CBLoL – paiN surpreende e volta a vencer no Domingo!
Esta semana temos muito o que conversar. Depois de muitos jogos ruins, KaBuM e paiN decidem dar as caras e brilhar em SR. A Prodigy, por outro lado, demonstrou muitas fraquezas no Domingo, mas fez um jogo controlado contra a INTZ no dia anterior. Os Panteras se mantém estáveis na tabela e a Vivo Keyd, apesar de conquistar suas vitórias, ainda não me convenceu.
Fique por dentro do que ocorreu em Summoner’s Rift nas últimas rodadas:
Jogos de Sábado
Fico na dúvida se o desempenho da Prodigy nesta partida serviu para demonstrar mais a montanha-russa de performance que a equipe passa, ou mostra que eles conseguiram se encontrar melhor e corrigiram seus erros da semana passada. De toda forma, conseguiram um grande domínio contra a fraquejada INTZ. Vamos aos detalhes.
O draft da PRG foi, no mínimo, curioso. A escolha de Lee Sin para Yampi parecia não ser a das melhores, mas a execução do caçador em Summoner’s Rift foi excepcional. A INTZ veio com uma composição que precisava de um tempo para crescer em força, mas as peças eram boas para lutar em grupo.
Durante o early game, foi notável o xadrez que as duas equipes jogavam. Mas se pararmos para analisar bem, era a Prodigy tomando ações e a INTZ respondendo rapidamente e de forma inteligente. O problema, desde o início, era que os Prodígios saiam com muita mais vantagem nessas trocas de objetivos, e isso se tornou uma bola de neve. Somente nas rotações, até os 20 minutos, a PRG já havia conquistado 2 dragões, 6 abates e 4 torres (vantagem total, aproximadamente, de 4 mil em ouro), enquanto a INTZ somente tinha abatido 1 jogador, derrubado 2 torres e conquistado 1 dragão.
Além das rotações e o setup de visão, a INTZ ficou atrás em posicionamento. RedBert (Rakan) e Tay (Ornn) morreram diversas vezes por causa de seu posicionamento e beneficiaram seus adversários com vantagem numérica nas lutas.
Aos 24 minutos de jogo, a PRG conseguiu destruir o primeiro inibidor, e controlando muito bem a vantagem do snowball, aos 28 já tinham aberto toda a base dos seus adversários. Não tendo muito com o que se defender, e com uma performance abaixo do normal, a INTZ perdeu mais um ponto no campeonato e os Prodígios mostraram novamente a sua força.
Ambas as equipes tiveram seus momentos de vitória e fracasso nesta partida. O jogo começou bem para a RDP, principalmente pela força que possuíam em suas rotas e também na sinergia dos seus campeões escolhidos. O Flamengo não ficou atrás nas escolhas: optou por picks mais seguros para lutar e controlar o mapa com um poderoso poder de pickoff.
O domínio que Absolut (Xayah) e Luci (Thresh) conseguem na rota inferior é sempre surpreendente. Já não é a primeira vez que eles enfrentam campeões que, teoricamente, seriam mais fortes que os seus no early game, e conseguem novamente a dominância na rota. Logo nos primeiros minutos, Ranger (Elise) emplaca o First Blood com uma boa rotação no topo e, com a primeira grande luta na selva a partir de um invade de BalKhan (Gragas), a vantagem começa a ir para o lado dos Urubus. Porém, com pequenos erros de posicionamento e rotação destes, a RDP começa a brilhar e sai na frente com abates e objetivos pontuais.
O combo em lutas da sinergia dos campeões dos Redentores foi visto nas primeiras team fights 5×5 e a sua força foi demonstrada. Por muito tempo de jogo, o FLA não conseguiu responder e a RDP dominou a partida com estas lutas.
A Redemption não conseguiu ser constante na partida e, com algumas falhas de resets e posicionamento nas lutas, os Rubro-Negros conseguiram se reerguer e recuperarem seu domínio. Um exemplo claro desses erros da RDP está nos 22 minutos de partida, onde o FLA consegue abusar do mal posicionamento dos seus adversários e avançam em vantagem numérica para a torre e então abrir terreno a partir da rota do meio, sem contestação. Pouco depois desta vantagem adquirida, aos 25 minutos, eles vencem uma luta por vantagem em tempos de recarga e posicionamento. Esta serviu para garantir o Barão e isso foi suficiente para eles avançarem na base da RDP e vencerem a partida em menos de 30 minutos.
