CBLoL – Sai zica! RDP joga bem e põe fim à sua sequência de derrotas.
Ascendida do Circuito Desafiante e com grande crescimento no CBLoL, a Vivo Keyd conquistou o topo da tabela com muito suor, deixando os Rubro-Negros comendo poeira. Já na parte de baixo da tabela, INTZ e RDP conseguiram estancar a sangria e garantiram suas vitórias.
Fique por dentro do que ocorreu em Summoner’s Rift nas últimas rodadas:
Jogos de Sábado
Que domínio Ninja! Para uma equipe que não veio tão bem nas primeiras rodadas do campeonato, a KaBuM vem mostrando um desempenho cada vez melhor nas últimas partidas. Por mais que o nível ainda esteja baixo, e brigando de frente com uma fraquíssima RDP, o jogo foi bem clean por parte da equipe.
Logo no draft, a KBM trouxe surpresas. Hecarim nas mãos de Parang foi algo que Kake (Coach dos Ninjas) comentou: o pick está aparecendo em outras regiões como uma boa resposta à escolha de Sett e eles estavam confortáveis em deixar o campeão nas mãos do seu Topo.
Perto dos 4 minutos o jogo já começou a esquentar. Wiz (Olaf) procurou criar bastante pela toplane, e BalKhan (Elise) respondeu do outro lado do mapa. No começo, quem saiu melhor no avanço foram os Redentores, cujos conseguiram o First Blood em Disave (Ezreal). Mas logo na sequência, com o segundo gank do caçador da KBM no topo, Parang pegou seu primeiro abate e mal sabia ele que aquele seria o primeiro de muitos.
A prioridade da KBM foi fortalecer o seu lado já fortificado: o topo. A RDP talvez não tenha escolhido muito bem como responder a isso, e preferiu combater a KBM frente a frente ao invés de apostar na rota inferior, onde tinham mais poderio no early game. Essa escolha foi cobrada pelos Ninjas que, a partir do snowball que deram a Parang, dominaram o jogo do início ao fim.
A RDP não conseguiu responder em momento algum desde os 4 minutos de jogo. A KaBuM foi proativa e deu ritmo ao jogo. O efeito bola de neve no topo foi essencial para a vitória. Brilharam na execução e garantiram a sua primeira vitória da rodada.
Aquele clássico que dá gosto de assistir. Esta partida que terminou em vitória para os Tradicionais não foi totalmente unilateral, embora eles conseguiram um domínio muito bom a partir do mid game e souberam trabalhar a sua grande vantagem para fechar o jogo de maneira redondinha.
Esse começo foi difícil para a paiN. SeongHwan (Elise) e sua equipe tinham boas intenções ao tentar trackear Shini (Olaf) e abrir vantagem nas rotações, mas nem tudo saiu como esperado e o caçador Intrépido conseguiu ficar forte da sua maneira. Além disso, o jungler da paiN não foi efetivo em abusar do forte early game da sua campeã e isso custou muito para os Tradicionais no começo do jogo. A INTZ conseguiu pressão na rota inferior, pegou os três primeiros dragões e o primeiro arauto, além de eliminações certeiras que abriram uma leve vantagem de ouro já nos 15 minutos de partida.
O momento chave para a virada da paiN foi na luta aos 19 minutos, onde, com um erro grave de chase por parte dos Intrépidos, eles tentaram forçar uma luta e saíram perdendo muitos jogadores. O domínio de mapa caiu por terra. O placar virou em 5×3 para os Tradicionais e eles abriram uma vantagem de 3 mil de ouro à frente de seus adversários.
A partir de então, a paiN tomou controle de todo o ritmo de jogo. Yang (Sett) com certeza foi o destaque dessa partida. Além de criar uma boa pressão na rota lateral com seu splitpush, o Topo foi fundamental para as boas lutas 5×5. O flanco que Yang fazia no mapa para chegar atrás de seus adversários era sempre algo que a INTZ tinha que se preocupar. Diversas lutas foram melhores aos Tradicionais por causa do melhor posicionamento individual de seu elenco.
O primeiro Barão da PNG, aos 30 minutos, foi importante para abrir maior vantagem no domínio de mapa e fazer os Intrépidos recuarem em sua base. Já o segundo bônus, foi para fechar a partida.
