Funcionários da Treyarch e Raven Software saem em protesto contra a Activision Blizzard
Semana passada, 12 funcionários da Raven Software, o estúdio que produz Call of Duty: Warzone, foram demitidos repentinamente, após promessas de aumento de salário. E desde então, funcionários do estúdio tem feito protestos contra a Activision Blizzard. E agora funcionários da Treyarch se unirão a esses protestos.
Os funcionários em questão faziam parte do setor de controle de qualidade do estúdio, e a explicação para suas demissões, após os protestos ocorrerem, era que eles trabalhavam via contratos temporários, desculpando-se pela falta de comunicação.
No entanto, os funcionários demitidos, que segundo as notícias começaram com 12, subiram para 20 e terminaram em 30% do corpo de funcionários da Raven Software, que consiste de uma equipe com foco em controle de qualidade, estavam sob a impressão de que receberiam aumentos de salários, principalmente após longas jornadas de trabalho por todo o ano, além de uma carga ainda maior prevista para esse fim de ano. A impressão veio do próprio estúdio, que comunicou aos funcionários que mudanças positivas estavam sendo planejadas. As mudanças, no fim das contas, resultou em suas demissões.
A explicação oficial da Activision Blizzard para essas demissões é que essa foi uma atitude necessária para transformar 500 empregos temporários dentro da Treyarch em empregos fixos, e para isso, foi necessário dispensar os funcionários da Raven Software.
Com os protestos dos funcionários da Raven Software, que entraram em greve, diminuindo a equipe que cuida das atualizações de Call of Duty: Warzone, um game no formato de live service, é esperado um grande impacto financeiro. E agora, com funcionários da Treyarch juntando-se aos da Raven Software em solidariedade, a pressão deve ser ainda maior.
Os funcionários exigem que a Activision Blizzard resolva essa situação oferecendo a todos os funcionários da Raven Software, inclusive aqueles que foram demitidos, empregos fixos no estúdio. A razão disso é porque mesmo aqueles que não foram demitidos temem por seus próprios cargos, pois não sabem se podem ser mandados embora a qualquer momento, ou ter seus empregos tratados como contratos temporários.
Tudo isso é ainda mais lenha pra inacreditavelmente longa lista de denúncias contra a Activision Blizzard. A situação é tão caótica que investidores e até o governo americano estão movendo ações e discursos em prol da saída de Bobby Kotick, CEO da companhia, de seu cargo. Ele, no entanto, chegou a comentar que “consideraria deixar seu cargo se não fosse capaz de lidar a situação“. Note que seu discurso diz apenas que ele “consideraria” sair.
Para acompanhar toda a história das inúmeras polêmicas, denúncias e protestos contra a Activision Blizzard, confira nossas matérias acompanhando cada episódio do enorme caso.
(Via: Game Developer, Polygon, Eurogamer, Dexerto, Rock Paper Shotgun)