Game Boy: original, clone ou emulador? Onde jogar, e qual comprar?
Tenho falado sobre o Game Boy nos últimos dias. Falei sobre novos recursos que podem dar nova vida ao seu portátil velho de guerra. E também sobre produtos atuais que estão à venda e reproduzem, de alguma forma, a clássica jogatina de Pokémon, Super Mario Land e todos os outros clássicos de bolso.
Mas, com tanta opção disponível, envolvendo produtos novos e os clássicos, fica a pergunta: qual o melhor Game Boy disponível? Vale a pena comprar estes clones dos sites chineses, ou é mais seguro apostar nos consoles usados, mas originais? Sabendo que cada um tem uma necessidade (ou bolso) diferente, quero tentar ajudar, mostrando os prós e os contras de vários destes portáteis.
Game Boy Original – Gameplay original, e defeitos também
Os mais puristas vão querer, obviamente, o console original. Sabemos que há o Game Boy original, que usava 4 pilhas AA e tinha a tela esverdeada; o Pocket, menor, alimentado por duas pilhas AAA, e sem o tom esverdeado; o Light, exclusivo do Japão, e que adicionava cores na tela; e o Color, a evolução com cores, além de melhorias no hardware, que geraram games exclusivos.
Todos estes modelos podem ser encontrados nos sites de vendas de usados. Seja no Brasil, ou no exterior. O indicado para quem quer a maior biblioteca, é o Game Boy Color, pois ele roda todos os games já lançados, além de jogos feitos apenas para ele. Quem busca originalidade, pode se divertir com o primeiro portátil, maior e com todas os seus aspectos nostálgicos.
Adeptos da portabilidade irão preferir o Pocket, que inclusive, conta com diversas cores. E, quem quer, de fato, a luz, tão carente do dispositivo, poderá importar um Game Boy Light. Sim, importar. Pois, apesar de alguns gastos em potencial, como os 15 reais dos Correios, ainda custam muito menos do que os modelos encontrados por aqui.
Os consoles originais, apesar de nostálgicos, ainda levam seus problemas. O consumo de pilhas exigirá do dono um kit de pilhas recarregáveis, mais uma fonte, para jogar em casa. Não serão raras as vezes, que você comprará um console usado e terá que levá-lo para reparos, especialmente na parte do som. E, a falta de iluminação da tela, hoje, se torna um problema ainda pior, pois já estamos acostumados com outros portáteis e smartphones.
Game Boy Modificados – originalidade com um toque de inovação
Um dos grandes problemas dos antigos portáteis está na luz. Mas, é possível comprar um kit para adicionar luz nos consoles originais. Aumentará o consumo de pilhas, será uma alteração não original no aparelho, mas você poderá jogar Pokémon sem problemas de forçar demais a vista.
Além disso, dá pra modificar, seja na base da contratação de um serviço, ou na base do faça você mesmo. Tem gente que mantém só a “casca” e insere dentro outro hardware. Já algumas pessoas, fazem melhorias no som. Enquanto outras ainda, colocam até botões a mais.
No mundo da modificação, o céu não é o limite. Há modelos focados nos originais, alguns muito menores, e outros, muito maiores. Vale para todos aqueles que adoram uma modificação.
Game Boy Clone – parecidos por fora, mas diferentes por dentro
Com o passar dos anos e a chegada da moda retrô, consoles feitos por outras empresas que não as originais foram chegando. Em seus vários modelos, cores, e funcionalidades. Entre eles, um interessante segmento: os clones de Game Boy. São consoles todos inspirados no portátil da Nintendo, mas com características próprias. Assim, eles trazem o visual nostálgico, mas com elementos modernos. Funcionando como um “upgrade” para o conceito do portátil.
Como exemplo, temos nas lojas chinesas um portátil de nome GB Boy Colour. Inspirado no Game Boy Color, o portátil é bem parecido, com os mesmos botões, funciona com 2 pilhas AA, e vem com 66 jogos na memória. Claro que a maioria é bem genérica, mas há Super Mario Land, Contra e Duck Tales. Além disso, é possível colocar seus cartuchos originais no aparelho, expandindo ainda mais as possibilidades de jogatina.
