CCXP 2019 – Just Dance completa 10 anos, e a Ubisoft conversou conosco sobre a história da sua franquia de dança
Just Dance chegou aos seus dez anos. O game, que foi lançado para Wii em 2009, e trouxe uma maneira diferente de se curtir música. Assim como, no passado, as pessoas curtiam os famosos “bailinhos”, com discos, e depois, com CDs, hoje em dia muitas pessoas pelo mundo de reúnem através do game, para curtir suas músicas preferidas.
Para tentar entender a fórmula do sucesso de Just Dance, tanto no Brasil quanto no mundo, conversamos com a Bruna Soares, responsável por eventos e parcerias da Ubisoft Brasil. Buscamos saber como que um game com uma proposta tão única, passou pelos anos, e acompanhou a evolução dos videogames neste periodo.
Comecei querendo saber da “fórmula do sucesso” de Just Dance. Bruna nos explicou que o game é um raio X da cultura pop, com os hits dos anos sendo reproduzidos nas playlists dos games, com variedade de ritmos. A fórmula, no caso, é entender o que é sucesso e implementar no jogo.
Assim, o Just Dance de transformou em uma “danceteria caseira” do século XXI. A executiva nos disse que o objetivo principal da Ubisoft é levar diversão para o game, não a busca por “ser o melhor”, embora muitos talentos tenham aparecido pelos anos.
A evolução de Just Dance também é peculiar. O game não evolui como outros games, mas sempre traz novidades. A série viu a ascensão do Wii, do mobile, e agora, a aposta do streaming. Sobre isso, Bruna nos explicou que a plataforma evoluiu do Wii Mote, para o Kinect, até o aplicativo. E o modelo também evoluiu, com o apenas “comprar o disco” para um sistema de assinaturas, que oferecem mais de 500 músicas.
A era dos influenciadores também cresceu com a franquia. Bruna acredita que o game chegou numa era fértil. Se entre os anos 90 e 2000, o sonho de ser um “VJ da MTV” era algo inalcancavel, hoje o acesso é maior, permitindo que mais pessoas possam fazer sucesso. O game, por exemplo, é a de colocar o jogador em destaque, fazendo ele ser a “estrela” do game.
Os games como plataformas de negócios é outra característica que evoluiu com Just Dance. Foi nesta época que marcas fora do mundo dos games começaram a apoiar de maneira mais firme, e os games foram se transformando em “outdoors”, de uma forma, ou de outra. Just Dance, por exemplo, tem parceria com a CCXP, e a MAC, gigante da maquiagem.
Bruna nos disse que a série da Ubisoft tem uma base grande de jogadores casuais, e fãs. Algumas marcas resistem a entrar no mundo dos games por não querer se associar com violencia, mas Just Dance e sua proposta acaba se tornando uma opção viável para a publicidade.
Terminamos querendo entender a visão da Ubisoft para o futuro de Just Dance. Bruna explicou que Just Dance é mais encarado, hoje, como plataforma. Um filme, por exemplo, está em desenvolvmento, breve, junto à Sony Pictures. A Ubisoft, que tem em seu perfil a fácil adaptação as iniciativas, quer manter o game acessivel, para vários consoles, e serviços.
Assim como o Kinect, no passado (e a versão de Xbox 360 ainda está entre as mais vendidas até hoje), o Stadia é a nova casa do game. Assim, a ideia principal da produtora é a de levar o game ao máximo de lugares possíveis, para que a comunidade sempre tenha como curtir suas músicas.
Just Dance está na CCXP, com estande próprio, e a final brasileira do MAC Challenge. O review do Just Dance 2020 também está disponivel, e você pode conferir aqui.