E Like a Dragon trouxe mais um ótimo game do passado pra gente curtir: SpikeOut
Além de trazer boas aventuras, uma história cheia de reviravoltas e interessantes mecânicas de gameplay, sem falar na sua infinidade de conteúdo, a série Yakuza / Like a Dragon também cumpre um papel importante dentro da SEGA: de contar muito do legado da companhia, via arcades e jogos antigos, disponíveis em seus muitos jogos.
Spikeout: Digital Battle Online, presente nos arcades do Havaí e em Yokohama no novo Like a Dragon, representa a vanguarda da SEGA no beat-‘em-up nos fliperamas, usando a plataforma Sega Model 3 Step 2.1 para avançar no 3D com um gênero que a própria escreveu uma rica história com Streets of Rage. Um diferencial era o multiplayer em gabinetes conectados, onde cada um jogava no seu, como em Daytona USA, e sem ficar apertados no mesmo gabinete.
Originalmente denominado Spike durante o desenvolvimento, o jogo recebeu uma atualização em 1999 intitulada Spikeout: Final Edition. Notavelmente, o jogo permaneceu exclusivo para fliperamas e não foi adaptado para consoles domésticos, chegando nos videogames apenas através da série da SEGA, como aconteceu com Daytona USA 2.
Mas vale lembrar que a série chegou ao primeiro Xbox, com Spikeout: Battle Street, que foi feito pela Dimps, a mesma de Sonic Advance, e chegou no console da Microsoft em 2005.
Na mecânica de jogo, Spikeout oferece uma experiência de beat ‘em up totalmente em 3D, ambientada em estágios vastos divididos em áreas e segmentos. Os jogadores avançam derrotando inimigos em cada segmento até encontrar e ultrapassar uma barreira, conhecida como “Quebrar o Portão”, para progredir. A estrutura semiaberta dos níveis, juntamente com a inclusão de vários portões, cria um sistema de escolha de caminho.
A cooperação multiplayer é um destaque, permitindo que até quatro jogadores participem a qualquer momento. A capacidade de explorar livremente os limites de um segmento de área proporciona estratégias variadas, seja lutando juntos ou dividindo-se para enfrentar diferentes desafios. Itens soltos pelos inimigos, como kits de saúde e ataques especiais, adicionam complexidade à jogabilidade.
O diretor Toshihiro Nagoshi concebeu Spikeout como uma forma de revitalizar o mercado de fliperamas, que já vivia dias de queda de interesse popular, propondo um jogo em que os jogadores pudessem desfrutar por longos períodos com apenas uma ficha. O desenvolvimento começou em abril de 1997, envolvendo membros das equipes AM2, responsáveis por Virtua Fighter 3 e Scud Race, bem como da equipe Fighting Vipers. A ideia inicial incluía um modo multiplayer para 16 jogadores, posteriormente reduzido para quatro devido a desafios técnicos e de desempenho.
Embora uma versão para Dreamcast tenha sido planejada, nunca foi concluída devido à falta de recursos de hardware adequados na época. Mas motor de Spikeout foi posteriormente empregado no jogo Rent-A-Hero No. 1 para o console 128-bits.
O game é mais um ótimo e divertido arcade da SEGA, que felizmente se tornou mais acessível, de forma oficial, na nova história de Kiryu e Ichiban. Quem tem o game e quer conhecer mais da história da companhia, vale muito a pena curtir o game, que custa baratinho no universo do jogo.