BGS 2024 – A Nintendo quer mais jogos localizados para o português e chegar até as pequenas cidades brasileiras
Já são seis anos desde que a Nintendo veio “para ficar” na BGS. A Big N chegou a participar do evento lá atrás, quando lançou o Wii U por aqui, mas foi em 2018 que a sua presença no país começou a ser encarada para valer, quando trouxeram um pequeno espaço, reservado, para imprensa, parceiros e criadores.
E, a partir de 2019, a Nintendo chegou e não foi mais embora. Já são cinco anos e quatro aparições na BGS, onde pudemos perceber algumas coisas: a intensidade dos fãs da marca, que tornam até brindes como assuntos comentados na feira, e a forma Nintendo de atuar no país: devagar e sempre, com seus parceiros cuidando da distribuição de consoles, uma comunicação crescente, e iniciativas como as apresentadas na BGS 2024, como a localização de games e o interesse de chegar até as cidades pequenas do país.
Para entender mais o momento atual da Big N no nosso país, aproveitamos a BGS para falar com Romina Whitlock, diretora de Marketing da Nintendo LATAM. Ela conversou conosco sobre algumas comparações entre passado (dos dias de Playtronic) e presente, sobre os novos lançamentos e a postura da Big N no Brasil nos próximos meses.
Arkade – Primeiramente, obrigado por nos convidar. Já se passaram cinco anos desde que a Nintendo começou a participar do BGS. Como você vê a presença da Nintendo no nosso país, estrategicamente falando, talvez incluindo a América Latina, nestes anos?
Nintendo – Sim, sim. Nos cinco anos, crescemos muito. Começamos pequenos, vindo ao BGS sem um estande, apenas para conhecer e fazer alguns encontros. Depois, começamos a montar o estande. Então, trouxemos produtos, pois viemos ao BGS antes mesmo de trazer produtos para o país. Finalmente, em 2020, lançamos o Nintendo Switch aqui.
Desde então, adicionamos nossa família de sistemas. Portanto, incluímos o Nintendo Switch Lite e também o OLED. Desde então, também adicionamos software. Temos a eShop digital, certo? Mas começamos a trazer software físico para o país. Agora temos mais de 30 games em mídia física aqui.
Acho que uma das coisas mais importantes que fizemos foi a localização e isso realmente nos ajuda a crescer. A localização é fundamental para que esta marca cresça no Brasil, porque temos muitos jogos para todas as idades e não podemos esperar que as pessoas saibam inglês para jogá-los, certo? Estou realmente animada com o mais recente jogo que temos, que é The Legend of Zelda Echoes of Wisdom, porque é o primeiro jogo que localizamos.
Vejo que fizemos as coisas devagar, mas de uma maneira que podemos continuar a construir. Fizemos uma base e continuamos a construir sobre essa fundação para garantir que façamos certo e que realmente possamos fazer negócios de maneira lenta e constante, eu diria. E a BGS é uma oportunidade maravilhosa para nós e por isso voltamos todo ano porque não temos muitas chances de estar perto de nossos fãs e potenciais fãs, certo?
Uma das grandes coisas sobre o BGS que eu amo tanto é que é bem próximo do Dia das Crianças e assim temos muitas crianças aqui que podem jogar. E a introdução dos nossos jogos, especialmente os localizados, temos dez jogos no estande agora. Cinco deles estão localizados, incluindo o jogo ainda não lançado de Super Mario Party Jumboree, que é um jogo muito divertido que pode ser jogado em qualquer idade.
Tudo isso faz parte da estratégia de crescimento e acredito que o próximo passo seria continuar a crescer nossa distribuição pelo país para que não estejamos apenas nas grandes cidades. Agora queremos alcançar as pequenas cidades neste grande país.
Arkade – A comunicação com os brasileiros está crescendo dia a dia. Podemos ver isso, inclusive com fatos sobre as promoções da Nintendo em eventos, já que as famosas bolinhas vermelhas e pôsteres são “trending topics” em feiras como a Gamescom e BGS. Como você vê a melhoria da comunicação com os fãs brasileiros nestes cinco anos da Nintendo no Brasil?
