Dez coisas, que você já sabe ou ainda não, sobre Metal Gear

23 de maio de 2021
Dez coisas, que você já sabe ou ainda não, sobre Metal Gear

Tiro, porrada e bomba. Ou, tocar o terror em silêncio, sem ser visto, é você quem escolhe. Desde 1987, quando teve seu primeiro game lançado, a franquia Metal Gear conquistou um público fiel, fã de sua jogabilidade baseada na espionagem e no stealth.

É um dos poucos games no qual é possível terminá-lo sem dar um único tiro (com exceção nos combates contra chefes) nos inimigos, além de usar maneiras criativas de se resolver os problemas propostos. Além disso, seu formato cinematográfico, com um enredo forte e cativante, foi outro motivo para manter uma base de fãs fiéis até hoje.

Em meio a temas complexos, como manipulação política, clonagem, tretas familiares e várias visões de um “mundo melhor”, é uma franquia que traz muitas curiosidades. Assim, separamos dez coisas, entre centenas, sobre Metal Gear, que você já pode saber, ou ainda não.

Já sabendo ou não, vamos juntos relembrar esta franquia, que está entre as mais importantes do mundo dos games! Inclusive, aproveite para curtir esta matéria ouvindo nossa playlist especial no Spotify!

1 – A equipe de produção de Metal Gear Solid usavam, ás vezes, peças de Lego para montar os níveis do game. Kojima chegou a contar uma situação na qual seu filho, já descontente com o tempo que seu pai passava no escritório, contou para sua esposa que “seu pai brincava com Lego o dia todo”.

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2 – Metal Gear Solid, lançado para o primeiro Playstation em 1998, vendeu mais de seis milhões de cópias. O que o coloca como o décimo game mais vendido na história do console, na frente de games como Crash Bandicoot 3: Warped, Tomb Raider III ou Resident Evil 2;

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“O melhor game já feito para o Playstation”. Concorda?

3 – TV Velha? Aí não! Em Metal Gear Solid, quando Snake vai combater Liquid a bordo de um helicóptero Hind D, Campbell o aconselha, em conversa no Codec, para prestar atenção no barulho do veículo, que entregaria sua posição.

Tal função aproveitava o recurso estéreo das TVs, pois mostrava se o helicóptero estava pela direita ou pela esquerda. Mas, naqueles tempos, ainda era muito comum existirem TVs com som mono, ou seja, sem tal capacidade sonora. E, se o game estivesse no modo mono, Campbell, Naomi e Mei Ling comentam sobre isso, tirando uma com a cara do jogador:

4 – Metal Gear Solid seria um game de 3DO. Se chamaria Metal Gear 3 e seria lançado originalmente em 1997. Começou a ser produzido em 1994 e, com o fracasso comercial do console, e a ascensão do Playstation, Kojima decidiu mover seu projeto ao promissor console da Sony.

E, além da mudança de plataforma, também mudou o nome do game. De Metal Gear 3, o game foi rebatizado para Metal Gear Solid. De acordo com Kojima, a palavra Solid tem três significados. Simboliza o foco no personagem principal, Solid Snake; sugere três dimensões, pois era a estreia da série no mundo 3D; e a terceira razão era uma “cutucada” na Square.

A Squaresoft, naqueles tempos, era uma grande concorrente da Konami, e era uma fábrica de sucessos com os games Final Fantasy, especialmente os capítulos VI e VII, que saíram durante o desenvolvimento de MGS. Assim, a Square, que significa quadrado em inglês, seria “provocada” com um “Solid”, que siginificaria, neste contexto, algo “sólido”, ou ainda, a Konami superando sua rival.

E, falando em desenvolvimento, veja um vídeo com os conceitos originais de Metal Gear Solid, com coisas que não chegaram à versão final:

5 – Hideo Kojima, o criador de Metal Gear, criou Solid Snake para Metal Gear Solid usando de base Jean-Claude Van Damme, sucesso dos filmes de ação, e que inspirou também Johnny Cage em Mortal Kombat. Mas como seu personagem precisaria de um rosto, por causa do Codec, sua aparência foi baseada no ator Christopher Walken;

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E, falando dos primeiros games Metal Gear, o personagem é baseado em Snake Plissken, personagem interpretado por Kurt Russell no filme Fuga de Nova York. Há referências ao personagem em Metal Gear Solid 2, quando Snake de chama, em parte do game, como Iroquois Plisken. E em Metal Gear Solid, quando Snake usa um tapa-olho de forma semelhante a Plissken no filme de 1981. Isso sem falar em Big Boss, que recebeu as influências “por tabela”.

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6 – Hal Emmerich, inicialmente, era para ser um homem gordo e um amante de chocolate. Mas Yoji Shinkawa, o designer de personagens de Metal Gear Solid, que deu a ideia de fazê-lo magro, o que faz mais sentido se levarmos em consideração a história do game;

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7 – Metal Gear para o NES, que foi lançado sem o consentimento de Kojima, além de ser considerado um jogo cheio de problemas, ainda não possui o elemento mais importante da série, ou seja, um Metal Gear. E ainda conseguiu emplacar uma sequência, pior ainda, e desta vez, sem contar nem com a inspiração de Metal Gear 2, sendo um game facilmente rejeitado pelos fãs;

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8 – Não julgue o jogo pela capa. Metal Gear original, para o MSX, “emprestou” de maneira bem direta, a imagem de Michael Biehn, no filme do Exterminador do Futuro, para a capa do game. A Konami só teve o “trabalho” de transformar o personagem em um “soldado em combate”.

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9 – Metal Gear possui várias maneiras curiosas de se vencer seus chefes. Trazemos dois exemplos: em Metal Gear Solid, você vence de maneira mais fácil Psycho Mantis apenas trocando o slot do controle 1 para o 2. Como o chefe tem a capacidade de ler a mente, trocando o controle de lugar você “fecha a brecha”, impossibilitando a capacidade de leitura de mentes.

E, em Metal Gear Solid 3, além do confronto direto com The End, o lendário sniper, é possível matá-lo antes, em um momento específico no qual ele fica em seu campo de visão. Ou ainda, aguardando uma semana (ou avançando você mesmo o relógio de seu videogame), para que o vilão, na hora do confronto, morra de velhice.

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10 – Não sabe? Tá na capa. Metal Gear Solid encontrou uma maneira curiosa de “castigar” quem jogasse o game com cópias piratas. Em determinado momento do jogo, Snake precisa contatar Meryl por Codec, mas ele esquece qual é o número da frequência dela. E não oferece nenhum meio para se lembrar de tal número, restando, para os mais desavisados, testar número por número no game.

Se hoje basta só pesquisar nos buscadores “frequência de Meryl”, a resposta antigamente estava na parte de trás da capa original do CD. Mas foi só sair as primeiras revistas com o detonado do game que o “segredo” foi facilmente descoberto e difundido.

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Quer falar com Meryl? Então veja como na capa do CD!

E aí? Curtiu conhecer mais sobre a série Metal Gear? Aproveite para conferir mais matérias sobre a franquia. Relembramos Ghost Babel, a versão para Game Boy Color, revivemos os bons momentos com Metal Gear Solid, celebramos as melhores músicas da franquia, e trouxemos o paradeiro dos dubladores do game de 1998.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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