CBLoL – Flamengo, Furia e Prodigy saem na frente!
Neste último final de semana tivemos a segunda semana de confrontos do CBLoL. Algumas equipes conseguiram demonstrar um poderio mais forte do que na primeira semana, já outras não parecem ter melhorado muito no meio tempo. É plausível a inconsistência de algumas equipes dada as grandes mudanças que ocorreram nos elencos como comentei anteriormente.
Fique por dentro do que ocorreu em Summoner’s Rift nas últimas rodadas:
Jogos de Sábado
A RDP, logo de início, optou por escolhas confortáveis nas mãos de Nyu (Rumble) e BalKhan (Lee Sin). A prova desse conforto foi vista logo nos primeiros minutos de partida. Porém, para o topo e a selva, a FURIA trouxe escolhas parelhas com Fitz (Renekton) e Sting (Elise). Este foi uma novidade no elenco da Furia para esta semana.
Confesso que eu não esperava um jungler como o Minerva sendo substituído tão cedo no campeonato. Até os casters da transmissão comentaram tal surpresa. Isso porque o caçador já é bastante conhecido há anos no cenário e foi uma das grandes contratações da equipe.
De toda forma, Sting mostrou a que veio. O caçador bateu de frente com Balkhan e apareceu em jogo desde o início da partida. Com o jungler da Redemption não foi diferente, também forçou bastante jogadas, dada a natureza de ambos os campeões escolhidos para eles.
Analisando a partida como um todo, enxergamos um jogo instável, mas, ambas as equipes tiveram os seus momentos de brilhar e de falhar.
A vantagem começou para os lados dos gaúchos, principalmente porque Nyu brilhou com o seu Rumble no top e garantiu dois abates em sequência. Isso permitiu que BalKhan ficasse livre pelo mapa na parte inferior enquanto Sting se preocupava com o seu Topo ficando atrás. Resultado: arauto, primeira torre e dragão para a RDP. Até este momento, a FUR só aceitou os avanços adversários.
Foi aos 12 minutos que, com uma luta pelo dragão no rio inferior, Anyyy (Vladimir) brilhou e trouxe a sua equipe de volta à partida. Desde então, a FUR dominou a RDP em todos os embates que aconteceram. Conseguiram dominar o controle da partida e até então, estavam encaminhados para vencer o jogo.
Aos 37 minutos, a Furia faz uma de suas piores decisões: preferem fazer o Barão ao Dragão Ancião. A RDP faz o dragão e, em uma luta 5×5 no rio, ganha um respiro para tentar virar o jogo novamente para o seu lado. Mas não foi suficiente, após o bônus do dragão acabar para a FUR controlar outra luta e, novamente com as jogadas brilhantes de Anyyy, abater 3 jogadores adversários na rota do meio e se encaminhar para a vitória.
Mesmo com um bom início, a Kabum sabia, desde o draft, que o late game ia ser difícil. As escolhas favoráveis pro começo de partida na rota inferior e no topo, com Senna, Alistar e Renekton nas mãos de DudsTheBoy, Ceos e Parang, respectivamente, foram bem executadas. Isso foi possível graças à presença de Wiz, que veio para esta semana melhor do que conseguiu mostrar nas primeiras rodadas do CBLoL.
O combo de Talyah e Alistar é apavorante de tão funcional. Só com estas jogadas “ensaiadas”, a Kabum conseguiu conquistar muitas vantagens para o seu early game. Mas o jogo começou a desandar para os ninjas por casa da fraqueza da sua rota inferior. Mesmo na vantagem, Duds e Ceos não conseguiram embates favoráveis contra micaO (Aphelios) e RedBert (Leona). Destaque para o suporte Intrépido, que fez grandes jogadas com a sua guerreira Solari.
Aos 9 minutos, a INTZ aposta na pressão de 3 jogadores no topo para emboscar Parang. Enquanto isso, a Kabum utiliza o seu arauto para levar a primeira torre na rota inferior. Os Intrépidos pagaram com sua decisão arriscada.
A partida começou a fluir para os Ninjas, principalmente pela presença de Ceos e Wiz no mapa. Mas, com uma luta pelo dragão, aos 14 minutos de partida, a Kabum entrega toda a sua vantagem adquirida aos seus adversários. Tudo por um mal posicionamento e falta de foco na fight.
