CineReview – Resident Evil: Recomeço (RE: Afterlife)

20 de setembro de 2010

CineReview - Resident Evil: Recomeço (RE: Afterlife)

A quadrilogia Resident Evil não é lá uma das adaptações mais fiéis dos famosos games, mas não há como negar que os quatro filmes formam a saga baseada em games de maior sucesso cinematográfico. Resident Evil: Recomeço (RE: Afterlife, em inglês) não é o melhor da série, mas ajuda a série a recuperar fôlego após o fraco RE: Extinção.

A história do filme não poderia ser mais óbvia: Alice (Milla Jovovich) continua sua jornada contra a Corporação Umbrella, tentando parar as loucuras de Albert Wesker (Shawn Roberts) e resgatar o maior número de sobreviventes ao holocausto do vírus T. RE: Recomeço inicia com um ponto positivo, arrumando todas as bobagens de clonagem que foram inseridas na trama do terceiro filme e deixando Alice – uma espécie de Nemesis com poderes psíquicos e de roupa justa – (mais) humana.

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Alice no País dos Zumbis e Aberrações Mutantes

Alice está em busca da famosa cidade Arcadia, um lugar que supostamente está livre da infecção e que oferece abrigo para sobreviventes. Foi para lá que Claire Redfield (Ali Larter) e outros sobreviventes do terceiro filme foram. No entanto, a jornada de Alice será um tanto quanto problemática – quais problemas, você me pergunta, eu deixo em segredo. Vá ver o filme =P

As atuações de Jovovich, Larter e Wentworth Miller (o Michael Scofield de Prison Break, aqui encarnando Chris Redfield) não são estelares – muito devido ao roteiro, que não é nenhum primor. O Chris Redfield de Miller parece estar deslocado, muito por não ser exigido e não ser nem sombra do protagonista que é nos games. Ele apenas profere algumas frasezinhas de efeito e é só.

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O Executioner e sua arma um tanto quanto modesta

Pode parecer estranho, mas um dos grandes méritos de Resident Evil: Recomeço é ele ser o filme mais semelhante aos games RE. Wesker, antes um pequeno coadjuvante, aparece pra valer neste filme e a batalha final contra ele evoca lembranças de Resident Evil 5. Além disso, temos a presença um tanto quanto inusitada dos zumbis Las Plagas (que apareceram em RE4 e RE5), que aqui parecem ser uma mutação do vírus T, e do Executioner, o mutante gigante que protagoniza uma das batalhas mais estilosas dos filmes.

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Demorou, mas Wesker finalmente ganhou destaque nos filmes

Outro destaque positivo do filme são as cenas 3D. A tecnologia não é somente um artifício inserido no filme durante sua produção e o diretor Paul W.S. Anderson insere várias cenas interessantes e que dão um certo atrativo extra para o filme. São balas, cacos de vidro e muito mais voando para cima dos espectadores. Se você tem a sorte de morar em São Paulo ou Curitiba, conferir este filme em sua versão Imax 3D é uma boa pedida.

Em suma, Resident Evil: Recomeço não é um filme sensacional, fiel aos games (a animação Resident Evil: Degeneration detém este título), mas entretém e não é uma patacoada completa que nem RE: Extinção. Vale a pena conferir com seus amigos, são 97 minutos de explosões, tiroteios e ação permeados por uma história fraca e efeitos bons. Ah! Não saia logo após o final do filme! Existe uma cena durante os créditos que também “referencia” o quinto game.

Nota: 6,5

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