Call of Duty “exclusivo” não é sinal de grande vantagem, diz Xbox
Vamos falar mais uma vez sobre Call of Duty? Sim. Pois enquanto a Microsoft segue na luta para convencer os órgãos reguladores mundo afora de que a compra da Activision é positiva, mais informações surgem a respeito de produtos relacionados, como a tão falada franquia de FPS, que completou 20 anos de vida em 2023.
Desta vez, a Xbox responde à CMA, órgão que regula a concorrência no Reino Unido, que afirma que Call of Duty exclusivo seria uma grande vantagem para o Xbox, fazendo com que muitos jogadores de PlayStation trocassem de console, diminuindo as possibilidades de concorrência. Vale lembrar que a Microsoft já fechou um acordo com a Nintendo para levar games da série para seus consoles nos próximos dez anos.
A resposta veio através de Rima Alaily, vice-presidente do grupo de leis da concorrência da Microsoft, que afirma que a CMA trouxe informações equivocadas e “inflacionadas” sobre potenciais jogadores que trocariam de console por causa deste game. A Microsoft encomendou uma pesquisa para a YouGov em janeiro, onde aponta que apenas 3% de donos de PlayStation mudariam para o Xbox se Call of Duty fosse um jogo exclusivo do sistema da Microsoft.
A CMA, por sua vez, traz dados coletados pela DJS Research, onde aponta que, no mesmo cenário, seriam 15% os dispostos a trocar de console, apontando que isso seria uma fatia considerável. A CMA argumenta que Call of Duty poderia ser exclusivo de Xbox no futuro, prejudicando a concorrência entre os dois sistemas.
Entretanto, Alaily reitera que, além de 3% ser uma fatia muito pequena em um cenário em que o FPS seria exclusivo de Xbox, a Microsoft não vê sentido em tirar a série do PlayStation, conforme foi dito várias vezes por Phil Spencer. O argumento do mandatário de Xbox é a de que as receitas envolvendo a franquia ficariam em risco, caso decidissem remover a franquia do concorrente, e que contam com o lucro das vendas no ecossistema Sony também, em um movimento semelhante ao visto em Minecraft.