Creepypasta Arkade: O terror obscuro de Knob.exe

30 de maio de 2014

 Creepypasta Arkade: O terror obscuro de Knob.exe

Você já encontrou algum objeto abandonado? Objetos encontrados em qualquer lugar e sem nenhuma pista de seu dono? Se a resposta é sim, você já tomou um objeto desses para si próprio? Saiba que isso pode não significar sorte e trazer consequências terríveis. Entenda o porquê conhecendo a lenda de Knob.exe.

“Achado não é roubado”. Com toda a certeza você já ouviu esse famoso ditado popular ao menos uma vez em sua vida, assim como também já encontrou objetos perdidos em algum lugar. Moedas, notas de dinheiro, canetas, entre os mais variados tipos de coisas fazem parte desta lista. Das duas uma: ou nós tomamos esse objeto para nós mesmos ou tentamos procurar seu verdadeiro dono. E por vezes encontramos objetos em lugares que jamais imaginaríamos que pudessem estar. E ás vezes teria sido melhor jamais ter encontrado certos objetos.

Uma jovem chamada Sally Goodman teve a infelicidade de se deparar com um objeto que seria melhor jamais ter sido descoberto. Segundo conta ela própria, algo aconteceu durante um processo de mudanças. Ela estava se mudando para um apartamento na cidade de Dayton, Ohio, nos Estados Unidos. Ela iria morar sozinha e devido a isso, estava cuidando da mudança por conta própria, levando e desempacotando suas coisas para seu apartamento.

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Cidade de Dayton, Ohio, EUA

Em seu apartamento havia uma pequeno quarto para guardar coisas que ficava ao fim de sua sacada. Ela resolveu colocar algumas coisas nesse quarto enquanto arrumava tudo. Ela abriu a porta e entrou no quarto vazio e observando-o, notou um pequeno pendrive preto jogado no chão o qual ela quase pisou sem perceber. Ela pegou o pendrive e estranhou ter algo assim jogado nesse pequeno quarto, em um apartamento vazio. Teria alguém esquecido ele ali? E se esqueceram, quem foi? Um morador antigo, alguém que visitou a casa… Ela não sabia e também não se importava. Ela guardou o pendrive em seu bolso e iria ver o que havia nele após arrumar toda a mudança.

Terminados os desempacotamentos, ela se sentou para relaxar e pegou seu notebook para ver o que havia naquele pendrive. Como ainda estava de mudança, ela não possuía conexão com a internet e para evitar infectar seu computador com possíveis vírus, abriu o pendrive dentro de uma máquina virtual. O pendrive foi carregado e sua pasta foi aberta, Sally notou que haviam muitos arquivos de instalação e configuração. Ignorando-os, ela procurou o arquivo principal daquela pasta, encontrando o arquivo knob.exe

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Imagem meramente ilustrativa

Ela executou o aplicativo e descobriu o que ele era: um game. O jogo não possuía qualquer instrução ou mesmo um menu principal, já começando direito na primeira fase. Era algum tipo de game de plataforma com visual 16-bit, onde era preciso controlar um personagem de visual estilo “boneco palito” através das fases. As primeiras fases tinham o visual de uma cidade, onde Sally deveria controlar o protagonista a seguir em frente desviando dos carros e pessoas. Jogando, ela notou algo estranho: vez ou outra algum personagem não controlável do game — conhecidos como NPC — notava a presença do protagonista e começava a gritar “Bloody Murder” (Assassino Sanguinário). O protagonista “palito” então disparava em direção ao NPC e o estrangulava até a morte.

E assim o jogo seguia, até que Sally chegou a 5ª fase. Ao invés de uma cidade, o protagonista estava dentro de um pequeno quarto, que fez Sally tremer ao observar o que era. Ela notou que o quarto era uma réplica exata do quarto ao final de sua sacada em visual 16-bit. Sem ninguém controlando o personagem, ele se moveu por conta própria e abriu a porta que levava a saída do quarto. Ele foi para fora e para um espanto ainda maior de Sally, ele estava em sua sacada que era outra exata réplica de seu apartamento versão 16-bit.

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Uma cidade em 16-bit era o cenário principal de knob.exe

Movida por uma reação automática comandada pelo temor, ela olhou para a porta de vidro de seu próprio apartamento e entrou em estado de choque, pois atrás da porta havia alguém. Era uma criatura que ela jamais havia visto em sua vida. Segundo sua descrição, a criatura estava completamente nua, com a postura arqueada como um gorila. Ele era horroroso e tão magro que parecia não possuir carne deixo da pele tão pálida que parecia nunca ter sido exposta ao sol por toda a sua vida. Ele possuía pelos escuros que percorriam sua anormal coluna e longos cabelos pretos que cobriam seus ombros.

Seu rosto era feito de horror puro, com uma aterrorizante expressão de maldade e insanidade e uma imensa boca, muito maior que a de qualquer ser humano normal aberta em um tenebroso sorriso que parecia cobrir todo o seu rosto, exibindo enormes e famintos dentes. E garras, ele possuía longas garras maiores que seu próprios dedos longos e ossudos, que pareciam ser tão afiadas que seriam capazes de cortar a carne de uma pessoa com facilidade.

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Uma “Fada do dente” do filme “Não tenha medo do escuro” (Miramax Films, 2011)

A criatura observava Sally fixamente, com seu olhar terrível enquanto exibia seu sorriso infernal. Sally observou rapidamente a tela em seu notebook, e viu que o personagem do game fazia o mesmo, ele estava parado olhando para dentro da porta de vidro. Olhando de volta pra criatura, ela estava estava chamando Sally para perto de si acenando com sua longa garra em seu dedo indicador, e no game, o personagem fazia o mesmo em frente a porta.

