F1 2020 – Dicas e setup para as curvas rápidas de Silverstone
Silverstone é, para muitos, o templo máximo da Fórmula 1. Mas, além disso, o icônico circuito inglês é berço, e morada principal da categoria. Foi lá, em 13 de maio de 1950, que ocorreu a primeira corrida. E, atualmente, é lar de seis das dez equipes que competem: Red Bull, Racing Point, McLaren, Williams, Mercedes (sim, a montadora alemã tem a sede da sua equipe na britânica Brackley), e Renault (os franceses tem sua sede em Enstone).
Tais circunstâncias credenciaram Silverstone para receber, no último domingo, o GP de 70 anos. Afinal, berço e lar da Fórmula 1, a pista britânica, que tem muito mais história para contar além de suas corridas, merece tal reconhecimento. A última corrida, inclusive, já havia sido histórica, com Hamilton vencendo com apenas três pneus.
Siverstone no F1 2020 com G29
A pista é bem veloz, sendo uma das mais rápidas da F1. Tal formato faz com que o pé pise mais fundo do que o normal. É também, o local onde os pilotos mais precisam lidar com a Força G. Para eles, está tudo bem, afinal, a maioria esmagadora dos pilotos começaram, nas categorias inferiores, em Silverstone. É mais ou menos como a nossa Interlagos, para pilotos brasileiros.
Para quem encara o F1 2020 (compre o game, para PS4, Xbox One, ou PC), no volante, pode ir se preparando para aprender a domar o carro. A pista exige muita atenção e concentração. Além de saber como acelerar, para extrair o melhor do carro, sem perder tempo, ou aproveitar o máximo possível das retas e das curvas rápidas. Confesso que ainda sofro bastante nas tais curvas, por exigirem muito da pilotagem. Assim, dá pra entender ainda mais como Hamilton foi brilhante com três pneus.
A dica, aqui, é a de tentar “entender” o circuito. Tire o pé, ao invés de frear, nas curvas rápidas, e, se estiver conhecendo o game e o circuito, vá “devagar”, especialmente nas curvas após as retas. Tire o pé, sinta a entrada correta de cada curva, e aprenda a lidar com a força que te empurra, parra evitar escapar das curvas, que tem formato de cobra. Conforme for entendendo melhor o circuito, tente fazê-las acelerando um pouco mais, mas sem deixar o pé (ou a mão, no caso de controle) fundo.
No mais, aproveite a velocidade. Dentre todas as pistas, aqui é a que você irá acelerar mais. Mas, quanto mais velocidade, mais atenção. Por isso, treine bastante.
Minha volta rápida foi feita em uma Mercedes, usando um Logitech G29. E usei a seguinte configuração, feita para aproveitar ao máximo as retas:
- Asa dianteira: 6
- Asa traseira: 8
- Diferencial aceleração ativa: 55%
- Diferencial aceleração inativa: 75%
- Cambagem dianteira: -2.60
- Cambagem traseira: -1.10
- Toe dianteiro: 0.09
- Toe traseiro: 0.32
- Suspensão dianteira: 8
- Suspensão traseira: 6
- Barra estabilizadora dianteira: 9
- Barra estabilizadora traseira: 6
- Altura frontal: 5
- Altura traseira: 5
- Pressão do freio: 85%
- Balanceamento dos freios dianteiros: 58%
- Pressão nos pneus dianteiros: 23.4 psi
- Pressão nos pneus traseiros: 21.5 psi
Verstappen faz a festa nos 70 anos da Fórmula 1
A Fórmula 1 pode não ter comemorado seus 70 anos como queria, mas com certeza, em meio às circunstâncias atuais, honraram o legado de centenas de corridas e histórias. E, desta vez, mais uma vez a história foi escrita. Se todos esperavam Hamilton vencendo pela oitava vez no circuito, quem venceu foi o aspirante a “próximo campeão”: Verstappen usou de uma excelente estratégia e venceu as duas Mercedes.
O piloto holandês não fez apenas uma boa estratégia. Sua direção também foi perfeita, o que o ajudou a colocar sua Red Bull no lugar mais alto do pódio. Ele decidiu largar com pneus duros, para acompanhar as Mercedes nas primeiras voltas. Assim, assumiu a ponta com as paradas dos carros pretos, e na segunda parada, escolheu o momento certo, para trocar os pneus e seguir na liderança até a bandeirada. Um trabalho cirúrgico.
Em comunicado para a imprensa, Verstappen comemorou o “ótimo dia”. Se disse feliz com o resultado, e o funcionamento perfeito de toda a equipe: “A corrida mostrou que tínhamos a estratégia certa depois da nossa decisão de qualificação com pneus duros, e estou satisfeito por ter valido a pena”, disse. “Vamos continuar a pressionar, temos um espírito de equipe muito bom e adoro o fato de nunca desistirmos e corrermos riscos”, concluiu, afirmando que seguirão tentando pressionar as Mercedes.
Com a vitória, Verstappen se colocou em segundo lugar no mundial de pilotos, com 30 pontos a menos que Hamilton, líder com 107 pontos. O piloto inglês, que chegou em segundo na corrida, quebrou mais um recorde: igualou Schumacher, com 155 pódios na carreira. Bottas está em terceiro, com 73 pontos, enquanto Leclerc, que fez outra brilhante corrida, e chegou em terceiro, mesmo com a Ferrari problemática que tem em mãos neste ano, está em quarto, com 45 pontos.
A classificação final da corrida:
A Fórmula 1 volta no próximo final de semana, com o GP da Espanha.