Outro modelo bem conhecido dos adeptos de portáteis é o BittBoy. A sua segunda edição trouxe, além de um emulador de NES, capacidade de rodar games de Game Boy e Game Boy Color. Ele é bem menor do que um Game Boy convencional, aceita cartão micro SD para encher de jogos, e conta com botões adicionais para controle de volume. Estes mesmos botões funcionam como turbo, e o aparelhinho também conta com save state próprio. E o RetroMini também roda Game Boy Advance.
Como não se trata de um produto original, não há garantia de que os jogos rodem exatamente iguais do que nos consoles oficiais. Entretanto, reviews mundo afora mostram um desempenho satisfatório. O que garante produtos com aparência clássica, mas com recursos e jogatina atualizados.
Dispositivos que rodam Game Boy – para quem quer os games, e nada mais
Por fim, há aqueles que querem apenas jogar os games, e só isso. Para princípio de conversa, um bom e velho computador com emuladores já resolve o problema. Mas, com a evolução dos computadores, agora há mini-PCs, que são ainda mais úteis como estação de multimídia, o que envolve videogames. Além disso, sticks de TV, como o Fire TV da Amazon, ou a Android TV da Xiaomi, também possuem capacidade de rodar emuladores, e suportam controles bluetooth.
Ainda falando em dispositivos “de sala”, temos a solução da Nintendo. O Super Game Boy, um cartucho de Super Nintendo que permitia que seu 16-bits rodasse os games portáteis na TV. E também temos o RetroN5, que, além de rodar games de outros consoles, como Mega Drive, Super Nintendo, ou o NES, também aceita jogos do portátil. Além disso, o Game Boy Advance, e sua evolução, o SP, também aceitam os cartuchinhos. Lembrando também do PSP, e sua lendária compatibilidade com dezenas de emuladores.
Já para quem quer seguir jogando portátil, o 3DS conta com alguns games de Game Boy no Virtual Console. Com preços entre R$ 4,99, até R$9,99, é possível jogar por lá Super Mario Bros. Deluxe, os três Donkey Kong Land, todos os games Mega Man, e The Legend of Zelda: Link’s Awakening DX, entre outros. O Virtual Console também oferece save state, e assim como os jogos virtuais do portátil, pode ser baixado de novo na eShop, em caso de troca de aparelho, ou formatação.
Há também a possibilidade de jogar os games em smartphones ou tablets, através de emuladores. Como o Game Boy tinha tela pequena e orientação vertical, há emuladores que simulam isso na tela, deixando a parte de baixo apenas para os controles. Mas é possível ligar um controle bluetooth. E, iniciativas utilizando o Android, como o GPD XD, evoluíram ainda mais este conceito. Até smartwatches com Android rodam games do portátil.
Aqui, o foco não é ter um aparelho idêntico ao portátil, e sim jogar os clássicos da maneira mais conveniente. Estas pessoas nem estão preocupadas se o game não rodar 100% como o original, nem em detalhes visuais. Basta rodar de maneira satisfatória, que a nostalgia está alimentada.
E você? Qual a sua forma preferida de curtir o Game Boy?
Cada um de nós temos um jeito diferente de curtir os games clássicos. E isso também influencia na hora de revisitá-los. Tem pessoas que se satisfazem com um emulador no PC. Já outros, querem a experiência portátil em algum dispositivo. E ainda há gente que não consegue jogar nada, se não for no dispositivo original.
Eu tenho um Game Boy Color em minha coleção, mas também possuo alguns jogos em meu 2DS. Tenho a intenção de procurar um Game Boy Light em breve. Mas diga você: qual é a sua maneira preferida de jogar, caso curta o Game Boy?
Trouxe algumas pequenas dicas, para ajudar você em algumas maneiras de jogar. Mas, é claro, você mesmo vai definir qual opção é a melhor pra você. E se tiver alguma sugestão, ou novidade, que não mencionei aqui, sinta-se a vontade pra compartilhar com a gente.