Aos 37 minutos, a INTZ tinha o inibidor do meio e da rota inferior destruídos e não tinham muita opção de resposta à rotação da PNG ao Barão. Os Tradicionais conquistaram o Barão, iniciaram uma luta na selva dos Intrépidos com o excelente flanco de Yang e a ausência de Tay (Vladimir) na batalha só auxliou a paiN a vencer a luta e finalizar a partida.
Kalec (Coach da PRG) disse: não joguem nas sidelanes, eles tem LeBlanc, Taliyah e TK. Acho que o elenco dos Prodígios não assimilou muito essa dica, pois os Panteras usaram e abusaram tranquilamente dessa força nas rotas laterais e do seu poder de pickoff com esses picks.
O ritmo de jogo já fluiu a favor da FUR desde o primeiro minuto, onde o placar somou 1 a seu favor com o First Blood de Damage (Tahm Kench) em Wos (Nautilus). Para esta partida, a Furia trouxe uma estratégia na rota inferior que já apareceu no Circuito Desafiante. A estratégia envolve fortalecer a Senna priorizando o farm e itens mais ofensivos de início nas mãos do Suporte.
Os Panteras foram muito certeiros em executar sua composição e a PRG dançou como seus adversários queriam. Notei um pouco de assincronia e desespero por parte dos Prodígios em tentar jogadas muito mal planejadas e, dessa forma, a PRG foi eficiente em aproveitar os erros de posicionamento dos adversários para aplicar seus pickoffs e abrir vantagem de controle de mapa.
Com a alma do dragão infernal conquistada aos 25 minutos, o elenco da Furia nem precisou do bônus de Barão para pressionar os Prodígios em sua base e destruir as estruturas defensivas e abater seus adversários um a um para sair com a sua vitória.
Klaus, o salvador da pátria! Em uma crescente sensacional, a Vivo Keyd enfrentou o líder e usurpou o trono do Flamengo. Essa partida foi cheia de surpresas, do começo ao fim. Os Guerreiros abriram vantagem nos erros dos seus adversários mas, em certo ponto, foram impacientes. O Flamengo quase cobrou o jogo com isso.
Os Urubus apostaram em uma composição de splitpush com 3 carrys, e a Keyd preferiu escolher picks para lutas rápidas e para punir erros de posicionamento com pickoffs.
No early game quem rodou o jogo foi Grell (Pant). O caçador Rubro-Negro não soube aproveitar as vantagens do seu Meio e de seus companheiros da rota inferior para criar vantagem no lado de baixo do mapa. Grell não perdoou tal falta de proatividade e tentou cobrar por isso.
As tentativas de dive em Goku (Lucian) não deram certo. O FLA conseguiu o First Brick no topo mas, quem estava no bot crescendo sozinho às escondidas era Klaus (Aphelios). O jogo teve muitas trocas curtas até os 17 minutos, onde as equipes finalmente brigaram 5×5 pelo arauto. A luta ficou melhor para a VK e foi a partir de então que eles começaram a abrir uma maior vantagem em ouro.
Aos 28, surgiu mais um momento de glória aos Guerreiros. Com mais uma luta boa, eles conseguiram mais eliminações certeiras e pegaram o bônus do Barão Nashor. O momento não durou por muito tempo. Mesmo com atuações duvidosas, o elenco do Flamengo, aos 32 minutos, conseguiu uma boa entrada para contestar o dragão infernal que a VK estava fazendo e venceram a sua primeira batalha. Na sequência, só deu FLA.
Quando o próximo Nashor nasceu, os Urubus conseguiram outra boa batalha e fizeram o objetivo. A Keyd, diante de uma possível virada dos Rubro-Negros, precisou se reorganizar e apostar em seus pontos fortes.
Com jogadas brilhantes de Klaus (Aphelios), excelentes flancos de NOsFerus (LeBlanc) e iniciações certeiras de Robo (Poppy), os Guerreiros conseguiram encontrar o seu momento e venceram o líder.
Jogos de Domingo
Pra quê embolar mais ainda a parte inferior da tabela do campeonato?! Com a entrada de Hauz, confesso que empolguei um pouco para o lado dos Intrépidos nesta partida. Isto porque eu já vi esse garoto jogar no Circuito Desafiante no split passado e, posso confessar, o moleque é bom! Infelizmente, logo que voltou ao seu time de origem, após ser emprestado à PRG, o jogador sofreu uma lesão e não pode jogar durante todo esse período. Vamos aos detalhes da partida.
