Brasil Game Show 2018 – A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

28 de agosto de 2018

Brasil Game Show 2018 - A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

A Brasil Game Show 2018 terá em seus corredores um capítulo importante da história dos videogames. Trata-se de Daniel Pesina, que, através de seus conhecimentos em artes marciais, atuou em Mortal Kombat, e foi um dos elementos fundamentais para o sucesso do game. Pesina, que ainda atuou em filmes e outros games, estará no evento entre os dias 10 e 13 de outubro, em sessões de Meet & Greet, painéis do BGS Talks, e será jurado do Cosplay Zone.

O primeiro Mortal Kombat – Um projeto entre amigos

Brasil Game Show 2018 - A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

Sua história nos videogames se mistura com a de Mortal Kombat. Entretanto, para entender sua participação no game, precisamos voltar um pouco mais no tempo. Pesina era amigo de pessoas que fariam a franquia acontecer, como John Tobias, Andrew Kudleka e Rich DiVizio. Eles, junto com Carlos, irmão de Daniel (e o Raiden de MK), se reuniam regularmente.

“A gente jogava Dungeons and Dragons juntos, anos antes do MK, recordou Pesina ao site SyFy Games. “Nós nos reuníamos aos domingos, e também fazíamos os filmes de kung fu juntos, mas nos reuníamos e passávamos o tempo todo juntos. Eventualmente, ao longo dos anos, John se formou na escola de arte e começou a trabalhar na Midway. Essa conexão nos levou a fazer o jogo.”

Como todos sabemos, o primeiro Mortal Kombat contou com diversas mudanças em seu desenvolvimento. Assim, a amizade entre Tobias, Pesina e todos os outros chamaram a atenção da Midway, que observaram que, esta camaradagem poderia ser muito útil em um processo estressante de desenvolvimento.

O sucesso e Mortal Kombat II

Brasil Game Show 2018 - A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

“Eu ia estar no comando das artes marciais, ajudando-o a descobrir movimentos e coisas assim. Nós realmente tínhamos pouca expectativa de como isso iria acontecer. Porque nos conhecíamos há tanto tempo”, explica Daniel. “As pessoas da Williams / Bally gostavam de parar o que estavam fazendo e nos ver trabalhar porque eles são nerds e eles me olhavam como quem queriam dizer: ‘você faz artes marciais, artes marciais de verdade!’. A atmosfera era muito, muito leve”.

Daniel, como consultor de artes marciais do projeto, ficou encarregado em levar os seus golpes para o jogo. Assim, Sub-Zero, Scorpion, e o secreto Reptile ganharam movimentos graças a seus esforços. Além disso, o “Van Damme” do game, Johnny Cage, também foi interpretado por Pesina. Que, neste caso, apareceu com seu rosto para o mundo, uma vez que os ninjas usavam máscaras.

Surpreendentemente, o jogo, como já sabemos, foi um tremendo sucesso, e Daniel voltou a viver todos os personagens que interpretou, além dos novos Noob Saibot e Smoke, em Mortal Kombat 2. O segundo game, considerado muito melhor do que o primeiro, permitiu a Pesina e todos os outros atores levar movimentos ainda mais reais para a tela. Entretanto, a “história de amor” terminou em 1994, logo após a estreia de MK2.

A demissão de Mortal Kombat e seus outros projetos

Brasil Game Show 2018 - A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

O anúncio que causou a fúria na Midway, e a demissão de Pesina

Tudo isso aconteceu quando Daniel fez propaganda para o game BloodStorm, de outra empresa, chamada Strata. O problema não foi ele fazer o anúncio, e sim aparecer nele vestido de Johnny Cage, o que enfureceu os executivos da Midway. E pior, tal game, era tratado como um “MK Killer”, ou seja, foi desenvolvido com o propósito de tirar o “trono” de Mortal Kombat entre os preferidos dos jogadores. Um concorrente direto.

