CCXP22 – A volta da Liquid com a sua torcida em 2022, consagrada com o título do BR6

6 de dezembro de 2022
CCXP22 - A volta da Liquid com a sua torcida em 2022, consagrada com o título do BR6

Como bem sabemos, a pandemia da covid-19 causou impacto em praticamente todos os setores, incluindo os de eSports. Mas, neste mundo, as coisas foram um pouco diferentes. Afinal, como organizações e players contam com presença online, acabou que as torcidas continuaram conectadas à suas equipes.

Mas mesmo no mundo digital, o reencontro com as pessoas é sempre um momento especial. E a Team Liquid, que segue no Brasil com equipes, loja e a Liquid+, viveu uma experiência bem interessante na CCXP22. A organização já tinha reencontrado seus fãs na BGS 2022, mas no evento de cultura pop, a torcida ficou ainda mais próxima, afinal a equipe de Rainbow Six estava no palco no domingo (4), disputando as finais do BR6, o Brasileirão da categoria.

E quando digo torcida, digo torcida com A maiúsculo. Pois a Liquid levou até uma Torcida Organizada, com instrumentos e um pessoal que, literalmente, cantou o jogo inteiro (e olha que uma partida de Rainbow Six, até mesmo uma final, demora muito). Mas, mais do que os eSports, a Liquid aproveitou também a oportunidade na CCXP22 para se apresentar a mais pessoas, com seus produtos da collab com a Marvel, além de oferecer também produtos da Tribo, em parceria com o streamer Gaulês.

CCXP22 - A volta da Liquid com a sua torcida em 2022, consagrada com o título do BR6

Para entender mais sobre todas estas situações, e também conferir um balanço da Liquid em 2022, falei com Adenauer Alvarenga, o Silence, que também viveu algo bem interessante neste ano. Com carreira vencedora como jogador de R6, se tornou Coach, onde permaneceu até meados deste ano, quando iniciou uma nova experiência na organização, sendo agora o responsável pelos eventos da Liquid no Brasil.

Comecei questionando justamente a oportunidade que a Liquid usou para se apresentar para novas pessoas, incluindo as que não são envolvidas com os eSports, através da collab com a Marvel, uma marca extremamente importante em um evento no qual grande parte dos visitantes adoram seus heróis. Vale lembrar que a Marvel estava com uma loja que é prévia da primeira Marvel Store do Brasil, que estreia no ano que vem e também contava com as camisetas collab com a Liquid.

Ele comentou que a Liquid se posicionou de frente para a arena, onde primeiramente se mantinham perto do público principal, que é quem consome eSports, sendo quase que um “camarote” para o palco onde rolaram vários torneios. Mas ele disse que a Liquid quer sim se apresentar para o público geek, pois ao se unir tanto com a Marvel quanto com outras collabs, a organização dá “boas vindas” a todos os públicos.

Silence mencionou que a Liquid tem “sangue geek”, dando o exemplo do CEO da organização, que é fã de Senhor dos Anéis. Assim, a organização tem uma abertura e um interesse em investir em collabs e ativações neste sentido, pois o fã de eSports, naturalmente, já é imerso neste universo. Mas a ideia principal é tornar a organização “de portas abertas” a todos, até com gente que poderia conhecê-los a médio prazo e se tornar um fã no futuro.

E este foi o “último ato” de um 2022 de reinícios e retomadas. Silence citou o Liquid+, plataforma da organização que oferece pontos para o engajamento dos fãs, que podem ser trocados por benefícios e recompensas, e que foi essencial nestes dias de retomada. Os eventos também se tornaram úteis por oferecerem benefícios também nos espaços da organização, garantindo a interação com o fã, que sempre existiu, mas que agora fica mais próxima.

Para 2023, Silence e a Liquid espera, antes de tudo, títulos em seus quatro times aqui no Brasil: Free Fire, Valorant Feminino, Rainbow Six e Fornite. Silence citou o bom desempenho das equipes, incluindo o time de Rainbow Six, que ganharia no domingo (a entrevista foi na quinta, 1) o Brasileirão de Rainbow Six. Mas também há o interesse em novas categorias, como o CS:GO, por exemplo. Mas também querem um 2023 com muitos eventos, como o retorno para a BGS e CCXP, além de Watch Parties e eventos com presença da organização.

E, durante a final, foi interessante ver o comportamento da torcida da Liquid. E também da W7M, a rival na disputa. Pelo lado da Liquid, a torcida organizada animou o “lado” da cavalaria o jogo inteiro, com um ar de “que bom podemos viver isso de novo”, ao acompanhar uma final junto com seus jogadores preferidos, ao invés da “distância” da tela com uma transmissão.

Junior Candido

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