Nintendo – Eu diria, porque eu participo de muitos eventos ao redor do mundo, que os fãs brasileiros são os mais apaixonados. São os mais divertidos de interagir e também os mais divertidos de assistir, desfrutar dos jogos. Em termos do que oferecemos, sempre que vimos ao BGS, tentamos oferecer algo não lançado, seja de primeira ou terceira parte.
Também temos aqui o Just Dance 2025, ainda não lançado. Temos alguns de nossos grandes parceiros como Ubisoft ou a EA. Também temos no nosso estande um jogo jogável que recentemente foi lançado com o FC Sports 2025. O que tentamos oferecer é o máximo que podemos, seja games nossos ou de parceiros, sempre viemos com algo não lançado porque queremos tornar especial. E como você disse, tentamos dar coisas que as pessoas que estão desfrutando dos jogos podem guardar para lembrar da experiência.
Arkade – E você falou sobre jogos localizados como um elemento chave para que as pessoas possam jogar seus jogos. Como você vê a situação atual dos jogos locais no Brasil? E no futuro, como você enxerga esta localização para o nosso português?
Nintendo – Sim, a localização é realmente importante. E percebemos que, se queremos crescer neste país, temos que localizar nossos jogos para que todas as idades, especialmente os jogadores mais jovens, possam jogar porque acaba gerando uma afinidade com jogadores mais jovens por causa dos nossos personagens.
Nossos jogos são divertidos e inocentes de muitas maneiras. Então, ter localização é fundamental. O que vi nos 10, 11 títulos que localizamos é que definitivamente vemos uma maior apreciação porque vemos o engajamento, os comentários e as redes sociais. E também vemos que isso se reflete nas vendas. Claro, venderemos mais se localizarmos mais nossos jogos. Então, acho que é algo que a empresa continua a observar para crescer e continuar a fazer
Arkade – Há algo interessante sobre a Nintendo no Brasil. Nos anos 90 a Playtronic era a Nintendo no Brasil, e eles fizeram um ótimo trabalho. O que a Nintendo viu nesta situação como lição para atuar no Brasil? Você conhece este caso? Como você vê o trabalho da Playtronic no Brasil nos anos 90 e entende ser útil ainda nos dias atuais?
Nintendo – Então, nos anos 90, estávamos neste país com um modelo de negócios muito diferente porque, como você disse, estávamos aqui. Tínhamos uma entidade fiscal aqui. Estávamos produzindo aqui. Estávamos entregando aqui. Esta é uma abordagem diferente da que estamos tomando agora.
Desta vez estamos indo com uma abordagem mais prudente e conservadora em vez de apenas entrar e colocar a bandeira da Nintendo como se fôssemos estar no país fiscalmente aqui. Decidimos usar um modelo de distribuição, que é vendemos para distribuidores e os distribuidores distribuem. Até onde sei, ainda não há plano de mudar isso.
Acho que parte da razão pela qual estamos fazendo as coisas devagar e de uma maneira mais prudente e conservadora é para garantir que façamos essas coisas corretamente. O Brasil é um país maravilhoso que tem muito potencial, mas também é muito diferente em termos de leis, certificações e requisitos governamentais.
Então, temos que garantir que sabemos e entendemos isso, e agora ainda não sabemos. Por isso, dependemos de distribuidores locais deste país para gerenciar isso. Agora continuamos a adicionar distribuição para que alcancemos mais longe. Começamos com dois distribuidores, Arcel e Ingram, e recentemente adicionamos um terceiro, que é Solutions to Go.
Arkade – E para finalizar nossa conversa, você tem uma mensagem final para os fãs da Nintendo no Brasil? O que posso esperar no futuro?
Nintendo – Sim, sim, bem no futuro muito próximo, você pode esperar mais três títulos antes do fim do ano. Todos serão localizados. Temos Super Mario Party Jamboree que lança na próxima quinta-feira. Temos Mario e Luigi Brothership, que é um ótimo RPG que lança em 7 de novembro. E temos Fitness Boxing 3, que lança em 5 de dezembro. Então, convido vocês a virem jogar também. Estamos aqui todo fim de semana no BGS, se você estiver por aqui.
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