A partir disso, os Ninjas perderam todo o rumo e a tomada de decisão que tinham até o momento. Quem começou a dominar o controle de visão e terreno foi a INTZ e não perderam sequer mais uma luta até o fim da partida. Foi questão de tempo para eles abrirem a base da KBM e fechassem o jogo. O Baron, feito aos 25 minutos de partida, foi essencial para que os Intrépidos controlassem as rotas. Com mais uma luta pela alma do dragão, abateram seus adversários e terminaram a partida em pouco menos de 28 minutos.
O que Robo fez na partida com o seu Sett, não está escrito! Logo no draft, enxerguei uma vantagem em 3 lanes para a Vivo Keyd. Eles tinham muito para fazer o jogo rodar nos primeiros minutos, por mais que a paiN tinha vantagem na selva com SeongHwan (Jarvan IV). Mesmo se os Guerreiros não conseguissem um snowball de início, as suas escolhas funcionavam bem para o late game também, mas enfrentariam seus adversários com mais dificuldades.
Nos primeiros minutos de partida, o jogo estava bem frio. Ambos os caçadores tentavam entradas para gank, mas nada deu certo. O 0x0 se manteve até os 11 minutos, quando a paiN força um dive na rota superior e garante 3 abates ao seu placar, sendo dois deles na mãos de brTT (Aphelios) e 1 para tinowns (Lissandra). Fortalecer esses campeões que demoram muito para crescer foi muito positivo para os Tradicionais.
Mas a Vivo Keyd se fortaleceu de outras maneiras, NosFerus (LeBlanc) e Robo (Sett) ficaram escondidos acumulando ouro e se fortalecendo até os momentos que realmente importaram. A luta dos 17 minutos foi excelente para a VK, quando Robo consegue encaixar sua entrada e o resto dos Guerreiros chegam para somar.
Além da boa jogada do Topo da Keyd, teve o atraso de Yang (Renekton) para chegar na fight e isso fez muita diferença. Neste ponto, os Guerreiros garantiram uma boa vantagem que os levou a confiar demais para aos 28 minutos tentar um Baron que deu muito errado e somente NosFerus ficou com o bônus.
O setup de visão da VK para realizar os seus objetivos foi muito fraco durante a partida inteira, mas os seus campeões fortificados e a dessincronia dos Tradicionais foram essenciais para a vitória dos Guerreiros.
O jogo se manteve bastante empatado ao decorrer da partida, mas foi com uma afobação da Pain em tentar levar muita vantagem a partir de uma jogada, que os Guerreiros afugentaram o adversário e avançaram e não pararam até chegar no Nexus e levar um a um dos seus adversários.
Com grandes escolhas para o early game e sabendo que teriam sufoco no late, o FLA opta pelo desafio. A PRG também tinha suas complicações: precisava aguentar a pressão Rubro-Negra.
É incrível como os Urubus conseguem fazer muito com uma simples vantagem. Isso acontece não porque são sortudos ou só são bons mecanicamente. Eles estão sempre pensando à frente e isso faz com que a vantagem sempre esteja a seu favor. Nesta partida notamos novamente a presença extremamente forte de Sett que, desta vez, estava nas mãos de WooFe.
A luta aos 4 minutos de jogo no rio inferior que garantiu dois abates para os Urubus fez toda a diferença na partida. A partir disso, eles dominaram os objetivos e sempre estavam a frente em visão, comparado à seus adversários. A inversão aos 9 minutos para controlar o arauto e a reversão aos 11 minutos para levar a primeira torre e o segundo dragão foram estrategicamente lindas de se ver.
A Prodigy buscou responder e, em alguns momentos, conseguiu suas glórias, mas não foram suficientes, ou melhor, nem chegaram perto disso. A vantagem de ouro só subia à favor dos Rubro-Negros, sem falar no placar, que em determinado momento chegou a ficar 7×1.
O FLA sabia os momentos de avançar e recuar, foram precisos nisso. Foi de forma paciente que dominaram a partida do começo ao fim, para encerrar o jogo em pouco menos de 26 minutos.
Jogos de Domingo
Em um duelo para quem iria sair melhor na tabela depois da segunda semana, os Guerreiros abriram vantagem em pontos. Já no draft, era notável a presença que a Keyd teria no early game e o tanto que eles precisariam acelerar o fim do jogo e não deixar Tay (Kayle) acabar sozinho com a sua chance de vitória.
