Cinco bons discos dos músicos dos Beatles, mas fora dos Beatles
Quando dizem que os quatro rapazes de Liverpool eram diferenciados, existe muita verdade nisso. Embora muita gente se lembra dos Beatles apenas pelos “bailinhos” e pelo “ié ié ié”, os quatro produziram muita coisa da mais absoluta qualidade quando juntos, e também quando separados.
Não podemos nos esquecer que os últimos álbuns dos Fab Four são considerados, até hoje, jóias musicais que continuam, mesmo após décadas, influenciando muita gente.
Com o fim dos Beatles, em 1970, cada membro se sentiu livre para produzir sua música com qualidade e liberdade, já que não havia mais barreiras criativas entre eles. E seus trabalhos separados renderam, de fato, trabalhos únicos, que provam mais uma vez a genialidade de quatro músicos excepcionais, que fizeram muita coisa boa juntos, e sozinhos também.
Por isso, vamos conferir juntos cinco álbuns que comprovam esta genialidade. Não estamos falando, claramente, dos “cinco melhores discos”. Mas sim de cinco álbuns que valem a pena ser conferidos por todos os que gostam dos Beatles e da qualidade e versatilidade musical de seus membros.
Band on the Run – Paul McCartney e os Wings – 1973
Band on the Run dos Wings é um álbum icônico, lançado em 1973, que marca o auge da carreira pós-Beatles de Paul McCartney. Este álbum foi aclamado pela crítica e apresenta uma mistura diversificada de estilos musicais, desde o rock até baladas e elementos progressivos. A faixa-título, Band on the Run, é especialmente interessante, compondo setlists do cantor até hoje, junto aos seus sucessos com os Beatles.
Com influências de suas experiências na Nigéria, onde parte do álbum foi gravado, McCartney cria uma obra-prima que continua a ser apreciada pela sua inovação musical e letras cativantes.
Extra Texture – George Harrison – 1975
Extra Texture (Read All About It) é o álbum de George Harrison de 1975, marcado por uma mistura única de rock e soul. Harrison aborda temas como a frustração e desilusão nas letras, refletindo sobre suas próprias experiências. O álbum é conhecido por suas composições introspectivas e pelo uso distintivo de sintetizadores.
Embora talvez não tenha alcançado o mesmo sucesso comercial de alguns de seus outros trabalhos, Extra Texture destaca a habilidade de Harrison como compositor e a profundeza de suas reflexões pessoais. You é uma das canções de destaque, que transborda Motown, uma das influências do músico neste disco.
Y Not! – Ringo Starr – 2010
Y Not! foi lançado por Ringo Starr em 2010, reforçando sua característica alegria e otimismo. O álbum apresenta uma mistura de rock e pop, com colaborações notáveis de artistas como Paul McCartney e Joe Walsh. As letras refletem a experiência de Starr ao longo de sua carreira e exploram temas de amor, amizade e reflexões pessoais.
A musicalidade é leve e descontraída, incorporando elementos do estilo característico de Ringo. Embora talvez não tenha recebido tanta atenção quanto alguns de seus trabalhos anteriores, Y Not! continua a ser uma expressão autêntica do espírito musical descontraído de Ringo Starr.
Mind Games – John Lennon – 1975
Mind Games, lançado por John Lennon em 1973, é um álbum que reflete a busca do artista por clareza e paz interior. As músicas exploram temas como amor, política e reflexões pessoais, refletindo a fase em que Lennon tentava reconciliar sua vida pública e privada.
O álbum apresenta uma mistura eclética de estilos musicais, desde baladas suaves até faixas mais experimentais. As letras são poéticas e muitas vezes introspectivas, revelando a complexidade emocional de Lennon na época. Embora talvez não tenha sido recebido com o mesmo reconhecimento que alguns de seus álbuns anteriores, Mind Games destaca-se pela sinceridade artística e pela expressão genuína do artista.
Electric Arguments – The Fireman – 2008
Electric Arguments, lançado pelo The Fireman em 2008, é um álbum único e experimental. O The Fireman é um projeto paralelo de Paul McCartney com Youth, que nasceu como um projeto anônimo nos anos 90.
E este álbum em particular destaca-se por sua abordagem improvisada e inovadora. Diferente dos trabalhos anteriores do The Fireman, que contavam apenas com músicas instrumentais, as faixas deste álbum possuem letras, marcando uma mudança significativa no estilo. A música varia entre gêneros, incluindo rock, eletrônica e até mesmo elementos de música clássica. Cada faixa parece ser uma jornada musical por si só, criando um álbum que surpreende e desafia as expectativas, mostrando a versatilidade de McCartney como músico.