A estratégia do draft da KBM era muito interessante, só faltou execução. Nisto os Intrépidos foram muito superiores, mesmo com uma composição inferior, ao meu ver. A escolha de Vayne para Parang foi muito efetiva na rota, mas os Ninjas não abusaram disso. Wiz (Olaf), além de não auxiliar o seu Topo, não deu ritmo à nenhuma outra parte do mapa, foram muitas tentativas falhas. Com Shini (Gragas), o oposto ocorreu. O caçador da INTZ respondeu muito aos erros de seu adversário de rota e conseguiu efetividade em suas jogadas, principalmente pela vantagem inicial que os Intrépidos conseguiram no meio e na rota inferior.
Mesmo sedendo algumas vantagens no mid game, os Intrépidos mantiveram uma constância de vantagem em pouco mais de 2 mil de ouro à frente de seus adversários.
Aos 23 minutos, ocorreu a luta que pode ser destacada como o começo do fim para a esperança de vitória da KaBuM. A INTZ ganhou muito mais do que dois abates nesta luta. Eles conseguiram o Barão Nashor na sequência e dispararam na vantagem em ouro, quadruplicando o seu valor.
Com tanto poder em mãos, a INTZ tinha duas opções: encontrar o momento certo para acabar com o jogo de uma vez ou ir pressionando a KBM aos poucos em sua base e destruir as estruturas defensivas pouco a pouco. Eles optaram pelo seguro e procuraram levar o jogo no macro gaming. Mas Hauz (Tristana) queria abusar de seu poderio e, aos 30 minutos, tentou um pickoff em Tutsz (Orianna) na rota do meio, mas o midlaner adversário escapou. O Meio da ITZ não recuou e tentou causar dano no caçador adversário, quase eliminando-o também. Aproveitando da situação que Hauz causou, seus companheiros avançaram junto e realizaram o push final para acabar com a partida.
Final de semana desastroso para os Rubro-Negros. E que baile que os Prodígios conseguiram fazer ein! Logo no draft, era explícito a oposição entre as composições. A PRG tinha uma árdua missão de aproveitar ao máximo o early game e o Flamengo precisava segurar a partida ao máximo pois o tempo estava a seu favor.
A PRG conseguiu se redimir do dia anterior. A proatividade que não conseguiram na partida passada foi compensada nesta. Mas nem tudo são flores. Logo nos primeiros minutos, WooFe conseguiu o First Blood no topo com o auxílio de Ranger (Olaf) e o Flamengo saiu a frente na pressão de rotas
O momento que deu o pontapé inicial para a escalada da PRG foi a luta no rio da parte de cima do mapa, aos 8 minutos de jogo. Com um belo combo com da Ultimate de Aloned (Qiyana) stunando 4 jogadores e seus companheiros chegando na sequência para causar todo o dano, a PRG conseguiu o arauto e logo pegou o First Brick para abrir uma vantagem em ouro.
O elenco do FLA foi paciente pois sabia que não podiam lutar e precisavam esperar o seu momento de força. Com isso, perderam diversos dragões e torres. Eles tentaram cobrar com pickoffs, principalmente em Aloned, mas essas jogadas não foram tão recompensadoras.
Desde os 8, o FLA não conseguiu vencer mais nenhuma luta. O elenco da PRG veio inspirado para esta partida e soube executar muito bem a sua composição. Com a vantagem de visão e controle do terreno, Aloned brilhou em todas as lutas flanqueando e pegando abates em erros de posicionamento dos Rubro-Negros.
Os Urubus não foram totalmente apáticos como no dia anterior, mas não conseguiram segurar a velocidade de opressão dos seus adversários e caíram pouco a pouco.
Com essa partida, a Vivo Keyd emplacou 8 vitórias consecutivas e assume de vez a liderança do CBLoL. Grande trabalho da equipe que ascendeu do Circuito Desafiante em conquistar isso já na quinta semana do campeonato.
O early era pra dar paiN, mas quem disse que Grell (Karthus) iria deixar. O caçador da Keyd foi incrível nessa partida e, mesmo com um campeão que possui muitas fraquezas no começo, o Guerreiro abusou do seu conhecimento da selva e do auxílio de seus companheiros para ser a engrenagem de sua equipe. SeongHwan (Sejuani) teve suas aparições, mas Grell foi quem atraiu os holofotes.