O controle de visão certeiro e as chamadas de jogo por Grell (Jarvan IV) e seus companheiros ditaram o ritmo nos primeiros minutos. A partir do momento em que eles organizaram o tracking de tal forma que sabiam onde Shini (Skarner) estaria a todo instante, ficou bem simples para eles conquistarem pequenas vantagens. O caçador da INTZ também não foi feliz em seus ganks, e acabou ficando mais atrás ainda de seu adversário de rota.
Aos 18 minutos de partida, a Vivo Keyd já havia pegado 3 dragões, 2 arautos e a primeira torre. Estavam muito à frente de seus adversários. E de uma hora para outra, por falta de sincronia e estratégia, caíram no encanto da INTZ que buscava lutas favoráveis à sua composição. Dentro de 2 minutos, os Guerreiros já haviam perdido toda a vantagem que haviam conquistado.
A partida estava tão bonita até estes 18 minutos, a partir de então, houve chamada de Baron 50-50, pouco setup de visão para objetivos, e muitas lutas desordenadas. Apesar de tudo, quem se saiu melhor neste último ponto foi a Vivo Keyd. Os Intrépidos tiveram uma leitura ruim das lutas e acabaram perdendo por causa do flanco extremamente forte que NosFerus (Ekko) fazia nas team fights.
Aos 25 minutos já era possível notar a força desvantajosa que a INTZ não conseguia lidar contra, já que 5 jogadores perderam uma luta contra 4. E não demorou muito para a Vivo Keyd abusar da sua maior preparação estratégica e vencer a partida a partir de lutas melhor organizadas.
Pain acordou para o campeonato? Ainda é muito complicado de se responder esta pergunta, principalmente porque a partida não foi tão consistente quanto é esperado de um elenco com nomes como os Tradicionais possuem.
Acredito que essa composição montada pela Pain possa lembrar muito do que acontecia há alguns anos atrás, o famoso 3 tanks e 2 carrys. E foi isso que realmente os Tradicionais tentaram trabalhar na partida, fortalecendo brTT (Jhin) e protegendo-o nas lutas para o atirador derreter seus adversários de longe.
Enquanto isso, tinowns (Qiyana) crescia sua força de maneira escondida e aparecia nos flancos para conseguir bons pickoffs e ajudar a sua equipe. Mesmo com esse poder de luta, a Pain demonstrou muitas inconstâncias nas tomadas de decisão e setup de objetivos. Muitas de suas lutas não possuíam objetivos maiores a não ser pelo ouro adquirido nos abates. Por outro lado, a RDP brilhou nesses quesitos, setando muito bem a sua visão e administrando o terreno para lutar quando necessário.
Confesso que, assim como os analistas do CBLoL notaram, notei um Key (Alistar) muito diferente. Assim como SeongHwan (Gragas), o suporte da paiN demonstrou uma agressividade que jamais fora vista antes no campeonato. Isso foi muito positivo, e foi um dos fatores definitivo para a vitória dos Tradicionais.
O momento chave do jogo acredito que foi aos 30 minutos de partida, quando a Shyvana é abatida por tinows e Key na selva e a Pain se encaminha para fazer o Barão. Esse foi um dos momentos mais conturbados da partida, principalmente porque os Tradicionais iniciaram o objetivo cedo demais, e a RDP teve tempo para contestar, mas o fator de decisão, que antes era duvidoso para a Pain, foi aprimorado nesse momento.
BrTT e seus companheiros não queriam fazer um objetivo arriscadamente e compraram a luta com os Redentores. A luta fluiu melhor para o lado rubro-negro e, mesmo após BalKhan (Shyvana) nascendo e vir contestar sem a ajuda de seus companheiros já abatidos, a Pain foi paciente e abateu o caçador adversário para concluir o objetivo.
A partir disso, os Tradicionais dominaram completamente a partida e foi questão de tempo para vencerem a última luta e destruírem o Nexus adversário.
Que partida emocionante! Do início ao fim, notei diversas inconstâncias nas duas equipes mas, também, muitas tomadas de decisões certeiras. Em certos momentos era até questionável se era o mesmo elenco que estava jogando à alguns minutos atrás. Tivemos desde objetivos perdidos por setup horrivelmente realizado, até chamada de Barão no escuro.
