BGS 2024 – Mais profissional e também mais humana: os desafios da Liquid para manter a excelência competitiva e proximidade com os fãs

13 de outubro de 2024
BGS 2024 - Mais profissional e também mais humana: os desafios da Liquid para manter a excelência competitiva e proximidade com os fãs

A Liquid no Brasil nasceu como tantos outras organizações de eSports: com um grupo de entusiastas de games, que pensavam só em disputar torneios e nada mais. Porém, obviamente, a organização cresceu, se profissionalizou e hoje é referência mundial em esportes eletrônicos, especialmente com o Facility em São Paulo. Por isso, uma questão sempre fica no ar, especialmente para quem acompanha este universo por muitos anos: como se profissionalizar, mas sem perder a essência e as raízes, de conexão profunda com a torcida?

A organização hoje, no Brasil, conta com vários influenciadores, e participa de vários games, em especial o Rainbow 6 e as garotas do Valorant, que é um dos times mais vencedores da história dos eSports nacional. E, para entender mais sobre estes desafios da Liquid no Brasil, falei com Rafa Queiroz, o General Manager do time no Brasil, e que está com a organização desde seus primórdios, lá em 2017. Não havia ninguém melhor para falar do passado da organização no nosso pais, e do atual momento da Cavalaria.

Arkade: Este é mais um ano com a Liquid aqui, mais um ano com a participação na BGS. A cada ano que passa, vemos a Liquid avançando em qualidade e estrutura nos campeonatos. Mas minha pergunta é: como está, especialmente depois da construção do prédio da Angélica (o Facility da org), a expansão e a profissionalização da estrutura, enquanto se mantém a raiz da Liquid do passado, como aquela que disputava torneios no Rio lá em 2019 (a final de R6 na GameXP)?

Eu vi o documentário de vocês, lembrei que estava lá na final. Como está essa balança entre a Liquid do passado e a Liquid atual, bem estruturada e profissionalizada?

Liquid: Isso é um desafio, pois crescemos de forma natural. Se me perguntarem onde estaríamos cinco anos à frente ou atrás, eu jamais imaginaria ter a estrutura que temos hoje. O desafio é profissionalizar, trazer responsabilidades, mas manter o ambiente divertido e apaixonante. Hoje, somos quase cem pessoas, contra sete ou oito que tínhamos nesta época lá no Rio (a GameXP). Existe uma cultura dentro da empresa que vem dos fundadores, de criar um ambiente amistoso e compreensível. Acho que conseguimos manter esse DNA, independentemente do tamanho da operação. A junção entre a Liquid Holanda (a matriz) e a Liquid Brasileira está indo bem, pois os valores se encontram, apesar das diferenças culturais.

Arkade: E nesse um ano e meio, notamos que os atletas têm uma estrutura superior, não só técnica, mas também psicológica, fisiológica e alimentar. Também percebo um contato mais próximo com a torcida, especialmente no prédio. Como você avalia essa dualidade profissional e de mais proximidade com os fãs?

Liquid: Incentivamos isso porque, no mundo digital, às vezes não se tem noção da dimensão do impacto. Quando você vai ao mundo físico, recebe esse carinho palpável, mostrando que você influência muitas vidas. Falamos muito sobre retribuição e empatia entre organização, atletas e torcedores. Tentamos humanizar, mostrando que jogadores e torcedores são pessoas, não números.

Arkade: Sobre a criação de conteúdo, como está essa situação de conectar pessoas, não só agregando números, mas compartilhando paixão pela equipe e pelos players, que também são criadores de conteúdo?

Liquid: Todo o conteúdo que criamos é genuíno, seja de vitória ou derrota. Procuramos passar uma mensagem de acordo com nossos valores. Nosso prédio facilita a criação de conteúdos, mas a essência não muda; buscamos sempre a mensagem positiva e o trabalho árduo.

Arkade: Quando falamos de Liquid, também falamos de moda, com a “Liquid Fashion Week”, que ultimamente tem trazido muitas novidades, não só na BGS, mas ao longo do ano, com coleções de outono, e estas novas com Deadpool e Wolverine, além do X-Men ’97. Como estão essas questões no Brasil, o que estamos importando e recebendo de troca quando o assunto é lifestyle?

Liquid: Os produtos não são só feitos com foco em venda, mas também são uma extensão do nosso fanservice. Tudo que lançamos visa atender os desejos dos fãs. Este ano lançamos bastante coisa, batendo recordes de receita, mostrando que mais pessoas estão usando nossos produtos. Estamos buscando levar isso além do eSports, criando experiências legais para todos.

Arkade: Para finalizar, qual é a mensagem principal da Liquid para 2024 e 2025?

Liquid: Todo mundo é bem-vindo. Não importa o que você gosta ou faz, aqui você encontra pessoas que compartilham suas paixões, seja por um jogo, competição, ou produto. Queremos que todos se sintam parte disso, bem aceitos, independentemente do que gostam. A competição é nossa essência, mas sempre com respeito, não inimigos, mas adversários.

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Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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