De um lado, havia uma equipe que vinha de muita especulação, mas ainda não havia conquistado vitória alguma, a Kabum. Do outro, uma equipe que, pelas estatísticas, parecia estar “ok” no campeonato, mas na prática não estava nada bem, a paiN. Para esta partida, muito era esperado de ambos os lados. Durante as suas performances, eu me surpreendi positivamente com a boa tomada de decisão dos Ninjas e fiquei frustrado junto às tentativas falhas dos Tradicionais.
A primeira falha. A escolha de Soraka para Yang foi um dos maiores erros nesta partida, e esta nem havia começado ainda. A Kabum foi inteligente em aproveitar do erro de draft para ficar à vontade com a escolha do pick de Parang (Jayce). O snowball que o Topo Ninja conseguiu foi muito positivo para eles, e a vantagem só aumentou quando DudsTheBoy (Varus) e Ceos (Braum) conseguiram dominar brTT (Aphelios) e Key (Nautilus) na rota inferior.
A segunda falha. Pra que forçar a iniciação do dragão (montanha) aos 16 minutos sem pressão de mapa alguma? Essa foi a decisão da paiN. E foram terrivelmente cobrados com a contestação da Kabum. Esta conseguiu roubar o dragão, venceu a luta e subiu sua vantagem de ouro para 6 mil.
A partir disso, o snowball deixou de ser exclusivo à Parang e contagiou seus companheiros. A KBM não foi a mais ativa das equipes, mas respondeu muito bem às jogadas da paiN e soube aproveitar suas forças no early game para abrir muita vantagem desde então.
A última falha. Aos 23 minutos, os Tradicionais tentaram dar um pickoff em Duds, aproveitando-se da volta à base dos outros Ninjas, mas a Kabum contra-atacou rapidamente e virou muito dano, vencendo a breve luta. A partir disto eles rotacionam para o Barão e então à base adversária, destruindo tudo e todos que eram postos à sua frente.
O que aconteceu nesta partida? As duas equipes, assim como as do jogo anterior, não demonstraram grandes performances no CBLoL até o momento. Analisando cada uma separadamente, eu diria que a Keyd vinha mais forte para esse confronto, dado os seus históricos.
O draft foi bem atípico. Isto porque a Vivo Keyd optou por grande força no early game, e a Furia foi pelo oposto. Geralmente as equipes preferem preparar uma composição que mescla picos de poder no começo e fim de jogo. Não é como se a VK ou a FUR não tivessem força em outros momentos, mas analisando os seus campeões, era bem distinguível a força em cada etapa.
A partida fluiu como foi ditada no draft. Os Guerreiros conseguiram rodar o jogo muito bem pelo início, adquirindo vantagem e controlando o mapa com visão e rotações. Aos 26 minutos de jogo, o domínio ainda era presente e, com a conquista do Barão, eu já enxergava o fim do jogo como algo próximo. Um minuto mais tarde da conquista do grande objetivo, a Keyd fez o seu maior erro da partida, o elenco não soube lidar com tamanha vantagem e jogou ela fora com a má administração dos seus recursos e da estratégia para fechar a partida. Aos 27 minutos a Furia forçou uma luta e leva muito além desta batalha vencida, um dragão da montanha.
O momento do pico de poder dos Panteras estava chegando e este era o momento em que a VK não podia ter errado, era só controlar o mapa para finalizar a partida o mais cedo possível. Aos 31 minutos, outra luta melhor para a Furia, e a vantagem que os Guerreiros conquistaram com tanto suor, ia diminuindo cada vez mais.
Aos 33 minutos, ocorreu o momento chave para a vitória da VK. Eles conseguiram uma vantagem de visão e iniciação em Alternative (Aphelios) e Anyyy (Vladimir) no rio, conseguindo os abates, e em seguida correram para finalizar a partida se aproveitando do tempo de ausência de seus adversários. Foi uma partida cheia de inconstâncias.
Jogos de Domingo
A pergunta que me passava na cabeça antes de a partida ser iniciada era: será que vamos ver um atropelo ou uma redenção? Isso porque o embate era entre o topo da tabela e a lanterna. Na partida, vimos algo atípico. Não aconteceu nenhum dos dois casos comentados inicialmente. A Kabum mostrou força, mas não conseguiu lidar totalmente com o controle de jogo dos Urubus.
