Cine Arkade Review (Sem Spoilers) – Vingadores: Guerra Infinita Parte I

27 de abril de 2018

Cine Arkade Review (Sem Spoilers) - Vingadores: Guerra Infinita Parte I

Em 2018, completam-se 10 anos do Marvel Cinematic Universe nos cinemas. Neste período, o estúdio lançou nada menos que 18 filmes, que nos apresentaram personagens, universos e conflitos variados.

O que começou quase descompromissadamente com o primeiro filme do Homem de Ferro lá em 2008 evoluiu para um intrincado (e interligado) universo onde deuses, heróis galácticos, reis e outros que são só o “amigão da vizinhança” coexistem.

Cine Arkade Review (Sem Spoilers) - Vingadores: Guerra Infinita Parte I

A primeira parte de Vingadores: Guerra Infinita é o ápice narrativo dessa grande história que vem sendo desenvolvida há uma década. E, senhores, é um filmaço!

Sinopse

Você já deve saber mais ou menos a base da sinopse: Thanos almeja possuir todas as Joias do Infinito (relembre onde elas apareceram com nosso infográfico) para concretizar seu plano megalomaníaco de acabar com a vida de metade do universo.

Cine Arkade Review (Sem Spoilers) - Vingadores: Guerra Infinita Parte I

Duas destas Joias estão na Terra: uma no medalhão do Dr. Estranho, outra na testa do Visão. Quando os lacaios de Thanos começam a invadir o planeta em busca das pedras, os heróis percebem que é hora de deixarem suas diferenças de lado — lembrando que a Guerra Civil desestabilizou as relações entre eles — e unirem forças contra a maior ameaça que já enfrentaram.

Thanos: O Filme

Claro que o nome do filme é Vingadores, mas podia perfeitamente ser Thanos. Em uma decisão muito corajosa, a Marvel fez do vilão o personagem principal de um filme CHEIO de protagonistas em potencial.

Convenhamos: estamos acompanhando essa galera desde 2008. Já conhecemos Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Pantera Negra, todo mundo. O “novato” da vez é Thanos, e é justamente a sua jornada — a busca pelas Joias — que sustenta o filme.

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Com isso, os heróis meio que orbitam Thanos, tentando parar o avanço de uma força que parece ser irrefreável. Thanos é um personagem incrível, e consegue ser muito bem desenvolvido no filme: é poderoso, mas sereno, e há tempo de filme para que possamos conhecê-lo e até “simpatizar” um pouco com ele, por mais insano e perigoso que ele seja.

Supertimes inusitados

Com tantos heróis importantes em um mesmo filme, é óbvio que eles acabam se dividindo. Porém, eles não se dividem em times “óbvios”, e são justamente os encontros inusitados que rendem alguns dos melhores momentos do filme. É muito legal vê-los interagindo uns com os outros, especialmente as misturas com personagens de realidades tão distintas.

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Neste ponto, destaque para a parceria inusitada (mas divertidíssima) de Rocket Racoon com o Thor, que saem em sua própria jornada para forjar uma nova arma para o Asgardiano — o Mjolnir foi destruído em Thor Ragnarok, lembra?

Os encontros de Tony Stark e Dr. Estranho também rendem momentos bem divertidos, bem como os conflitos entre Stark e o fanfarrão Starlord, que não é um sujeito muito habituado a seguir ordens e está sempre tentando se impor.

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É uma mistureba enorme, mas a edição do filme é muito eficiente, variando entre os diferentes núcleos de personagens  para não deixar ninguém perdido. Mais do que isso: há espaço para todos brilharem, um exercício de equilíbrio que foi muito bem organizado pelo roteiro e pela direção, e deixaria Thanos — maníaco por equilíbrio — orgulhoso.

Outro detalhe bacana é como o filme arruma tempo para desenvolver arcos dramáticos. Seria fácil descambar para a pancadaria cheia de efeitos especiais, mas o filme vai além, conseguindo valorizar os dramas dos personagens — tanto dos heróis quanto do vilão.

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Claro que há muito espaço para a pancadaria — que está incrível, com cenas grandiosas e heróis combinando poderes de maneiras muito legais –, mas é bom ver que o filme não se limitou a isso. E, ainda que tenha um tom apoteótico, ele consegue ser leve e divertido, trazendo as piadinhas e boas sacadas que a gente tanto gosta de ver nos filmes da Marvel.

Conclusão

Vingadores Guerra Infinita é um filmaço, e é realmente o ápice narrativo de uma grande história que foi sendo desenvolvida ao longo de uma década. Mostra uma Marvel bastante ousada, mas também com pleno controle da história que está sendo contada e de seu universo.

Cine Arkade Review (Sem Spoilers) - Vingadores: Guerra Infinita Parte I

É o tipo de filme que talvez “não funcione” isoladamente — afinal, há outros 18 filmes que juntam as peças para formar o panorama que vemos aqui — mas como é bem provável que você tenha passado os últimos anos assistindo a todos eles, vá ao cinema sem medo, sabendo que irá ver o maior filme de super-heróis já produzido.

Épico, emocionante, dramático e, acima de tudo, empolgante e divertido, Vingadores Guerra Infinita é um filmaço, e só não pode ser chamado de “pacote completo” por ser a “Parte 1” de uma história maior, terminando de um jeito que vai tornar a espera pela Parte 2 — que chega em maio de 2019 — quase insuportável. Ah, e não saia da sala antes dos créditos acabarem, ok?

Parabéns Marvel, e obrigado por tudo que você nos trouxe na última década.

P.S. Já viu o filme? Legal, parabéns! Mas não seja babaca: não saia soltando spoilers por aí, ok? Deixe as pessoas irem ao cinema quando puderem, e possam desfrutar da experiência do jeito que ela merece.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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