Usando apenas números, Autosport aponta Lewis Hamilton como o maior piloto da história da F1
É claro que o debate de “melhor piloto de todos os tempos da Fórmula 1” rende discussões eternas. Para muitos brasileiros, Ayrton Senna foi, é e será o melhor de todos na categoria. Se você for para o Reino Unido, no entanto, nomes como Jim Clark ou Jack Stewart é que estarão nos topos desta lista. Nos EUA, por sua vez, Mario Andretti, vencedor da F1 em 1978 e da Indy 500 em 1969, é lenda nacional.
Entretanto, as estatísticas, apesar de serem um elemento “frio” neste debate tão acalorado, servem para nos ajudar a enxergar algumas informações importantes. A soma de vitórias e pontos totais é um bom ponto de partida para começar a observar, no mínimo, os gigantes deste esporte. E, para ajudar a entender melhor esta questão, a Autosport fez o seu “Top 10”, porém usando apenas números como referência.
É claro que não é possível usar os números como fatores definitivos, pois a Fórmula 1 possui muitas variáveis. Senna participou, por exemplo, de 16 corridas para ser campeão em 1988. Já Verstappen, o atual campeão mundial, disputou 22 corridas (e seriam 24, se China e Emilia-Romagna não tivessem sido cancelados), seis a mais do que nos anos 80. E Emerson Fittipaldi, campeão em 1972, disputou 12 grandes prêmios neste ano, a metade de 2024, se as duas corridas canceladas tivessem acontecido.
Ou seja, a distribuição de pontos, corridas disputadas e até a idade dos pilotos adentrando na categoria, além das escaladas de equipes (Verstappen e Hamilton foram para equipes de ponta mais jovens do que o natural na categoria) influenciam também em vitórias e pontos, o que faz esta estatística ser apenas um ponto de referência, não um fator definitivo.
Assim, usando apenas números como base, Lewis Hamilton é, nesta lista, o maior de todos os tempos. Correndo na Fórmula 1 desde 2007, o britânico tem, além de sete títulos mundiais, 103 vitórias, 104 poles e um total de 4.649,5 pontos. A publicação lembra que ele venceu em 30 países diferentes, e perdeu dois títulos mundiais, em 2007 e 2009, por muito pouco.
Hamilton é seguido por Michael Schumacher, que em 308 corridas, engatou 91 vitórias, outros sete campeonatos mundiais, 68 poles e a soma de 1.566 pontos na carreira. Sobre o alemão, a Autosport lembra que o alemão despontou jovem na Benetton, onde ganhou seus dois primeiros mundiais, para passar um tempo de vacas magras na Ferrari, até engatar seu domínio nos anos 2000, com cinco títulos consecutivos.
Ayrton Senna aparece em sexto nesta lista. O brasileiro, que teve sua carreira interrompida antes da hora, no trágico acidente em Imola, correu por 10 anos na Fórmula 1, somando 161 corridas, 41 vitórias e impressionantes 65 poles, uma porcentagem alta para seus números de Grandes Prêmios. Ele somou 610 pontos na carreira, que contou com três títulos mundiais.
Sobre Senna, a publicação lembra que ele é uma das figuras mais lendárias no automobilismo, devido ao seu carisma e talento bruto. É lembrado que, 30 anos após sua passagem, seus feitos, carros e vitórias seguem sendo lembrados por fãs e pilotos. Basta lembrar Lewis Hamilton, fã confesso de Senna, repetindo o famoso gesto do piloto de erguer a bandeira brasileira após vencer em Interlagos, em 2021.
“Sua profundidade de compromisso com uma volta e seu desejo constante de ultrapassar os limites sempre para algo a mais mostra que Senna tem um lugar especial nos corações de muitos fãs de automobilismo. Seus três títulos dão uma noção do que poderia ter sido se ele não tivesse morrido no Grande Prêmio de San Marino em 1994. Uma combinação de velocidade natural e ambição inquieta deu a Senna um vislumbre raramente visto na categoria”, diz a Autosport.
A lista completa pode ser conferida no site da Autosport.
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