O Flamengo fez um jogo perfeito até os 36 minutos, não atropelou mas controlou bem. Com as rotações de Ranger (Sejuani) pelo mapa desde o começo, foi possível dar vantagem cedo à WooFe (Renekton) e abrir muito espaço para Absolut (Varus) se fortalecer. Os Urubus foram extremamente pacientes para realizar as jogadas e só perderam o segundo dragão (oceano) para a Kabum por uma questão de reset.
Aos 30 minutos, o FLA conseguiu tudo o que queria, uma luta com 4 abates ao seu favor, a alma do dragão das nuvens nas suas mãos, e ainda o bônus do Barão. Com isso, eles conseguiram abrir a base dos Ninjas levando o inibidor do topo. Mas isso não foi suficiente para finalizar a partida.
Quando eu já tinha visto todo o controle que os Rubro-Negros colocaram na partida, não acreditei quando presenciei a iniciação de luta da Kabum, aos 36 minutos, conseguindo eliminar peças chaves do FLA para então pegar o segundo bônus de Barão da partida.
A vitória controlada do FLA começou a não parecer mais tão certa. Mas os Urubus não se desesperaram e, aos 39 minutos, eles lutaram de maneira muito sincronizada no rio e, sabendo que os Ninjas não estavam preparados para lidar com o avanço, venceram a luta e finalizaram a partida em seguida.
Que virada! INTZ e Furia estão para deixar seus torcedores malucos, principalmente quando falamos de Intrépidos. A equipe já não vem performando bem e não é de hoje. Com mais uma derrota na tabela, o rebaixamento do CBLoL é algo que pode vir a se temer, mesmo faltando muitas rodadas para o fim deste. Analisando a partida individualmente, foi possível ver uma INTZ tentando mais iniciações e colhendo frutos de suas chamadas, mesmo não adquirindo a vitória.
Os Intrépidos vieram com escolhas favoráveis ao seu early game e realmente rodaram o mapa abusando desta vantagem inicial. Talvez poderiam ter feito mais com a força inicial, mas acabaram caindo no late game dos Panteras.
A INTZ insistiu em mudanças no elenco, mas não enxerguei vantagem em trazer Tianci (Renekton) no lugar de Tay, embora o Topo titular não tenha feito uma boa partida no dia anterior. O reserva não conseguiu performar bem e só serviu para absorver pressão e trabalhar nas rotas laterais, não auxiliando tanto a sua equipe em lutas. A força dos Intrépidos estava nos pickoffs e foi desta forma que conseguiram a maior parte de suas vantagens. Damage (Bardo) era quem, na maioria das vezes, “pagava o pato” nesses abates isolados.
Quando o elenco da Furia entendeu como a INTZ estava jogando, eles conseguiram, estrategicamente, lidar com os adversários e, aos 31 minutos de jogo, com uma iniciação dos Intrépidos, os Panteras se defendem e resetam a luta de maneira brilhante, abatendo 3 jogadores adversários e levando o Barão Nashor em seguida.
Com a inversão de papéis, foi a vez da Furia dominar o jogo, empurrando a INTZ contra a sua base. Na pressão da rota inferior, eles conseguiram um pickoff em Lee Sin e Renekton aos 34 minutos, sendo o suficiente para avançar e puxar as próximas brigas em vantagem numérica e fazer com que a INTZ não tivesse tempo de reagir. Finalizaram o jogo o mais rápido possível e levaram a primeira vitória do final de semana.
Que domínio inesperado! Depois de tanta inconsistência, a paiN trouxe muito controle de jogo e, de maneira surpreendente, teve uma sincronia jamais antes vista. Por outro lado, a Prodigy pareceu não estar no seu melhor desempenho e sofreu com mais uma derrota no campeonato.
Os Tradicionais vieram com grandes forças nas rotas. Aquele que mais sofreria no early game era tinowns (Le Blanc), dado o poder das chamas do Rumble de Aloned nesse começo. A partida iniciou quente na rota inferior nos primeiros minutos: aos 5 minutos, SeongHwan (Lee Sin) apareceu para auxiliar brTT (Ezreal) e Key (Alistar) e pegou o first blood, mas morreu na sequência para Yampi (Jarvan IV). Aproveitando da volta à base adversária, a PRG garantiu o primeiro dragão (oceano) à seu favor.
