Confira a cobertura da Brasil Game Show feita pela nossa equipe do RJ
Se no ano passado a Brasil Game Show (BGS) deixou uma excelente impressão, o que dizer desta nova edição, na qual a feira contou não apenas com um espaço físico maior, mas também com mais dias de duração? Esqueça 2010 e seus dois dias de exposição em um ambiente apertado. Neste ano o franco crescimento do mercado de games brasileiro foi refletido no crescimento da própria feira, que ocupou três andares do Centro de Convenções Sul América e contou com cinco dias de puro videogame! Os colaboradores Thomas Schulze, Bruno Grandis e Fernanda Breder foram até lá e te contam tudo sobre a maior feira de games da América Latina na sequência!
Aqueles que compraram um passaporte para os dias de conferência puderam assistir palestras de gente como Jere Erkko, vice-presidente da Rovio Mobile da América Latina, que você deve conhecer pelo fenômeno Angry Birds; Karl-johan Dahiström, da Sony Ericsson, que falou sobre os jogos disponíveis para o smartphone Xperia Play; e Charles Yim, da Google, que trabalhou em empresas de jogos online como Glu Mobile e EA, e avaliou o que é necessário para transformar um pequeno jogo em um grande sucesso.
O último dia de conferência ainda contou com uma mesa redonda com os principais representantes da indústria brasileira de videogames, mas certamente a maior e mais aguardada atração foi a coletiva de Yoshinori Ono, produtor da Capcom e responsável pela franquia Street Fighter, que veio à feira para anunciar o novo game Street Fighter X Tekken, um dos crossovers mais esperados de todos os tempos pelos fãs de games de luta. Com muito bom humor, Yoshinori dividia seu tempo de palco entre revelações sobre a jogabilidade e comentários sobre sua busca a belas mulheres no Rio de Janeiro. Sua simpatia, junto aos inúmeros trailers do game que foram transmitidos, cativaram a todos.
O crescimento da BGS naturalmente atraiu visitantes ilustres. Caminhando pela feira era possível encontrar muita gente famosa entre jogadores aficionados e cosplayers. Desde a principal atração da feira do ano passado, o produtor da franquia Mortal Kombat, Hector Sanchez, passando pelo ex-BBB Max Castro (WTF?), até os humoristas do Rock Bola e o pessoal da Game Up da ESPN, todos estavam lá se divertido e provando que o evento era acessível para todos os tipos de público.
A feira se beneficiou demais da inclusão de dois andares extras. Afinal, se a edição anterior da BGS sofria de algum defeito grave era a superlotação, gente demais para espaço de menos. Tentar comprar um produto nas lojas ou simplesmente olhar suas vitrines com calma era praticamente impossível. Ao menos neste ano o primeiro (e maior) andar era destinado somente às grandes expositoras e à praça de alimentação, o que tornou a circulação pela feira muito mais tranquila tanto para os que queriam testar todas as novidades quanto para aqueles que desejavam apenas comprar jogos, roupas e outros souvenirs.
Já que tocamos no assunto compras, vale a pena destacar a fartura de opções interessantes disponíveis: pelúcias de franquias como Mario, Pokémon e Angry Birds; camisetas bem boladas como o uniforme do lendário jogador Allejo; bottons de seriados, filmes e memes diversos, desde a Troll Face até o Pedo Bear; figuras de ação de heróis e vilões do universo das HQs, desde Lanterna Verde e Loki até os personagens de Watchmen. Enfim, um verdadeiro paraíso para geeks, colecionadores, ou simplesmente pessoas de bom gosto.
Aqueles interessados em comprar jogos também não poderiam estar em melhor território, pois vasculhando um pouco os estandes era possível encontrar jogos originais de Wii e Xbox360 a partir de R$10. Incrível, porém verdadeiro. Com boas promoções por todos os cantos, pode-se dizer que mesmo os lançamentos estavam dentro da faixa defendida pelo pessoal do Jogo Justo.
Descendo do andar exclusivo para o comércio se encontrava uma sala de arcade onde era possível se divertir com um pouco de King of Fighters e Cruis’n USA. Uma ideia melhor na teoria do que na prática, pois infelizmente eram poucas as máquinas disponíveis. Fica a torcida para que a próxima BGS honre a tradição dos arcades, já que no presente parecia tratar-se de uma metáfora: os arcades estavam tão esquecidos na feira quanto as máquinas estão esquecidas nas ruas hoje.
Por outro lado, logo em frente era possível visitar o Museu do Videogame, este sim muito bem montado, e muito maior que o do ano passado. Apesar de ter os mesmos consoles expostos, agora cada geração possuía seu próprio televisor que mostrava os games mais relevantes da época. O grande destaque era um enorme telão que contava com um Atari devidamente instalado e disponível para a jogatina.
Finalmente, no primeiro andar, se encontrava a feira em si. O estande da Sony era enorme e suas atrações estavam muito bem distribuídas. A companhia realmente parecia disposta a mostrar tudo de melhor que as suas tecnologias têm a oferecer. Se o move já não parece mais tão atrativo quanto ano passado, os recursos 3D do sistema ainda impressionam e geraram uma boa procura. Entre várias atrações disponíveis para teste, como as consolidadas franquias Killzone e God of War, nenhuma chamava mais atenção que Uncharted 3: Drake’s Deception. Sob um enorme painel era possível experimentar alguns minutos da nova aventura de Natahan Drake, desde já um forte candidato a jogo do ano.
Se no ano passado o estande da Sony reinava soberano, desta vez a Microsoft também marcou forte presença. Havia dezenas de consoles disponíveis para testar o Kinect, o que chamou bastante atenção da galera mais casual. Para os gamers hardcore, uma bela estação com cópias do grande Gears of War 3 era bastante disputada.
Mais uma vez não houve um estande dedicado exclusivamente à Nintendo, que marca bobeira e ainda não abraçou o potencial do mercado brasileiro de games. Por outro lado, a WB Games e a EA mais uma vez dividiram um dos estandes mais procurados da feira. FIFA 12 chegou com um marketing agressivo e em quase todos os cantos podíamos encontrar panfletos ostentando a frase “Sou Fifeiro”, além de um enorme painel e muitas cópias disponíveis para teste. Tal painel só não era maior que o telão da WB Games, que anunciava que o cavaleiro das trevas estará de volta ao mundo dos games com o aguardadíssimo Batman: Arkham City que chega na semana que vem.
No estande da distribuidora NC Games era possível testar diversos lançamentos, desde Catherine até Dark Souls, além de Pro Evolution Soccer 2012, também num belo telão. Tudo isso com filas não muito intimidadoras, o que significa que passando uma tarde na feira era possível experimentar todos os grandes jogos. De novo, uma grande melhoria em relação ao ano passado e suas filas comparáveis às da E3.
Muito mais organizada, contando com o apoio de ainda mais expositores e jogadores, a BGS 2011 foi um enorme sucesso e tem tudo para continuar crescendo mais e mais. A próxima edição vai rolar em São Paulo, mas o Rio de Janeiro estará esperando de braços abertos o retorno desta que já se consolidou a maior feira de videogames da América Latina.
A Arkade agradece aos colaboradores Thomas Schulze, Bruno Grandis e Fernanda Breder, que cobriram a BGS e nos brindaram com esta excelente matéria!