BGS 2022 – Jogamos One Piece Odyssey, o RPG de turnos do pirata que estica
Pra quem acha que a Brasil Game Show 2022 já acabou está redondamente enganado! Ontem (11/10) foi dia da gente visitar o estande da Samsung lá na feira e experimentar o novíssimo One Piece Odyssey, o mais novo game do anime mais popular do Japão. O jogo segue uma linha bem diferente dos anteriores, trazendo menos ação e mais estratégia em um RPG baseado em turnos bem interessante.
Trazendo a tripulação já mais atual, porém sem mostrar a presença de figuras ilustres como Brook e Jinbei na demo, conseguimos ver o que provavelmente é um dos momentos iniciais do jogo, com a tripulação do Chapéu de Palha parcialmente dividida, perdida e sem entender o que está acontecendo na misteriosa ilha na qual chegaram. Vamos falar de tudo sobre essa demonstração nessa matéria, então vem comigo!
Resgate ao estilo King Kong
A demo gira praticamente toda ao redor de um resgate. Mas não qualquer resgate. Por algum motivo que não vemos durante o teste, Nami, a navegadora da tripulação, está separada do grupo e presa com uma espécie de gorila gigantesco que aparentemente a raptou no melhor estilo King Kong. Inicialmente com Luffy, Sanji, Usopp, Robin, Franky e Chopper; precisamos passar por alguns locais e inimigos para enfim resgatá-la.
Posteriormente na mini aventura, Zoro também se junta à tripulação, com uma entrada épica como de costume e uma piadoca sobre ele mais uma vez ter se perdido geograficamente. Inclusive, este é um ponto que considerei bem bacana durante toda a demo! A interação e personalidade de todos os personagens está muito bem preservada em One Piece Odyssey, trazendo momentos hilários que mais parecem ter vindo diretamente do anime, principalmente com Zoro, Sanji, Usopp e Nami.
Já a história do game parece fazer referências a algumas sagas do anime/mangá da obra. Como o arco de Skypiea (ou a Ilha do Céu), que é citado por Robin logo no início dos testes, quando eles notam algumas ruínas próximas ao local que estavam passando. Porém, mesmo com essas referências, já foi dito que o enredo do game será como uma história entre histórias cânone.
Enquanto isso, a exploração do game não é nada livre. Com diversas paredes invisíveis durante todo o processo de exploração, One Piece Odyssey claramente é mais focado em uma história linear, com combates em turno e talvez até um pouco de grind aqui e ali. Mas não esperem algo próximo ou maior que World Seeker no que tange o mundo do game. Mas nem por isso o mundo dele é vazio e monótono, muito pelo contrário.
Combates em turno diferenciados
Mas claro que o foco da demonstração foi mostrar como são os combates em One Piece Odyssey. E isso eles fizeram muito bem. Inicialmente o game parece um RPG baseado em turnos como qualquer outro, principalmente aqueles japoneses. Entretanto, aos pouquinhos a demo vai mostrando algumas mecânicas próprias desse jogo que fazem ele ter uma personalidade um pouquinho única.
A começar pelo time que você utiliza nos combates. Podendo ter quatro membros da tripulação disponíveis para o combate, mas com os demais podendo substituir aqueles áptos a trocarem de lugar sem problemas. O que já é um ponto interessante, uma vez que não possuímos penalidades para trocar membros da tripulação de posição na batalha, eles só não podem estar com condições especiais para fazê-lo.
Além disso, outro ponto que achei bem interessante são os chamados momentos críticos. Situações premeditadas da história do jogo onde situações específicas precisam ser alcançadas durante as batalhas. Batalhas essas que podem acontecer em duas frentes simultaneamente, com os alcances dos ataques de cada personagem se tornando mais relevantes para o contexto.
Um ótimo exemplo dessa última mecânica foi quando Usopp se viu paralizado por alguns animais semelhantes a pinguins, enquanto o restante do time fora emboscado por outras aves. Na batalha, é como se acontecessem dois combates ao mesmo tempo. Um de Usopp contra as aves que o paralizaram e outro do restante da tripulação emboscada. Nessa situação a condição para a vitória era vencer a batalha sem deixar Usopp ser morto.
Uma aventura um pouco fora da mesmice
One Piece Odyssey me surpreendeu positivamente. Não é um game que reinventa a roda, muito pelo contrário. Muitos outros games japoneses já utilizaram a maior parte das mecânicas vistas nele. Mas como um jogo baseado em anime, ele se mostrou bastante promissor e pouco preguiçoso. As paredes invisíveis incomodam às vezes, mas o mundo ao redor é tão repleto de detalhes e cheio de movimento que agrada só olhar.
Além disso, os combates são dinâmicos e estratégicos como devem ser. A dificuldade do game não deu pra ser sentida, uma vez que os poderes dos personagens estavam todos liberados e o nível deles superior a 40 (o que parece bem alto pro lugar onde estávamos no jogo). Mas com um nivelamento adequado de dificuldade e bom processo de evolução, One Piece Odyssey poderá agradar até aqueles que não são tão familiarizados assim com a franquia. Para os fãs, esse parece ser um título quase obrigatório.
One Piece Odyssey tem previsão de lançamento para o dia 13 de janeiro de 2023 e estará disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC (via Steam). O game terá áudio em inglês e japonês com textos em PT-BR.
Agradecimentos especiais à equipe da Samsung que nos concedeu a possibilidade de testar One Piece Odyssey no estande deles!