F1 2019 – Dicas para mandar bem na noite de Singapura, em prova vencida por Vettel
Singapura, apesar de contar com pouco tempo de vida na Fórmula 1, já tem histórias pra contar. Desde 2008 no calendário, a prova entrou, logo em sua primeira edição, na história da categoria. Foi a primeira prova noturna, que acontece graças a um sistema de iluminação de última geração, que garante aos pilotos boa visão em todo o circuito.
E também, por ter acontecido o conhecido Singapuragate. O episódio, basicamente, é sobre Nelsinho Piquet, que bateu no muro do circuito na volta 14, e Alonso aproveitou a oportunidade para fazer pit-stop mais cedo, vencendo a prova posteriormente.
Um ano depois, demitido, Nelsinho denunciou o escândalo, junto com a informação revelada, em primeira mão, por Reginaldo Leme, o comentarista de F1 da Rede Globo. Para entender melhor o que aconteceu, nada melhor do que ouvir os fatos pelo ponto de vista do próprio jornalista.
Como circuito, Marina Bay é desafiador. São 23 curvas, em uma pista que muitas vezes, pode ser traiçoeira. Em contraste com pistas mais recentes do circuito, por aqui, um carro bastante balanceado. Para encarar as muitas curvas, e aproveitar os pontos de aceleração, temos a seguinte sugestão de setup:
- Asa dianteira: 10
- Asa traseira: 11
- Diferencial aceleração ativa: 65%
- Diferencial aceleração inativa: 70%
- Cambagem dianteira: -2.80
- Cambagem traseira: -1.30
- Toe dianteiro: 0.08
- Toe traseiro: 0.29
- Suspensão dianteira: 4
- Suspensão traseira: 4
- Barra estabilizadora dianteira: 9
- Barra estabilizadora traseira: 7
- Altura frontal: 4
- Altura traseira: 5
- Pressão do freio: 85%
- Balanceamento dos freios dianteiros: 55%
- Pressão nos pneus dianteiros: 23.4 psi
- Pressão nos pneus traseiros: 21.1 psi
Vettel volta a vencer, e Ferrari garante sua primeira dobradinha desde 2017 em Singapura
Vettel, enfim, voltou a vencer na Fórmula 1. O piloto alemão, que amargava 22 corridas em jejum, conseguiu cruzar em primeiro lugar, após um pouco mais de um ano de situações bem complicadas, como a punição que tirou dele a vitória do GP do Canadá. Leclerc, o pole, seguiu na ponta por boas voltas, enquanto Ricciardo, que havia sido punido e largado em último, conseguiu ganhar sete posições em nove voltas.
Em uma pista que dificulta ultrapassagem, momentos pontuais chamaram a atenção, como a defesa de Kubica contra as investidas de Räikkönen, ou Hülkenberg brigando contra Grosjean. Sem ultrapassagens na frente, a vitória teria que ser conquistada via estratégias de paradas. Assim, Vettel parou primeiro, na volta 20, junto com Verstappen. Leclerc entrou depois, mas saiu atrás de seu companheiro. Enquanto as duas Mercedes entraram mais tarde, em uma situação que não se mostrou acertada pela equipe de Hamilton.
Curiosamente, no tardio pit-stop de Hamilton, Giovinazzi, em sua Alfa Romeo, chegou a liderar, momentaneamente, a corrida. O fato, que duraria pouco, serviu para quebrar uma marca. Desde o GP da Inglaterra de 2015, que um carro sem ser Mercedes, Ferrari ou Red Bull, liderava uma corrida. Voltando à estratégia equivocada da Mercedes, Hamilton trocou seus pneus, mas voltou atrás de Vettel, o então líder, Leclerc, e Verstappen.
Giovinazzi ainda brigaria com Ricciardo, mas o piloto australiano, no toque que tiveram, teve seu pneu traseiro furado. E na volta 36, um acidente que obrigou a entrada do safety-car. Grosjean em sua Haas, em briga contra George Russell, de Williams, tocou o carro do piloto britânico, que foi parar no muro. Stroll e Gasly também se tocaram, com o piloto da Racing Point levando a pior, com pneus furados.
Enquanto isso, Leclerc reclamava, o tempo todo, com a equipe pelo rádio. Estava inconformado em perder a primeira posição via estratégia de pit-stops. Vettel seguiu, assim, na ponta, até o fim, acabando com seu enorme jejum. Leclerc, apesar de questionar a decisão, cumpriu um papel de “escudeiro”, chegando em segundo, e garantindo dobradinha pra Ferrari, a primeira desde o GP da Hungria de 2017. Verstappen chegou em terceiro, e Giovinazzi, um dos destaques da prova, conseguiu pontuar, chegando em décimo.
A Fórmula 1 retorna na próxima semana, no dia 29, com o GP da Rússia.