Fórmula 1 – A Mercedes será a fornecedora de motores e câmbio da Alpine a partir de 2026
A equipe Alpine de Fórmula 1 anunciou uma parceria de longa duração com a Mercedes, cujo acordo coloca a montadora alemã como a fornecedora motores e transmissões a partir de 2026. Esta decisão marca mais um capítulo da grande (e complicada) Renault como produtora de motores na F1, que é a proprietária da Alpine.
A Renault vinha enfrentando desafios para acompanhar os avanços tecnológicos dos motores de Mercedes e Honda desde a era dos motores híbridos que começou em 2014. Após fornecer motores para equipes como Red Bull e McLaren, a Renault decidiu focar exclusivamente na sua equipe oficial em 2021. No entanto, a Renault não estava indo bem e com a Alpine as coisas foram até piores. Tudo isso, mais as novas regulamentações de motores previstas para 2026 levaram a Renault a abandonar seu projeto de motores, forçando a Alpine a deixar de ser um time de fábrica e se tornar um time cliente.
“Alpine, Mercedes-AMG High Performance Powertrains e Mercedes-Benz Grand Prix firmaram acordos para o fornecimento de unidades de potência e transmissões a partir do início do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA em 2026”, explicou a Alpine em comunicado. “Este contrato de múltiplos anos garante que a Mercedes fornecerá motores para a Alpine ao longo da nova era regulatória, de 2026 até pelo menos 2030.”
Com isso, a Renault se retira da categoria como fabricante, enquanto a Mercedes passará a suprir quatro equipes com seus motores na Fórmula 1 em 2026, utilizando o estoque que antes era destinado à Aston Martin, que deixou os alemães por um acordo com a Honda para o mesmo ano, marcando o retorno oficial da fabricante japonesa após três anos de ausência, embora continue a apoiar a Red Bull até o final de 2025.
Apesar de uma temporada repleta de desafios e com um começo desastroso, no fim do grid, a Alpine foi se recuperando e atualmente se encontra na sexta posição do campeonato de construtores, com apenas três corridas restantes, com direito a desempenho notável no GP de São Paulo, com Esteban Ocon em segundo lugar e Pierre Gasly em terceiro.
Entre idas e vindas, e muitas mudanças de planejamento, a Renault está na Fórmula 1 desde 1977, quando iniciou seu programa com uma equipe própria. Nos anos 80, foi fornecedora de motores em alguns anos, e fez sucesso como fornecedora da Lotus, quando Senna conquistou suas primeiras vitórias, e ainda mais quando equipou as “Williams de outro planeta”, no domínio do time inglês no início dos anos 90.
Já como a equipe atual, a Alpine nasceu, no passado, como a Toleman, que surgiu em 1981, e seria a primeira equipe de Senna na F1. Posteriormente, este time se tornou a Benetton, que viu Schumacher conquistar seus dois primeiros títulos mundiais (um deles com motores Renault), até o ano 2000, quando a Renault comprou o time e começou a competir com nome próprio novamente em 2002. Viveu a era vitoriosa com Alonso nesse período, com os dois mundiais do espanhol, em 2005 e 2006.
Em 2009, logo após o famoso incidente em Cingapura, em que o time era o centro da situação, a Renault vendeu a sua operação, nascendo a “nova” Lotus Renault GP em 2011, que seria a Lotus F1 Team, em 2012. Em 2016, a Renault voltou a competir com o seu próprio nome, se tornando a Alpine, nome de sua subsidiária, desde 2021. Nesta história, como equipe própria ou como fornecedora de motores, os franceses participaram direta ou indiretamente da conquista de sete títulos mundiais, sendo dois como equipe própria, e com Alonso, e mais cinco com pilotos correndo com os seus motores: Nigel Mansell, Alain Prost, Michael Schumacher, Damon Hill e Jacques Villeneuve.
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