Na sequência, o elenco da paiN coordenou-se de tal forma que brTT passou a maior parte do tempo sozinho acumulando força individual. O campeão escolhido para o atirador dos Tradicionais é conhecido por sua força mid game e sua facilidade de escapar de avanços adversários. Com isso, brTT conseguiu ficar bem forte e nas lutas brilhou com o seu poke.
A paiN não contou somente com os seus acertos estratégicos, eles se aproveitaram muito dos erros adversários. De maneira sincronizada, os Tradicionais abusaram do seu poder de iniciação nas lutas e do poke no kite back para ganhar muitas das team fights, garantindo objetivos na sequência. Isso pôde ser visto aos 29 minutos, onde fNb (Vladimir) toma um pickoff de tinowns e a paiN força uma luta instantaneamente em vantagem numérica no rio com a entrada de Yang (Ornn) e abate 3 jogadores no total para garantir a alma do dragão da montanha e o bônus de Barão em seguida.
A partir de tanta vantagem, eles controlaram a rotas para destruir aos poucos as estruturas defensivas da Prodigy. Com o poke de brTT, o flanco de tinowns e as iniciações de Yang, eles pressionaram e acabaram com qualquer chance dos Prodígios virarem a partida.
A RDP veio ao estúdio neste Domingo para olhar seus adversários jogarem e não tomar ação? Na verdade, o que aconteceu foi que os Guerreiros não abriram espaço para os Redentores responder, foi um atropelo!
Se tem alguém que merece o seu devido destaque nesta partida, este alguém é o Robo (Renekton). O Topo da Vivo Keyd brilhou e criou um snowball amedrontador em cima de Nyu (Vladimir) durante o desenrolar do jogo. A Redemption teve que lidar com a ameaça na rota superior e as jogadas que os Guerreiros faziam do outro lado do mapa.
Por mais que o first blood tenha ido parar nas mãos de Nyu aos 6 minutos de partida, a Keyd respondeu pegando o primeiro dragão (nuvem). Quando BalKhan (Gragas) e Krastyel (Lucian) avançaram no rio superior para abusar da pressão no meio e coletar vantagem, os Guerreiros fizeram um cerco, abateram BalKhan e fizeram o arauto. Todas as respostas da Vivo Keyd foram rápidas e certeiras, assim como as iniciativas.
Quando Robo começou o seu efeito bola de neve na rota, ficou ainda mais fácil para a Keyd trabalhar o mapa. Os Redentores sofreram com as suas falhas execuções de iniciação e, na maioria das vezes gastavam muito para tentar uma eliminação (que raramente acontecia) e eram cobrados pela Vivo Keyd com algum objetivo no mapa.
Mesmo com tanta vantagem, foi notável a emoção do elenco novato no CBLoL que às vezes se transformava tomava decisões incertas e tinha que lidar com as frustrações. Mesmo assim, a RDP não conseguiu combater a pressão adversária. Aos 31 minutos, os Guerreiros armaram um pickoff em Nyu e isso foi suficiente para avançarem e finalizar a partida de uma vez.
A amarga lanterna
O CBLoL voltaria no próximo Sábado (15/02) às 13h. Mas as partidas foram adiadas, assim como o Circuitão, devido às fortes chuvas que ocorreram em São Paulo, e atingiram de maneira direta a região que se localiza os estúdios da Riot.
Em comunicado, a Riot explica que o local foi afetado, com danos a equipamentos e na infraestrutura. A equipe responsável segue trabalhando para trocar equipamentos e reconstruir cenários, com a previsão do retorno das partidas no dia 29 de fevereiro.
Assim, a 7ª e 8ª rodadas do CBLoL, e a 5ª e 6ª rodadas do Circuitão, serão adiadas. A grade de programação voltará ao normal no dia 2 de março.
As partidas da próxima rodada, serão as seguintes:
Dia 1
13h – paiN Gaming x Furia Uppercut Esports
14h – Vivo Keyd x KABUM E-SPORTS
15h – Flamengo eSports x INTZ
16h – Prodigy Esports x Redemption Porto Alegre
Dia 2
13h – Flamengo eSports x paiN Gaming
14h – Redemption Porto Alegre x INTZ
15h – Vivo Keyd x Prodigy Esports
16h – KABUM E-SPORTS x Furia Uppercut Esports