A criação do snowball no Robo (Pantheon) não era algo que eu esperava. Eu imaginava que o caçador da VK fosse apostar no meio, já que a Zoe é um alvo fácil de gankar e o Ekko de NOsFerus poderia causar muito dano rapidamente. O jungler optou pelo topo e isso fez muita diferença ao decorrer da partida.
As brigas pelos objetivos iniciais foram melhor para a paiN. Isto devido à força natural que seus campeões possuíam nesse momento e também à escolha da Vivo Keyd em deixar Klaus (Varus) sozinho se fortalecendo em outra região do mapa. Não é a primeira vez que a equipe realiza essa estratégia e não é a primeira vez que isso dá muito certo no final.
O 1-3-1 da Keyd já era algo esperado no jogo. Após ouvir Turtle (Coach da VK) falando para apostar nas lutas, até os comentaristas da transmissão estranharam esse direcionamento, devido à força de rotas laterais que a composição dos Guerreiros teriam. De qualquer forma, o que era previsto aconteceu, mas o que não era esperado, era uma paiN tão fragilizada não conseguindo lidar com essa estratégia tão banal. Acredito que os problemas de comunicação in-game começaram a atrapalhar novamente e, realmente, é preciso boa comunicação para responder decentemente à esse avanço de rotas laterais pelos adversários.
A Vivo Keyd conseguiu excelentes lutas e abriu muito da base dos Tradicionais com a força de NOsFerus e Robo. Após levarem os inibidores da rota do meio e da inferior aos 27 minutos, não demorou muito para eles avançarem com o push final e forçarem uma última luta na base da paiN para vencer a partida.
RDP fez uma bela partida na busca de sua redenção no campeonato. A escolha da FUR de retirar Alternative e colocar Stepz foi um tanto quanto estranha e, ao meu ver, não tinha motivos para tal substituição ser benéfica aos Panteras. O elenco da Redemption fez uma boa atuação na partida e mostram forças que haviam perdido ao longo das últimas semanas.
Enquanto a Furia apostou na dupla da rota inferior Senna + Tahm Kench nas mãos de Stepz e Damage para rodar a estratégia de acelerar o crescimento da atiradora, os Redentores optaram por escolhas bem chatas de se lidar, isto em vista o poke de Patrick (Ezreal), BocaJR (Karma) e Krastyel (Syndra) e as entradas fortes de Glowcore (Renekton) e Sephis (Sejuani).
A força early game da composição do time de Porto Alegre foi bem aproveitada. Eles conseguiram garantir o primeiro dragão de fogo no reset de seus adversários e pegaram, na sequência, o arauto, utilizando a inversão de rotas para setup do objetivo. Aos 12, abateram outro dragão e, com o arauto solto na rota inferior, abusaram da pressão na rota inferior e destruíram a primeira torre, garantindo muita vantagem de ouro à frente de seus adversários.
A maior parte das lutas que ocorreram na partida foram por iniciação de Tyrin (Gnar) e Minerva (Trundle), mas a RDP soube lidar com essas entradas de maneira muito paciente e encontrou boas reentradas para vencer as batalhas.
Conquistando muitos objetivos e sempre saindo à frente no fim de suas lutas, a RDP soube dar ritmo à partida, sempre antenada em qual seria o próximo passo para chegar à vitória. Esta partida me lembrou muito a equipe sulista que começou o campeonato, mas de uma maneira diferente. Os Redentores tiveram completo controle da partida e estavam mais pacientes para encerrar o jogo sem abrir espaço para seus adversários.
De olho nas próximas rodadas
O CBLoL volta neste sábado (14/03) às 13h. Confira quais são os próximos jogos:
Dia 1 – Sábado (14/03)
13h – INTZ x Vivo Keyd
14h – Flamengo eSports x Furia Uppercut Esports
15h – KABUM E-SPORTS x Prodigy Esports
16h – Redemption Porto Alegre x paiN Gaming
Dia 2 – Domingo (15/03)
13h – Furia Uppercut Esports x Vivo Keyd
14h – paiN Gaming x KABUM E-SPORTS
15h – Redemption Porto Alegre x Flamengo eSports
16h – Prodigy Esports x INTZ