F1 2020 – Conhecendo melhor Silverstone, o berço da Fórmula 1
Todos tem um berço, um início. Tem os que, conforme dizemos, nasceram em “berço de ouro”, mas tem quem tenha nascido em um berço de asfalto. A Fórmula 1, por exemplo, que após vários projetos envolvendo automobilismo, enfim, em 1950, se organizou como a categoria que conhecemos hoje.
O local é um de muitos outros que eram aeródromos e foram utilizados pelos britânicos durante a Segunda Guerra Mundial, aproveitando estes locais posteriormente como pistas de corrida. Em Silverstone, inclusive, dá pra ver três destas pistas de aterrisagem.
Silverstone foi utilizada em praticamente todos os anos, ficando de fora em apenas 17 dos 70 anos de Fórmula 1. Serviu tanto como Grande Prêmio do Reino Unido, como o Grande Prêmio da Europa. É o “lar” do Grande Prêmio britânico de forma contínua desde 1987, sendo um exemplo de circuito antigo que consegue se modernizar e se atualizar com o passar dos anos.
Embed from Getty ImagesO circuito não é apenas o berço da Fórmula 1. Na verdade, ele é reconhecido pelos britânicos como o templo local do automobilismo, recebendo dezenas de modalidades do esporte a motor todos os anos. E é a pista britânica que recebeu o primeiro Sprint que definiu o grid de largada para a corrida de hoje, vencida por Vertappen:
Antes do Sprint, o piloto da Red Bull falou, em comunicado para a imprensa, sobre a novidade: “Estou muito aberto para tentar as corridas de velocidade e gosto bastante que tenhamos um pouco menos de prática antes de entrarmos na qualificação, mas vamos esperar, é difícil dizer qualquer coisa sobre isso até que tenhamos testado neste fim de semana. Toda corrida você assume riscos, mas controla estes riscos, especialmente quando você está lutando por um campeonato, mas de qualquer forma esta corrida não vai definir o resultado final”.
Mas, além da tradição, Silverstone tem também a preferência dos pilotos. Um fator é simples: assim como pilotos brasileiros começam suas carreiras guiando em Interlagos, os pilotos europeus correm por categorias inferiores, na sua juventude, no circuito britânico. Além disso, por causa da importância do circuito, a região é sede de inúmeras escuderias.
E seu traçado, que embora tenha mudado desde a sua inauguração, também consegue cativar a todos. É uma das pistas mais velozes do atual calendário, e também é onde há a maior força-G da Fórmula 1. É a mistura exata entre passado e presente, pronta para agradar todos os fãs do automobilismo.
O layout atual, de 2011, começa já com uma região em alta, com a Abbey ligando à Farm exigindo muita atenção entre as curvas 3 e 5. Dá-lhe mais aceleração, até chegar na Brooklands, que exigirá nova diminuição de velocidade, passando pela Luffied e novamente, pisando fundo pela Woodcote, onde os carros passam em alta velocidade pela velha reta, e pela Copse, uma curva em alta que pode enganar os mais desavisados. Muito cuidado nela.
Em seguida, temos um interessante esquerda-direita-esquerda-direita-esquerda entre Maggotts, Becketts e Chapel, chegando a mais uma zona de aceleração e a última etapa de curvas do circuito, que vai da Stowe até a décima oitava e última curva. Se as pistas da Fórmula 1 contassem com “níveis de dificuldade”, com certeza Silverstone estaria empatada com Mônaco entre as mais difíceis. Cada uma com suas particularidades, mas iguais no sentido de exigir total atenção do piloto.
Nos games, Silverstone é um ótimo local para praticar suas habilidades. Os novatos sofrerão nela pois são muitas curvas em alta, e zonas de aceleração que exigem muita atenção. Mas dominá-la garante uma sensação única, pois dominando Silverstone, você é um grande candidato a dominar as demais pistas do game. Veja uma volta que fiz no circuito, em 2020, com o Logitech G29:
Silverstone está em F1 2021 também, game recém-lançado, que ainda não tivemos acesso. O traçado é o mesmo e as dicas também.
