Clássicos – Comix Zone: uma aventura em quadrinhos de 16 bits
Já pensou curtir um game onde você está preso dentro de uma história em quadrinhos que está sendo desenhada por um terrível vilão? Esta é a premissa de Comix Zone, clássico da geração 16 bits criativo, inovador e muito divertido!
Produzido pela Sega, Comix Zone foi lançado em 1995 com versões para Mega Drive e PC, sendo posteriormente adaptado para outras plataformas.
A história do game acompanha Sketch Turner, um jovem roqueiro desenhista que estava trabalhando em uma história em quadrinhos pós-apocalíptica.
Durante uma tempestade, um raio atinge sua prancheta de trabalho (?!), fazendo com que ele vá parar dentro da história e Mortus – o vilão de sua HQ – saia para o mundo real, cheio de más intenções. Logicamente, cabe a Turner dar um jeito de sair de dentro da revista para aprisionar Mortus novamente.
Felizmente, ele não está sozinho nessa. Dentro da HQ, Turner terá ajuda de suas próprias criações, como a rebelde Alissa Cyan e de Roadkill, um “simpático” rato que pode encontrar itens escondidos e dar choque nos inimigos. Porém, Mortus também é bom no traço, e vai desenhar diversos perigos no caminho até a última página.
A mecânica de jogo de Comix Zone é muito criativa. Por estar dentro de uma revista em quadrinhos, o personagem vai saltando de um quadrinho para outro até chegar ao final da página. O jogador também pode rasgar o papel para encontrar itens escondidos, e na hora do aperto, Turner podia rasgar uma parte da página com seu poderoso golpe especial.
Para dificultar a vida do herói, Mortus ia criando novos inimigos conforme o seu avanço. Era muito legal ver a mão gigantesca do vilão aparecendo para desenhar novos oponentes.
O visual do jogo é bem típico de história em quadrinhos, com balões de fala e grandes onomatopeias. Os personagens têm um visual bacana, e os ambientes passam por esgotos, templos e uma versão destruída de Nova York, com a cabeça da Estátua da Liberdade caída ao fundo.
O som também se destaca: o game conta com um trilha sonora bem roqueira – na Europa, o game até foi lançado com um disco que trazia a trilha sonora do game tocada por uma banda completa. No mais, os sons de pancadaria e as vozes digitalizadas garantem toda a qualidade que um cartucho de 16 bits é capaz de alcançar.
Comix Zone também se destacou por apresentar dois finais diferentes, um bom e um ruim: durante a batalha final, Alissa está aprisionada em um casulo metálico que vai se enchendo de água. Se você conseguir libertá-la a tempo, vê o final bom, se não, fica com o final ruim.
É engraçado como um game tão inovador não ganhou nenhuma sequência. A ideia de Comix Zone é criativa mesmo para os padrões de hoje, mas tudo o que a Sega fez foi relançá-lo digitalmente no formato original, sem gráficos em alta definição nem nada do tipo, o que é uma pena, dado o grande apelo artístico e criativo do game.
http://youtu.be/BvzB8xggGt0
Por sua inovação, Comix Zone se tornou um clássico da geração 16 bits, mesmo tendo sido lançado no final da vida útil do Mega Drive. Um título único, que é imperdível tanto para fãs de games quanto para fãs de quadrinhos!