Fable III (X360) difere de seus antecessores, mas não desaponta

9 de novembro de 2010

Fable III (X360) difere de seus antecessores, mas não desaponta

Por via de regra, espera-se que todas as sequências sejam melhores e mais refinadas que os antecessores. Isto nem sempre é verdade, mas volta e meia surge uma continuação que consegue melhorar e elevar o nível. Fable III, RPG desenvolvido pela Lionhead Studios e publicado pela Microsoft, se encaixa nesta segunda categoria, refinando aspectos-chave de Fable II ainda que esbarrando em alguns defeitos.

O jogo se passa 50 anos após Fable II, onde o filho mais velho do protagonista do jogo anterior assumiu o trono de Albion. No entanto, ao contrário do pai, o novo rei é cruel e explora seus súditos como bem entende. É aí que entra o jogador, que é o irmão mais novo (ou irmã mais nova) do rei. Seu principal objetivo é conquistar seguidores, formando um exército e aumentando seu poder até você conseguir destronar seu irmão.

Fable III (X360) difere de seus antecessores, mas não desaponta

Apesar da história meio faz-de-conta, Fable III segue um estilo muito parecido com o de seu antecessor. Você enfrenta inimigos, participa de quests, busca e coleciona itens e artefatos e explora um mundo aberto e livre que é repleto de humor britânico – humor este, aliás, que deixa o jogo um pouco confuso, pois às vezes parece ser forçado no meio da história (roupa de galinha, Lionhead? Sério?). O que torna Fable III atraente mesmo é seu aspecto político, pois, afinal de contas, você está procurando destronar seu próprio irmão e é nesta sua campanha que você vai liberando itens, ações, armas e poderes novos. Além disso, é necessário fazer promessas, acordos que depois serão cobrados de você.

Fable III, no entanto, possui um problema claro: apesar de você ter a opção de ser bom ou mau, não existem grandes penalidades para quem opta ser maldoso e o jogo em si inclina a pessoa a seguir o caminho do bem. Por exemplo, uma das primeiras missões do jogo oferece ao jogador a oportunidade de matar ou não diversas galinhas. Caso você opte por deixá-las viver, você poderá apostar em corridas de galinhas depois. Mas mesmo que você as mate, as corridas estarão lá depois.

Fable III (X360) difere de seus antecessores, mas não desaponta

Neste novo Fable, praticamente não existem menus e não há um Player-HUD mostrando barra de energia, de magia, etc. Alguns aspectos tradicionais de RPGs como evolução por níveis e skill trees ficaram de fora também – mas esta cara mais de jogo de ação funciona em Fable III. A cada batalha o jogador vai ganhando guild points, que são utilizados para evoluírem as armas e magias do jogador. Conforme elas evoluem, as armas vão ganhando aspectos diferentes. Se você usa muitas magias, sua pistola pode ganhar a decoração de runas, ou então sua espada pode receber uma empunhadura mais trabalhada. Isto não afeta o gameplay pra valer, mas é um bom detalhe visual.

Fable III (X360) difere de seus antecessores, mas não desaponta

Por sinal, o visual de Fable III é incrível. Albion agora se encontra no meio da revolução industrial, portanto ela está muito diferente do que você viu em Fable I e II – e é um deleite ver Albion mudando a cada ação sua graças aos belíssimos gráficos e estilo visual único. No entanto, é justamente nos gráficos que se encontram diversos pequenos bugs, como animações truncadas e falhas em texturas. O som de Fable III também é bom, mas algumas dublagens pecam pela falta de inspiração de seus dubladores.

Em suma, Fable III busca se destacar da trilogia por ser o mais diferente dos RPGs tradicionais, o que pode agradar ou não os jogadores. Algumas escolhas dos desenvolvedores como o humor forçado e a quase limitação do jogador ao caminho do bem prejudicam um pouco a experiência, mas nada que tire o brilho deste que é um dos melhores jogos exclusivos para o Xbox 360.

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