Mas, uma vez sem Mortal Kombat, Daniel seguiu levando seus conhecimentos aos videogames. Ele e seu irmão Carlos trabalharam no game Tattoo Assassins. Que era outro clone de Mortal Kombat, da Data East. Mas que não passou de um protótipo, nunca chegando aos arcades. Os irmãos Pesina ainda participaram de outro jogo: Thea Realm Fighters, para o Atari Jaguar.

Brasil Game Show 2018 - A história de Daniel Pesina, de Mortal Kombat

Thea Realm Fighters, o “MK Killer” para Jaguar que nunca viu a luz do dia

O game, outro “desafiante” ao trono de MK, contou com outros atores que participaram do jogo da Midway. Ho Sung Pak, o Liu Kang, e Katalin Zamiar, a Kitana, Jade e Mileena, estrelaram o jogo, que nunca foi lançado. Embora o game estivesse pronto, o Jaguar foi um fracasso. E assim, a Atari, acabou encerrando a produção do console. Que ainda teve problemas com jogos semelhantes, como Kasumi Ninja, que vendeu pouco e foi esmagado pelas críticas.

Entretanto, Daniel Pesina é muito mais do que Mortal Kombat. Ele “lutou” como um dos soldados do Destruitor no segundo filme das Tartarugas Ninja, de 1992. Também atuou no filme O Livro das Espadas, em 2003. E, posteriormente, ainda apareceu em um filme chamado Press Start, em 2007. Ele ainda voltaria a participar de um projeto envolvendo Mortal Kombat.

O retorno ao Torneio Mortal

É o filme Mortal Kombat Fates Beginning, de 2015. Foi um curta, de 20 minutos, feito por fãs. E ao contrário do que seria o natural, Pesina não vive Johnny Cage. E sim, Shang Tsung. Dá só uma olhada no curta:

Daniel e os outros atores dos primeiros games de Mortal Kombat deixaram um legado para o mundo dos videogames. Ainda hohe, há busca por movimentos realistas nos games. Assim, Johnny Cage, Scorpion, Sub-Zero e todos os outros deram valiosas contribuições. Gerou uma tonelada de clones, com games que queriam a todo custo, melhorar este conceito. E também, indiretamente, contribuiu — e muito — para games de luta mais realistas, seja usando atores reais, sprites ou modelos 3D.

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O novo lote de ingressos para a Brasil Game Show tem 19% de desconto e segue com a meia entrada para os que doarem 1kg de alimento não-perecível na entrada do evento, além de estudantes, idosos, professores e pessoas com deficiência. Também estão disponíveis com desconto o passaporte, que dá acesso aos quatro dias de evento, e o Fast Pass, que garante entrada com uma hora de antecedência.

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Serviço – BGS 2018

Quando: 10 a 14 de Outubro (1º dia exclusivo para imprensa e negócios)

Onde: Expo Center Norte

Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo – SP

Horário: 13h às 21h

Ingressos  – até 11/9

Individual (meia-entrada) – R$ 89 (ingresso individual para 1 dia de evento aberto para público – 11, 12, 13 ou 14 de outubro)

Individual Fast Pass (meia-entrada) – R$ 178 (ingresso individual para 1 dia de evento aberto para o público – 11, 12, 13 ou 14 de outubro, com entrada 1 hora antes do público geral)

Passaporte (meia-entrada) – R$ 267 (acesso a todos os dias de evento abertos ao público – 11, 12, 13 e 14 de outubro)

Premium – R$ 549 (acesso a todos os dias de evento, incluindo o dia exclusivo para imprensa e business – 10, 11, 12, 13 e 14 de outubro)

Sobre a Brasil Game Show – realizada pela primeira vez em 2009 na capital carioca como Rio Game Show, a BGS está a caminho de sua 11ª edição. Em 2018, a maior feira de games da América Latina será realizada de 10/10 a 14/10, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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