Doom recebeu mais uma nova plataforma para ser jogado. E ela é… uma bactéria intestinal!
Não, você não leu errado. Alguém realmente rodou Doom usando bactérias intestinais como uma tela! Bom, não exatamente de forma jogável, mas realmente aconteceu!
Essa obra cientificamente fascinante foi criada por Lauren “Ren” Ramlan, estudante de PhD em biotecnologia no MIT. Lauren conta em um vídeo de apresentação de seu projeto que ver todas as mais bizarras plataformas usadas para rodar Doom, como numa verdadeira caçada científica que nasceu disso para descobrir qual a próxima plataforma capaz de rodar o game, além de experiência para tentar ensinar neurônios de um rato (coletados dentro de um potinho) a jogar Doom, a inspiraram a tentar algo diferente: usar células como uma plataforma.
Confira aí o vídeo mostrando toda essa empreitada:
Lauren utilizou a bactéria E. Coli, presente nos intestinos de diversas espécies, inclusive em humanos. Ela usou as bactérias para criar uma telinha de 32 x 48 pixels, utilizando linguagem de programação Python para criação de modelos e envio de comandos para as células, além de todo um trabalho de engenharia molecular para controlar a geração de luzes fluorescentes por essas bactérias.
Em resumo, ela conseguiu controlar o brilho das bactérias e desenhar a tela inicial de Doom! Lauren conta que o processo de treinamento das bactérias e dos modelos de programação para gerar essa telinha, compondo um único frame do game, demorou 70 minutos para acontecer. Com isso, ela estimou o tempo total para rodar o game inteiro, do começo ao fim: 600 anos para renderizar tudo!
Dessa forma, por enquanto ainda não é possível “jogar” Doom usando bactérias, mas já é possível usá-las para “rodar” o game, infelizmente não a 60 fps, mas sim a “1 fp70m” (1 frame por 70 minutos). Lauren comemora esse resultado de 600 anos para rodar tudo, pois isso indica que estamos muitíssimo perto de conseguir “fundir” biologia e tecnologia em uma única coisa. Bem a nível de ficção científica mesmo!
E com isso, uma colônia de bactérias E. Coli entra na longa lista de plataformas que rodam Doom, incluindo também: uma motosserra, painel de Porche, touchbar de um MacBook, câmera Digital, Playdate, geladeira, no Game Watch da Nintendo, numa Calculadora Científica energizada por 700 batatas, em um teste de gravidez, através de um GIF, diretamente pelo Twitter, usando um telefone de disco como controle, um bloquinho de Lego, dentro do próprio Doom, num trator agrícola, dentro do Bloco de Notas do Windows, um menu de Teletexto de TV e até um par de brincos!
Ah, além disso, o Game Boy Advance em breve deve ganhar uma nova engine 3D com capacidade de gerar games ao estilo Doom no portátil da Nintendo!
(Via: Rock Paper Shotgun)
