Frogwares acusa a Nacon de piratear The Sinking City para vendê-lo na Steam
A briga entre a Forgwares, desenvolvedora de The Sinking City e a Nacon, distribuidora do game, está atingindo níveis ainda mais complicados a cada dia que passa.
Se você não conhece ou não se lembra da história, aqui vai uma breve retrospectiva: Em agosto do ano passado a Frogwares removeu o game de todas as plataformas em que a Nacon o distribuía (Steam, Playstation 4 e Xbox One). A razão disso foi uma denúncia de que a Nacon não estava pagando os valores das vendas para sua produtora, além disso, estava propositalmente removendo o nome da Frogwares do material promocional do game, além de aparentemente estar tentando se apossar por completo da IP, que é de propriedade da Frogwares.
Com isso, a produtora foi até a justiça francesa para encerrar o contrato com a Nacon por quebra de seus termos, com a distribuidora se recusando a pagar os royalties do game (que passavam da casa de 1 milhão de euros). Infelizmente, a justiça francesa agiu em favor da Nacon e determinou que o game deveria voltar a ser vendido e que a Frogwares não poderia encerrar o contrato, obrigando o estúdio a manter o contrato até seu fim ou até que haja um acordo referente a quebra dos termos pela Nacon.
The Sinking City voltou então a ser vendido na Steam. Mas a versão que estava sendo vendida era de um build antiga, carregada de bugs e sem funcionalidades (como recursos online) que vieram com as atualizações do game. Com isso, a Frogwares veio a público pedir para que os jogadores não comprassem essa versão, pois o estúdio não possuía qualquer acesso a essa build vendida.
Agora, a Frogwares está acusando a Nacon de piratear o game para vendê-lo na Steam. A acusação não foi feita levianamente, com a Frogwares publicando um extenso texto mostrando não só como a Nacon pirateou o game, como quem foram os responsáveis por isso. O estúdio ainda lançou um vídeo explicando tudo isso:
Em resumo, o estúdio mostra que a Nacon craqueou a versão Deluxe do game e chegou a editar diversas telas para remover o nome da Frogwares. A versão relançada na Steam não possui salvamento em nuvem nem conquistas, recursos presentes na versão original. O estúdio alega que isso aconteceu por conta da versão pirateada enviada para a Steam, que não é compatível com esses recursos.
A Nacon rebateu as acusações dizendo que os recursos faltando são culpa da Frogwares, por “falta de cooperação”, chegando ainda a escrever que o game jamais existiria se não fosse pelo investimento em dinheiro que a publisher injetou na produção, dizendo que é “muito fácil se fazer de vítima” nessa situação, se referendo à Frogwares.
Tudo isso está acontecendo enquanto a briga judicial entre as duas companhias continua nos tribunais franceses. E com isso, mais informações sobre a disputa vieram a tona. A Nacon tentou duas vezes em 2020 forçar a Forgwares a lhes entregar os códigos originais do game, praticamente entregando toda a licença do software para a distribuidora, e a justiça francesa negou ambos os pedidos.
Além disso, a Frogwares revelou que a Nacon já havia tentado vender uma versão pirateada do game na Steam em dezembro, com a produtora conseguindo impedir a venda. E a produtora se revelou surpresa ao ver que a distribuidora conseguiu colocar o game a venda no final de fevereiro.
Tudo isso é mais um capítulo nessa longa disputa que aparentemente não vai terminar tão cedo. Até que tudo seja resolvido, The SInking City continua com sua venda permitia na Steam e o contrato entre as empresas ainda vale. Mas em vista dessas novas acusações, há a possibilidade das coisas mudarem, pois quebra de direitos autorias na legislação francesa é passível de punição de até 7 anos de prisão e multa de 750 mil euros.
Vamos continuar acompanhando essa longa briga, até ver como tudo será definido. Mas pelo visto parece muito difícil que uma solução pacífica seja possível.
(Via: Game Informer)