Contra sua vontade, o corpo de Sally passou a se mover por conta própria em direção a criatura e por mais que ela resistisse, seu corpo não obedecia. Ela abriu a porta de vidro e ficou cara a cara com ele, aterrorizada. A criatura exibiu um mapa que carregava em sua mão e com uma de suas garras traçou algumas direções nele para que ela as memorizasse. Em seguia ele colocou sua garra em seu pescoço, enquanto ela observava paralisada a tudo e com sua garra, a criatura cortou sua garganta.

Sally acordou num pulo, suando e respirando pesado, com o coração disparado. Tudo havia sido um sonho, para sua tranquilidade. Ela concluiu que deve ter pego no sono enquanto jogava, e ao olhar para seu notebook, notou que ele havia travado, com uma mensagem sendo exibida dizendo que o game foi encerrado devido a problemas de execução.

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A “Fada do Dente” – o visual mais aproximado da criatura de knob.exe

Sally então se acalmou e começou a pensar no sonho que teve e nas direções apontadas no mapa, que ela lembrava claramente. As direções eram reais, e ela sabia que apontavam para alguma área próxima a que morava. E pra se tirar de sua cabeça esse pesadelo ela tomou uma decisão: No dia seguinte ela procuraria o lugar apontado no mapa.

Após uma noite de sono sem pesadelos, Sally acordou disposta a ir ao fim da história, afinal, tudo não passava de um sonho, e ela poderia não encontrar nada no fim das contas, e isso era o mais provável a acontecer. Ela pegou seu carro e saiu em busca de o que quer que fosse, seguindo as direções do mapa que ela se lembrava claramente. As direções a levaram até uma área de matagal da cidade, onde a principio não havia nada de especial fora todo o mato.

Ela andou um pouco pelo local, procurou um pouco, mas não encontrava nada, chegando até mesmo a revirar algumas pedras que encontrou, mas não conseguia encontrar nada. Conformada de que tudo havia sido uma perda de tempo e que o game, ou o sonho, ou seja o que tenha acontecido não passou de imaginação. Mas quando ela resolveu ir embora notou algo estranho, que não havia reparado antes. Ela notou uma pequena porta de alçapão, quase imperceptível.

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Um alçapão em meio a floresta

Sally aproximou-se para dar uma olhada. O que uma porta daquele tipo estaria fazendo num lugar sem nada? Talvez houvesse alguma casa ali no passado que possa ter sido demolida, mas o alçapão da casa tenha sido deixado de lado. De repente ela se lembrou de seu pesadelo, da terrível criatura que a guiou até aquele lugar, vinda de um estranho game encontrado num estranho pendrive esquecido. Mas o que tudo tem em relação a essa porta? Coincidências existem afinal, e Sally poderia ter passado por esse lugar antes e de alguma forma ele ficou gravado em sua mente.

A porta possuía uma maçaneta e não estava trancada. Sally a abriu e se deparou com uma escadaria que descia em direção a uma opressora escuridão. Sally carregava uma lanterna em seu carro, ela foi lá e a pegou . E forçando seu próprio medo, desceu as escadas em direção ao escuro sufocante. Chegando ao fim da escadaria debaixo da terra, aquele espaço era uma espécie de sala vazia, não havia nada lá embaixo a não ser poeira, sujeira e terra para todos os lados. Não havia qualquer objeto ali dentro, exceto uma coisa que a lanterna de Sally captou, denunciada pelo brilho da lanterna, algo que fez Sally correr desesperadamente de dentro daquele lugar e fechar a porta com toda a força atrás de si.

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Imagem meramente ilustrativa

Sally dirigiu de volta a sua casa desesperada e chegando lá, a primeira coisa que ela fez foi pegar o pendrive que havia achado no dia anterior e destruí-lo por completo, batendo nele até quebrá-lo em dezenas e pedaços, e jogando todos os pedaços no fogo, para que nada pudesse ser salvo daquele maldito objeto. Enquanto queimava, Sally apavorou-se com o estranho chiado que o objeto fazia ao queimar, um som que parecia o de uma cobra.

O que Sally viu no fundo daquela sala escura debaixo da terra era um tipo de criatura que ela já havia visto antes. Uma criatura terrivelmente magra, tão pálida que parecia nunca ter visto a luz do sol em toda a sua vida. Com cabelos escuros que caiam sobre seus ombros, pêlos que cresciam ao longo de sua coluna, olhos raivosos com um olhar tenebroso e um gigantesco sorriso de pura maldade que “moldava” o rosto deformado da criatura que no dia anterior havia invadido os sonhos de Sally, mostrado o mapa e a matado com sua infernal garra.

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Nada mais relacionado com o estranho game sem nome encontrado por Sally surgiu desde então, nem imagem ou qualquer outro caso de pessoas que também jogaram o game maligno foram encontrados ou sequer vistos. Sally possivelmente foi a única pessoa a jogar o maléfico knob.exe, encontrado num pendrive abandonado numa sala vazia de um apartamento.

Rumores se espalharam após o caso de Sally de que pelo estado de Ohio muitas pessoas declararam avistar uma estranha figura cujas descrições são as mesmas feitas por Sally, que atacava pessoas nas ruas aleatoriamente, muitas delas mortas violentamente por estrangulamento. Desde então, nada mais foi ouvido a respeito da suposta criatura.

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Você acredita que existem coisas que possuem alguma forma de “significado” especial? Encontrar algum objeto diferente jogado em algum lugar, ou mesmo algo que literalmente apareça para você seja puramente alguma arte do acaso?  Ás vezes, aquele objeto que você achou na rua, ou em algum lugar familiar contenha mais coisas do que você pode imaginar. Arriscaria sua própria sorte em verificar o conteúdo de um pendrive abandonado?

(Via Creepypasta Wiki)

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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