F1 2018 – Hora de encarar o melhor ajuste na Espanha, em prova vencida por Hamilton
Quer exigência na Fórmula 1? Então basta correr no circuito de Barcelona. O circuito, que conta com curvas que exigem a mais perfeita atenção, é a escolhida para os testes da pré-temporada da categoria. Todos os componentes dos carros, assim como a habilidade dos pilotos, são colocados a prova no circuito catalão.
Mas, mesmo com o fato de que mecânicos e pilotos conhecem cada detalhe do circuito, a pista reserva grande emoção para as corridas. Foi lá, por exemplo, que Michael Schumacher conquistou sua primeira vitória pela Ferrari, em 1996. Fernando Alonso, espanhol, conquistou duas incríveis vitórias em casa. Em 2006, pela Renault. E em 2013, pela Ferrari, após uma ótima largada, saindo de quinto para terceiro, e ultrapassando Vettel e Rosberg para assumir a ponta.
O GP da Espanha sempre chamou atenção por suas fortes emoções. Mesmo quando as corridas eram em Jerez de la Fronteira, temos, por exemplo, a corrida em 1986, que terminou com Ayrton Senna vencendo Nigel Mansell por meio carro, naquela que é considerada, por muitos, a maior temporada da história da Fórmula 1.
Voltando para Barcelona, a palavra chave por aqui é equilíbrio. Por exemplo, mesmo com a grande reta, downforce se faz necessário para evitar encontros inconvenientes com o lado de fora da pista. Ou uma boa configuração nos freios, útil para dar o bote, caso for para as corridas. Mas, mesmo com as configurações, no circuito da Catalunha, o importante mesmo é você se sentir confortável nela. Por isso, sinta-se a vontade para ajustar, e ajustar, até achar o acerto ideal.
Com essa configuração, consegui o tempo de no circuito. A grande dica aqui é a prática. A curva 9, por exemplo, engana bem, enquanto o final da pista, entre as curvas 10 e 16, exigem total atenção. Pois uma entrada errada significa perder tempo, ou acertar o muro.
Já que hoje tem #SpainGP, aí vai minha volta na pista de Barcelona no #F12018! pic.twitter.com/OKutOmOQ47
— Junior Candido (@Junior_Candido) May 12, 2019
Assim, a configuração que usamos para correr no GP da Espanha é:
- Asa dianteira: 8
- Asa traseira: 7
- Diferencial aceleração ativa: 55%
- Diferencial aceleração inativa: 70%
- Cambagem dianteira: -3.10
- Cambagem traseira: -1.60
- Toe dianteiro: 0.09
- Toe traseiro: 0.29
- Suspensão dianteira: 7
- Suspensão traseira: 3
- Barra estabilizadora dianteira: 7
- Barra estabilizadora traseira: 4
- Altura frontal: 5
- Altura traseira: 5
- Pressão do freio: 85%
- Balanceamento dos freios dianteiros: 57%
- Pressão nos pneus dianteiros: 23.0 psi
- Pressão nos pneus traseiros: 21.1 psi
- Lastro: 7
Hamilton vence e Mercedes garante a quinta dobradinha seguida
O GP da Espanha serviria para confirmar a supremacia da Mercedes na temporada, ou a reação da Ferrari, após os muitos problemas que a escuderia encontrou no início do ano. Depois da vitória de Bottas em Baku, os treinos garantiram, novamente, as Mercedes em primeiro. Hamilton tomou a ponta de Bottas logo na largada, enquanto Leclerc apostou em apenas uma parada, para tentar chegar perto dos primeiros lugares.
Enquanto isso, Verstappen seguiu firme, em terceiro lugar. A corrida se mostrava como mais um domínio da Mercedes, mas um acidente na segunda metade da corrida, entre Stroll e Norris, deu a entender que haveria alguma surpresa, pois trouxe todos os carros para perto, uns dos outros. Na volta à prova, na volta 53, Vettel pegou de volta o quarto lugar de seu companheiro. Mas nada mudou nas três primeiras posições.
Hamilton disparou novamente, abriu quatro segundos para Bottas em apenas uma volta, e foi conduzindo para a vitória, somando voltas rápidas em cima de voltas rápidas. E eles conseguiram a quinta dobradinha seguida, um recorde na Fórmula 1. Nem na época de Ayrton Senna e Alain Prost na McLaren, houve um domínio tão absoluto desta forma.
BREAKING: It's win No. 3 of 2019 for @LewisHamilton and a fifth straight 1-2 finish for Mercedes! 👏👏👏 #SpanishGP 🇪🇸 #F1 pic.twitter.com/JgxvKKthX3
— Formula 1 (@F1) May 12, 2019
A Haas conseguiu se recuperar, com seus dois pilotos, Grosjean e Magnussen, pontuando, mesmo com uma briga entre os dois na relargada, com direito a pneus tocados. A Renault segue em franca decepção, uma vez que Ricciardo e Hulkenberg ficaram distante da zona de pontuação, com a P12 e a P13 lugares. Assim como a Ferrari, que nem pódio conseguiu, desta vez. A McLaren pontuou novamente, com Sainz, e segue em evolução.
Com a vitória, e a volta mais rápida, Hamilton retoma a liderança do campeonato. Bottas segue em sua cola, enquanto Verstappen, com seu terceiro lugar, também pega a terceira posição no mundial de pilotos. O baixo desempenho de Gasly pela Red Bull ajuda a Ferrari a seguir em segundo no mundial de construtores, que conta com domínio da Mercedes.
A próxima prova da Fórmula 1 é a mais tradicional da categoria. Daqui duas semanas, é a vez de Mônaco ceder suas ruas para mais uma corrida, que promete muito.