais aleatórias e esquisitas, que são convidados a participar de uma corrida maluca em busca de um prêmio em dinheiro de dois milhões de dólares. O excêntrico bilionário Donald Sinclair (interpretado por John Cleese) foi quem inventou tal “gincana”, como forma de entreter os bilionários que frequentam seu cassino.

Assim, temos uma família tipicamente americana que está em férias, um advogado, um juiz de futebol perseguido por um erro absurdo em um jogo importante, um andarilho e mãe e filha que recentemente se reencontraram após anos sem se verem, entre outras figuras, que saem pelo país para conseguirem o prêmio máximo de dois milhões de dólares, cuja mala cheia de notas está em uma estação de trem bem longe de onde a jornada começa.

Durante a aventura, temos os personagens fazendo o que podem para chegar no local, lidando com obstáculos que aparecem pelo caminho ou trapaceando uns contra os outros. É um verdadeiro festival de situações malucas e insanas, como um “Museu da Barbie” no meio do deserto, que pertencia a “outro Barbie” e não à boneca.

Temos o teste do carro mais rápido do mundo, um encontro de fãs de I Love Lucy, um coração para transplante que fica mais furado do que uma peneira e traição movida a perseguição de helicóptero em um filme que realmente prende o espectador em trazer uma cena mais insana do que a outra a toda hora, sem tempo para “respirar”.

Mas mesmo em meio às insanidades do filme, ele também leva o espectador a refletir, mesmo durante as risadas. Pois vemos as pessoas fazendo literalmente de tudo para alcançar os dois milhões. E o que é possível fazer em um jogo “sem regras” para obter tal fortuna? No filme, vale botar a própria família para dormir, perseguir um andarilho para tomar o seu coração, copiar chaves e até pegar a grana sem nem participar da disputa.

O filme acaba mostrando como que as pessoas podem agir como verdadeiros animais, quando a busca pela fortuna e poder está como o foco principal, mas sem deixar a peteca do bom humor cair, com as já mencionadas coletâneas de situações absurdas que acontecem a toda hora. Afinal, para chegar em primeiro lugar e ficar com a grana, vale até mandar a filha colocar o traseiro na janela para fazer suas necessidades, já que não dá pra parar no banheiro.

Ao longo da história, os personagens são confrontados com decisões morais e éticas difíceis, enquanto lutam para alcançar o prêmio em dinheiro. O filme aborda temas como ganância, desonestidade, superficialidade e a necessidade de pertencer.

O elenco diversificado e talentoso do filme também permite que ele explore questões sociais mais amplas, como o racismo e o sexismo de maneira leve e irônica. Embora esses temas sejam abordados de forma humorística, eles lançam luz sobre as desigualdades e preconceitos ainda presentes na sociedade. É, inclusive, uma aula de como lidar com várias críticas à sociedade de forma leve, simples e principalmente, engraçada.

O caos de Tá Todo Mundo Louco continua a entreter e fazer rir o público mesmo após mais de duas décadas de seu lançamento. Eu mesmo dou muita risada toda vez que assisto a este filme. Sua comédia desenfreada e sua crítica à sociedade moderna mantêm-se relevantes até os dias de hoje. A busca frenética por dinheiro, fama e sucesso continua a ser uma realidade para muitas pessoas, e o filme serve como um lembrete de como essas obsessões podem afetar nossas vidas e nossos relacionamentos.

Além disso, Tá Todo Mundo Louco traz o poder da comédia em nos fazer refletir sobre questões sociais ao mesmo tempo que nos faz lembrar de não levar a vida tão a sério. O filme nos faz rir das situações absurdas e nos incentiva a abraçar o caos de vez em quando, lembrando-nos de que, no final das contas, a vida é uma jornada imprevisível e cheia de surpresas.

Aliás, você já comprou o seu esquilo?

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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