Clássicos: mate as saudades das corridas de Daytona USA
Relembre um dos maiores games de corrida dos arcades da década de 90: o clássico Daytona USA!
Quem já entrou em uma casa (de respeito) de fliperama e não viu as cabines do jogo de corrida mais popular já criado para arcade, pode mandar seu depoimento indignado para a revista. Daytona USA, lançado pela Sega em 1993 também para o Sega Saturn e para PC, é de longe o jogo mais rentável para os donos de arcade. Sua marca de vendas em fliperamas nunca foi superada por nenhum jogo antes ou depois de seu lançamento.
Para quem nunca saiu de casa, um resumo: o jogo resume-se a três circuitos de corrida da fórmula stock-car (Daytona, para quem não sabe, é uma das sedes da fórmula), que são divididos de acordo com a dificuldade: iniciante, avançado e expert. A grande sacada do jogo, e sua maior inovação em relação aos arcades anteriores de corrida, é a opção multiplayer, que possibilita conectar até oito cabines para uma mesma partida. As cabines duplas podem ser conectadas de modo a totalizar quatro participantes, e as cabines deluxe, o dobro, incluindo ainda uma câmera de vídeo voltada para o jogador, para exibir a expressão facial durante o jogo em uma tela separada.
O jogo, semelhante em muitos aspectos ao Virtua Racing, de 1992, prioriza mais a diversão em detrimento do realismo e gráficos impecáveis. Um jogo para juntar os amigos e apreciar as colisões exageradas e reclamar das musiquinhas aporrinhantes típica dos jogos da Sega.
O jogo também tem seus segredos. Um exemplo é a máquina caça-níquel que fica na reta do primeiro circuito e que é ativada com o botão Start. Se o jogador conseguir três símbolos iguais, seu tempo é extendido, aumentando as chances de vencer seus adversários. O primeiro circuito inclusive, é o único que já começa com os carros em movimento, dando um dinamismo maior para os iniciantes do jogo. Para quem nunca se aventurou nos circuitos de Daytona USA, sua jogabilidade fácil permite uma rápida e viciante adesão ao jogo, uma das razões de seu sucesso sem precedentes.
Em 2001 a Sega reformulou o jogo para sua então mais recente plataforma, o Dreamcast. A versão disponibiliza mais circuitos e melhores gráficos, sendo considerado portanto um update vantajoso para a série. Porém, devido à eventual superação dos consoles de sexta geração, a versão para consoles caiu no esquecimento, mas sua versão para o arcade perdura até hoje para deleite de seus fãs fiéis sedentos por velocidade virtual.
Esta matéria foi publicada originalmente na edição 4 da Revista Arkade.