F1 World Grand Prix – Conhecendo o GP da Hungria no PSOne
Última prova antes das férias da Fórmula 1 em agosto, a Hungria faz parte do grupo das pistas mais tradicionais da categoria. Na categoria desde 1986, a pista tem muita história para contar.
Seja por ser, em sua primeira corrida, a única pista localizada no “cinturão de ferro”, pois a F1 tentava incluir uma pista ligada ao bloco comunista (houveram negociações com a URSS, que não avançaram), ou na própria pista, como a épica ultrapassagem de Nelson Piquet em Ayrton Senna.
O circuito, por sua vez, não é dos mais queridos atualmente. Considerado antigo e apertado, o circuito húngaro não é dos mais velozes e não conta com muitos pontos de ultrapassagem, sendo fundamental para o piloto que projeta a vitória, garantir a pole.
Há apenas um ponto propício para ataques, que é a curva no final da reta dos boxes. Curva esta utilizada por Piquet na já mencionada épica ultrapassagem. Fora isso, é uma daquelas pistas propícias ao “trenzinho”, onde o líder dita o ritmo e puxa todos os outros, restando alguma tentativa na curva citada, ou tentando ganhar posições através dos boxes.
Fernando Alonso, em depoimento entregue pela assessoria de imprensa da Alpine, comentou que a pista “parece um grande circuito de kart”. O piloto espanhol, que venceu na Hungria sua primeira prova na Fórmula 1, em 2003, também afirmou gostar de pilotar por lá por achar que o piloto tem um pouco mais de noção de direção do que em outros circuitos.
A pista conta com poucas mudanças desde 1986. A volta que você verá, abaixo, foi registrada no F1 World Grand Prix, de Playstation, que foi lançado em 1999, um ano após a versão de Nintendo 64, mais famosa no Brasil. Faz parte da segunda mudança do circuito, que passaria por mais uma adaptação, em 2003.
Desde a última alteração, a reta de largada tem quase 1km de extensão, e o circuito passou a ter 4.381 km. São 14 curvas que são feitas em cerca de um minuto e dezoito segundos. Com seus 15 metros de extensão de pista (com locais que chegam aos 10 metros), é realmente um local muito apertado, especialmente para os carros atuais, mais pesados.
Para os games atuais, Hungaroring pode ser uma boa pista para novatos treinarem. Além de não ser tão veloz quanto outros circuitos, ainda permite que a pista mais estreita sirva de treinamento para manter o carro no circuito. Além de que suas curvas, sempre próximas umas das outras, também ajude bem a aprender a manter o domínio do carro.
E, mesmo não sendo a pista mais querida da Fórmula 1, ainda é possível se divertir com ela, nos games, e mesmo com suas limitações, também dá para sempre torcer por boas corridas.
F1 World Grand Prix – Uma época com vários games da categoria
Este game marca uma época curiosa da categoria, na qual a Fórmula 1 licenciava a sua marca, pistas, carros e pilotos para muitos estúdios. Assim, era normal contar com duas, ou três versões de jogos da categoria, ao mesmo tempo.
Um destes games é o F1 World Grand Prix. Considerado na época como um dos melhores games do gênero, foi desenvolvido pela Paradigm Entertainment e publicado pela Video System, primeiro para Nintendo 64, em 1998. Para o console da Nintendo, o game trazia os carros e circuitos da temporada de 1997, vencida por Jacques Villeneuve, da Williams (e, até hoje, foi a última vez que a um piloto correndo pela equipe foi campeão mundial).
O Dreamcast e Playstation também receberam versões do game, mas com algumas particularidades, incluindo as temporadas: o Dreamcast reproduz a temporada de 1998, enquanto o Playstation tem disponível a temporada de 1999. Também há versões do game para Game Boy Color e PC.
A versão de Nintendo 64 conta com outras particularidades: não tem Jacques Villeneuve, por questões de direitos autorais, substituindo-o por um piloto genérico chamado de “Driver Williams”. Mudar o nome deste piloto era equivalente a um espaço de passwords, que permitia códigos na mudança de nome, que desbloqueava uma pista e outros segredos do game.
E também contava com todas as equipes, exceto uma: a MasterCard Lola, um dos casos de maiores fracassos da Fórmula 1. Em 97, a equipe participou de apenas duas corridas e não se classificou em nenhuma delas. Vários problemas fizeram o projeto da Lola na categoria terminar de maneira extremamente rápida, e com nenhuma largada.
O game, em geral, diverte bem, até hoje. É claro que não conta com os mesmos recursos e gameplay dos jogos atuais, mas tem um gameplay bacana, tem visual bem detalhado dos carros e pistas, já conta com bons recursos, como a visão do cockpit, e garante boa diversão enquanto se corre a temporada disponível, buscando ser o campeão do mundo.