No draft, me surpreendi com a escolha de Vladimir nas mãos de Fitz. Isso porque o campeão é considerado uma das maiores armas de Anyyy. O Flamengo optou por absorver pressão na sua conhecida dupla fortíssima da rota inferior, para obter um começo melhor no topo. Essa escolha foi questionável, dado o meta atual e a grande força de seu elenco da parte inferior.
Logo nos primeiros minutos de partida, foi possível notar as tomadas de decisões arriscadas de Minerva (Jarvan IV), como o dragão oceano feito às escuras com o caçador adversário passando ao lado. Essa atitude do caçador da Furia foi cobrada posteriormente, com uma jogada aos 8 minutos, onde Minerva faz arauto sem smite e o FLA rouba o objetivo e sai d luta com 2 abates. Na sequência os Rubro-Negros pegam o dragão infernal e começam a somar vantagem em ouro.
Mas até então, o FLA estava jogando nos erros de seus adversários, e não estava demonstrando tanto o seu poder de iniciação que foi visto em jogos anteriores. E quando a FUR parou de errar, foi quando vimos um Flamengo fraquejado. A vantagem veio ao lado dos Panteras pouco a pouco e Fitz e Anyyy (Lucian) mostraram ao que vieram.
Do mid game ao late game, a FUR demonstrou mais controle e nem parecia mais a equipe que fez tantas jogadas arriscadas no início de jogo. O FLA só conseguiu um respiro em uma luta aos 35 minutos de partida, na rota central, onde Anyyy erra mecanicamente e é abatido. A partir disso o FLA pega o Baron e respira a partida. Mas não foi suficiente.
Desde o draft, já era reconhecida a força de late game que a FUR teria, e o FLA precisaria muito do dano de Absolut (Aphelios) para aguentar esses momentos finais, o que aconteceu, mas não garantiu a vitória. A FUR quase teve sua base toda destruída quando perderam, mas em um momento de contra-ataque, conseguiram se defender, abater 3 jogadores e avançar à base adversária, vencendo a partida.
Será esse o CBLoL mais disputado de todos os tempos? Essa partida foi surpreendente. Isso porque vimos uma Prodigy que vinha forte de vitórias anteriores e, uma Kabum fragilizada que não havia demonstrado jogo ainda. A surpresa se deu conta pela disputa entre as equipes, que foi demonstrada a partir da paciência e resiliência de ambas.
Apesar de disputada, houve muitos erros tanto para a PRG, quanto para a KBM. O controle de mapa para realizar objetivos que os Prodígios demonstraram em outras partidas apareceu poucas vezes nesta. A Kabum conseguiu abusar de erros adversários para criar jogadas.
Definitivamente, por mais que a PRG não mostrou nível elevado de gameplay, eles ainda continuaram agressivos e criando oportunidades. Foi dessa forma que adquiriram tanta vantagem de início. Mas foi com erros do próprio elenco, que toda essa vantagem se esvaiu em minutos mais tarde.
Os Ninjas conseguiram abusar dos erros de foco nas lutas dos adversários e equilibrar a partida. A partir disto, ambas as equipes faziam trocas equivalentes e nenhuma arriscada demais. Isso permaneceu até os os 28 minutos de partida, quando uma team fight é estourada para disputa do dragão do oceano e a PRG pega mais abates e o objetivo.
A partir deste momento eles vão ao Baron e iniciam sem controle de visão, a Kabum contesta mas sem sucesso. Depois de todas essas jogadas, a vantagem que a PRG conseguiu adquirir foi suficiente para eles dominarem o resto da partida.
Com o segundo Barão, desta vez bem controlado, eles possuíam o suficiente para acabar com o jogo sem precisar arriscar muito, mas aos 37 minutos, já dentro da base adversária, eles forçam uma luta e para a alegria dos torcedores dos Prodígios, a Kabum não consegue responder e caem um a um perante o domínio adversário.
Semana que vem tem mais
O CBLoL volta no próximo sábado (08/02) às 13h. Confira quais são os próximos jogos:
Dia 1 – Sábado (08/02)
13h – INTZ x Prodigy Esports
14h – Flamengo eSports x Redemption Porto Alegre
15h – KABUM E-SPORTS x paiN Gaming
16h – Vivo Keyd x Furia Uppercut Esports
Dia 2 – Domingo (09/02)
13h – KABUM E-SPORTS x Flamengo eSports
14h – Furia Uppercut Esports x INTZ
15h – paiN Gaming x Prodigy Esports
16h – Redemption Porto Alegre x Vivo Keyd